Com que empenho os Evangelhos o salientam constantemente! - Eles o fazem novamente ao relatar os acontecimentos ligados ao batismo de Jesus. Jesus se submete ao rito administrado por João. Parece que é homem como os demais, pecador afinal, uma vez que precisa ser batizado como os outros. Ei-lo, porém, quando ao sair da água, o Espírito Santo desce sobre Jesus em forma de pomba. Mais importante ainda é aquela Voz, a voz de autenticação que do céu declara: “Este é meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt. 3:17). Aí de novo está a ênfase na sua autoridade.
No Monte da Transfiguração a linguagem é semelhante, porém com um acréscimo de tremenda significação. A Voz, vinda novamente da Glória excelsa, declara: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a Ele ouvi (Mt.17:5). Em outras palavras: “É a este que deveis escutar”. Estais à espera de uma palavra, da solução dos vossos problemas? Tendes consultado os filósofos, estivestes a ouvi-los, e tendes perguntado: “Onde podemos achar afinal autoridade?” – E aqui está a resposta do céu: “a Ele ouvi”. De novo vemos realçado, colocado diante de nós como efetiva palavra, com autoridade final, Aquele a quem nós devemos nos submeter, a quem devemos ouvir.
Selecionamos esses incidentes porque são alguns dos eventos mais básicos que os Evangelhos registram. Não devemos considerá-los meros fatos da vida terrestre de nosso bendito Senhor. São tudo isso, sem dúvidas, porém registrados de forma a salientar este ponto: sua autoridade ímpar e final. Parece que tudo nos Evangelhos o está destacando, focalizando a atenção sobre Ele, inclusive a própria Voz do céu.
