Não é apenas em questões de morte que podemos ver o risco de perdermos as coisas desse mundo. Veja o que Jesus diz:
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mateus 6:19
Concordo com o que foi posto por Frank Herbert, em seu famoso livro, “Dune”:
Não faltava nada em Caladan para se contruir um paraíso físico ou um paraíso da mente — nós podíamos ver a realidade à nossa volta. E o preço que pagamos foi o preço que os homens têm sempre pago por alcançar um paraíso em suas vidas — nós ficamos moles, perdemos o fio.
Por isso vejo as experiências difíceis da vida como arcas que encerram tesouros preciosíssimos: grandes lições para a vida e novas perspectivas. A percepção da presença da morte ou do perigo nunca é tão grande em outras pessoas quanto é naqueles que já foram quase mortos, que têm parentes que morreram precocemente, naqueles que já foram vítimas de assaltos ou coisas ainda piores. Quem nunca passou por nada disso tende a ficar mole, perder o fio.
Tesouros na terra não são seguros. O dinheiro some, a saúde se vai, a beleza desaparece, a família abandona, perde-se ou dá as costas, os amigos traem, e cada tesouro que poderíamos possuir nesse mundo mostra-se sujeito a tudo isso: traças, ferrugem ou ladrões.
Por isso, ergamos nossos olhos! Não vale a pena fitar o mundo. Olhe à sua volta: tudo o que hoje lhe é precioso pode, amanhã, já não existir! E é exatamente por isso que Paulo diz:
Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.
1 Coríntios 15:19
Oh! Quão miserável é o homem cujas esperanças resumem-se a esta vida! Suas certezas mostram-se incertas, sua segurança mostra-se insegura, o que parece sólido está sempre prestes a se despedaçar!
Crentes, ergam os seus olhos, pois não há nada nesse mundo que não se consuma!