Os estudiosos dizem que a Carta de
Paulo aos Romanos é a cordilheira do Himalaia de toda a revelação bíblica. Se
Romanos é a cordilheira do Himalaia, então, Romanos 8 é o pico do Everest. Em
Romanos 8.29,30 Paulo faz cinco afirmações gloriosas, que são o fundamento da
certeza da nossa salvação.
1. Deus nos conhece de antemão (Rm 8.29). Antes de Deus lançar os fundamentos da terra, acender as estrelas
no firmamento e chamar à existência as coisas que não existiam, Deus já havia
colocado o seu amor em nós, e nos conhecido como seu povo amado. O verbo
conhecer tem o mesmo significado de “amar”. O amor de Deus é eterno, imutável e
incondicional. Ele nos amou em Cristo, seu Filho amado, desde toda a
eternidade.
2. Deus nos predestina para a salvação
(Rm 8.30). Não fomos nós que escolhemos a Deus,
foi ele quem nos escolheu. Nós amamos a Deus porque ele nos amou primeiro. Deus
nos predestinou não porque previu que iríamos crer em Cristo, cremos em Cristo
porque ele nos predestinou. A fé não é causa da eleição divina, é sua
consequência. Eu não fui eleito porque cri, eu cri porque fui eleito. Deus não
nos predestinou porque previu que iríamos ser santos. Nós fomos eleitos não por
causa da santidade, mas para sermos santos e irrepreensíveis. A santidade não é
a causa da eleição, mas seu resultado. Deus não nos elegeu para a salvação
porque previu nossas boas obras, mas fomos criados em Cristo Jesus para as boas
obras. As boas obras não são a causa da predestinação, mas sua consequência. A
nossa salvação é obra exclusiva de Deus para que toda a glória pertença a Deus.
3. Deus nos chama com santa vocação (Rm
8.30). Aqueles a quem Deus conhece e
predestina, a esses também Deus chama e chama eficazmente. Há dois chamados: um
externo e outro interno; um geral e outro específicio; um dirigido aos ouvidos
e outro dirigido ao coração. Jesus diz que as suas ovelhas ouvem a sua voz e o
seguem. A voz de Deus é poderosa. Os eleitos de Deus podem até resistir a essa
voz temporariamente, mas não finalmente. O mesmo Deus que nos elege na
eternidade, tira as vendas dos nossos olhos, o tampão dos nossos ouvidos,
retira o nosso coração de pedra e nos dá um coração de carne. Ele mesmo opera
em nós o querer e o realizar, abrindo nosso coração, dando-nos o arrependimento
para a vida e a fé salvadora.
4. Deus nos justifica conforme sua
graça (Rm 8.30). Aos que Deus conhece, predestina e chama,
também justifica. A justificação é um ato e não um processo. Acontece fora de
nós, no tribunal de Deus, e não em nós. A justificação não tem graus, todos os
que creem em Cristo estão justificados de igual modo diante do tribunal de
Deus, por causa do sacrifício substitutivo de Cristo. Aqueles que estão
justificados estão quites com a justiça de Deus e com as demandas da lei de
Deus. Não pesa sobre eles mais nenhuma condenação. Toda a infinita justiça de
Cristo é deposita em sua conta.
5. Deus nos glorifica para a
bem-aventurança eterna (Rm 8.30). Aqueles que são amados e predestinados na eternidade e salvos no
tempo desfrutarão da bem-aventurança eterna. Embora, a glorificação dos salvos
seja um fato futuro, que se dará na segunda vinda de Cristo, na mente de Deus e
nos decretos de Deus já é um fato consumado. Aqueles que crêem em Cristo e
estão guardados nele têm a garantia do céu. Nada nem ninguém poderá nos separar
do amor de Deus que está em Cristo. O apóstolo Paulo diz que aquele que começou
a boa obra em nós, há de completá-la até o dia de Cristo Jesus. Que Deus seja
louvado por tão grande salvação!
Autor: Hernandes Dias Lopes
Fonte: [ Hospital da Alma ]
Via: [ Cinco Solas ]
Fonte: [ Hospital da Alma ]
Via: [ Cinco Solas ]