domingo, 30 de setembro de 2012

Jesus contra Paulo? Jesus contra a Verdade?



            Sempre que alguém coloca Jesus contra o apóstolo Paulo, o alvo é atacar a Verdade de Deus!! Os cristãos não podem retalhar a Bíblia ou ensinar que algumas partes dela tem mais autoridade do que outras. Ou que alguma doutrina possa ser deixada de lado. Ou que algumas passagens são mais verdadeiras que outras.
Muitas vezes para um cristão desavisado, pode parecer e soar muito piedoso a declaração de que as palavras de Jesus têm mais peso do que as do Apóstolo Paulo, por exemplo, mas o fato é que por trás disso se esconde alguém que está propositalmente e enganosamente atacando a Palavra de Deus, cortando e jogando fora a realidade e necessidade do conselho de TODA a Palavra de Deus.
A Bíblia não poderia ser mais clara: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra". 2 Timóteo 3:16-17
Toda Escritura é divinamente inspirada. Em nenhum lugar nas Escrituras lemos que algumas escrituras são mais inspiradas e que a luz delas outras partes possa ser ignoradas por ter menos "inspiração".


         Colacar partes da Bíblia contra outras partes, colocar Jesus contra Paulo, Jesus contra Pedro... implica dizer que as cartas de Paulo, por exemplo, são menos inspiradas e autoritárias que as palavras de Jesus registradas nos evangelhos. Mas nada poderia estar mais longe da verdade.
Jesus é o único Deus verdadeira, e se realmente acreditamos no que está registrado em 2 Timóteo 3.16-17, temos que crer que Jesus é quem "soprou", inspirou as palavras que o Apóstolo Paulo e os outros apóstolos escreveram em suas cartas. Colocar Jesus contra Paulo, Pedro, João... ou qualquer outra porção das Escrituras, é colocar Jesus contra Jesus. Paulo nos registrou suas meras opiniões, quer alguém goste ou não, sobre o evangelho e a sã doutrina, escreve Escrituras inspiradas e autoritária.
Veja o que Pedro diz: "Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;  Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém. - 2 Pedro 3:14-18

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O que a Teologia da Prosperidade, igreja virtual, culto show... tem em comum?



Nossa geração deseja todas as coisas que os povos idólatras do passado desejavam, e quando a igreja deseja ser relevante para mentes assim, ela entra no mesmo jogo.

Pense na idolatria no passado. Ela tinha uma fórmula simples. Tudo que a maioria das pessoas buscam é uma maneira simples de resolver seus problemas, ser “feliz”... um atalho. A fórmula deles era crie um deus, esculpa um deus numa madeira, ou ouro, ou... e o deus irá entrar neste ícone que você criou. Assim você tem um deus no seu meio e um deus controlável. Você agora tem toda a atenção dele quando você quiser e para os seus próprios fins.

Agrade a esse deus, satisfaça as necessidades dele, e ele satisfará as suas. Você tem com ele um elemento de barganha. Eles precisam de comida e sacrifícios... você precisa de benções. Faça a sua obrigação e ele estará obrigado a fazer a dele. Esse era a ideia... não parece com a maior parte do “evangelho” pregado hoje?

Outra característica da idolatria é que ela é fácil. O deus não tinha interesses morais em você, era uma atividade religiosa vã. A questão era: faça o que quiser com a sua vida, contanto que você ofereça os sacrifícios exigidos. O resto é contigo. Como e bom ouvir um “evangelho” assim...

Por isso a idolatria sempre é conveniente. Deuses do mundo antigo eram fáceis de encontrar, um para cada necessidade, o acesso era em toda parte, você pode levar o amuleto para casa, enquanto se desloca...

A idolatria era normal. E como isso define para a maioria das pessoas o seu padrão – a maioria faz isso – quase todos prestam culto assim... Todo mundo faz isso. Cultuar assim não pode estar errado.

A idolatria é lógica para a mente natural. Nações são diferentes, pessoas são diferentes... suas necessidades e desejos são diferentes... Obviamente deve haver uma divindade diferente, ou que pelo menos se ajuste a todas essas diferenças. Dessa forma cada um pode encontrar algo que lhe seja confortável e satisfaça suas necessidades. Isso não é lógico? Quanto mais opções melhor, mais pessoas podem ser alcançadas.

A idolatria era e é agradável aos sentidos. Temos que ter algo que impressione vários sentidos das pessoas – audição, visão, tato... para ajudá-las ver o seu deus... objetos de contato, de fé... é muito difícil alguém ficar impressionado com algo que não pode ver, tocar, sentir...

A idolatria sempre é indulgente. Grande parte dos sacrifícios não exige de fato muito sacrifício do adorador, ele continua senhor de sua própria vida... e depois de tudo ele podia desfrutar do sacrifício... sobrava muito para o homem... bebida, comida... ou os benefícios que seriam recebidos... não havia perdas reais. Generosidade para com os deuses colocava você na festa deles...

A idolatria era sensual... Todo sistema era cheio de erotismo. Que assunto mais encanta essa geração? Como os sermões seriam, na mente de muitos, mais interessantes se estivessem cheios de erotismo... sensualidade... como podemos ter mais, como podemos ser mais plenos e realizados eroticamente... esse é o grande tema da nossa geração, dentro e fora da igreja. A idolatria naqueles dias era assim, sensual. Os rituais poderiam se transformar em orgias. Sexo na terra significava sexo no céu, e sexo no céu significava chuva na terra, colheitas e grandes rebanhos... ah! Os deuses da fertilidade...

Você pode perceber porque havia e há tanta atração na idolatria? Você pode ver porque Israel ao se misturar com os povos nunca esses povos se voltavam para Deus e sim Israel para a idolatria?

Você como esse tem sido o ponto nevrálgico da igreja no mundo? Você entende porque o mundo está na igreja e a “igreja” ao crescer o mundo não tem se tornado como a igreja mais o oposto tem acontecido? Você como a estratégia de ser cada vez mais parecido com o mundo em seus valores, temas... já é uma derrota disfarçada de estratégia?

Porque nossa geração, porque muitos que estão na igreja visível tem esse coração que diz: “Eu quero uma espiritualidade que me deixe senhor de mim mesmo, que me custe pouco, que seja fácil de ver, fácil de fazer, que tenha poucos limites éticos e doutrinários, que me garanta o sucesso, que me faça sentir bem, que não me ofenda, que não ofenda os que me rodeiam... pregue isso e eu ouvirei.”

A tragédia é que nós, nossa geração, grande parte das pessoas que enchem as igrejas... querem o mesmo que todos os povos idólatras mostrados na Bíblia queriam.

Podemos ir a todas essas coisas de uma maneira um pouco diferente, mas...

Queremos uma fé que nos leve as coisas desejadas e que garanta o sucesso em nossas vidas (Evangelho da prosperidade).

Queremos um discipulada que é sempre conveniente (Igreja virtual).

Queremos uma religião ritualística ( Cristianismo nominal ).

Queremos culto que satisfaça desejos não espirituais ( Culto ao entretenimento)...

Queremos seguir a Deus de uma maneira que faça sentido para o mundo, que nos faça sentir bem, e que seja fácil para qualquer homem natural entender.

Em toda a Bíblia, nos dois Testamentos, a idolatria sempre foi a maior tentação para o povo de Deus. Dê uma olhada honesta ao seu redor, para dentro do seu próprio coração – e diga a verdade, a idolatria ainda é a maior tentação para aqueles que se dizem povo de Deus. Ainda é, nunca minimize isso, pois esse foi um erro trágico no passado, e ainda é o erro trágico de nossos dias.

“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém”.
1 João 5:21

terça-feira, 25 de setembro de 2012

“Quando amo ao Senhor e não consigo mais orar e nem ler a Bíblia – Onde está o problema?” – DML-Jones



 O homem não é só intelecto, há algo nele que é muito mais poderoso que o seu intelecto, e é o que chamamos coração. Não importa quão brilhante cérebro um homem tenha, nem quão altamente educado seja, ele é muito mais governado por seus instintos e pelo que nele é elementar, do que por seus instintos superiores. Não fora assim, as pessoas que recebem alta educação não passariam pelos tribunais [...], jamais se comportariam como canalhas, e não existiriam coisas como infidelidade e imoralidade. Mas não importa como seja o cérebro, há uma coisa mais fundamental – a carne de que fala o apóstolo:
vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros (Rm.7:23).
E essa é a coisa mais poderosa que há no homem. É mais profunda que o seu cérebro, é o seu coração. [...] O  coração é a própria sede, o centro, o trono da personalidade…, e nele, segundo as Escrituras está a sede do pecado.
O pecado em seu engano, endurece-nos, endurece o nosso coração. É um processo terrível, pois toda vez que recusamos ouvir a voz de Deus, consequentemente ficamos mais duros, e na próxima vez será mais dificil. “para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado” (Hb.3:13b) [...]. Se você não reagir bem ao amor de Deus, esse amor endurecerá você.
Vocês se lembram do que nos é dito sobre um rei no Antigo Testamento que estava a ponto de ser punido, mas… aceitou o ensino, e Deus lhe disse: “Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o Senhor”. Deus o perdoou porque o seu coração se enternecera; houvera um abrandamento. “Meu Salvador”, diz o hino, “enquanto terno está o meu coração, o rendo a Ti, Senhor…”. É isso. É somente quem tem o coração terno deseja render-se ao Senhor.
Amém.

sábado, 22 de setembro de 2012

APÓSTOLOS HOJE?



Por Abraham Kuyper
“Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor?” (1Co 9.1).
Nós não podemos encerrar o assunto do apostolado sem dar uma última olhada no círculo de seus membros. Esse é um círculo fechado, e todo esforço para reabri-lo tende a obliterar uma característica da nova aliança.
No entanto, grande esforço tem sido empreendido nesse sentido repetidas vezes. Nós o vemos na sucessão apostólica de Roma; na concepção ética que, gradualmente, apaga a linha de separação entre os apóstolos e os crentes; e na sua forma mais ousada e concreta, entre os irvingitas.[1]
Os últimos asseveram que não apenas o Senhor deu à sua Igreja um colégio de apóstolos no início, mas também, agora, chamou uma corporação de apóstolos para preparar seu povo para a segunda vinda.
Entretanto, essa posição não pode ser sustentada com êxito. Nem nos discursos de Cristo, nem nas epístolas dos apóstolos, nem no Apocalipse nós encontramos a mínima insinuação de tal evento. O fim de todas as coisas é repetidamente anunciado. O Novo Testamento frequentemente relata em detalhes os eventos e sinais que deverão preceder a volta do Senhor. Eles são registrados tão minuciosamente que alguns dizem que até a data exata pode ser fixada. E, contudo, entre todas essas profecias, nós falhamos em descobrir o menor sinal de um apostolado subsequente. No panorama das coisas por vir, literalmente não há lugar para ele.
Tampouco os resultados obtidos por esses irmãos lograram satisfazer as suas expectativas. O seu apostolado tem sido um grande desapontamento. Ele não tem realizado quase nada. Eles têm ido e vindo sem deixar rastro. Nós não negamos que alguns desses homens fizeram coisas maravilhosas, mas, em primeiro lugar, os sinais realizados foram bem inferiores aos dos apóstolos; em segundo lugar, que um homem, como o pastor Blumhardt, também realizou sinais que merecem ser notados; terceiro, a Igreja Católica Romana algumas vezes oferece sinais que não são simulados nem artificiais; por último, o Senhor nos advertiu que estes seriam feitos por homens que não lhe pertencem.
Além disso, não vamos nos esquecer de que falta totalmente aos apóstolos dos irvingitas as marcas do apostolado. Esses sinais são: (1) uma chamada diretamente do Rei da Igreja; (2) uma qualificação peculiar do Espírito Santo, tornando-os infalíveis no serviço da igreja. Esses homens não têm nenhuma dessas marcas. Eles nos falam, na verdade, de um chamado que lhes chegou pela boca de profetas, mas isso é de pouco ou nenhum propósito, pois um chamado por um profeta não é igual a um chamado diretamente de Cristo, e o nome “profeta” é extremamente enganoso. A palavraprofeta tem, nas páginas sagradas, uma aplicação ampla, e ocorre em dois sentidos, um limitadoe outro geral. O primeiro envolve a revelação de um conhecimento que mera iluminação não pode produzir, enquanto o último se aplica a homens falando em êxtase santo para o louvor de Deus. Nós concordamos que a profecia no sentido geral é um dom permanente da igreja, razão pela qual os reformadores do século 16 tentaram reavivar esse ofício. Se os irvingitas, portanto, acreditarem que, em seus círculos, a atividade profética foi reavivada, nós não vamos discutir, embora não possamos dizer que os relatos das suas profecias tenham tido um efeito muito forte sobre nós. Digamos que o dom tenha sido restaurado. Mesmo assim nós perguntamos: o que ganharam com isso? Não há qualquer sinal de que esses profetas e profetizas sejam como os seus predecessores do Antigo Testamento. A vontade não revelada de Deus não foi revelada por eles. Se eles forem de algum modo profetas, então as suas profecias são meramente um falar para o louvor de Deus num estado de êxtase espiritual.
A inutilidade de um apelo a tais profetas para apoiar esse novo apostolado é evidente. Trata-se meramente de um esforço para apoiar um apostolado insustentável por um profetismo igualmente insustentável.
Tampouco deve-se esquecer que o trabalho desses que se chamam apóstolos não tem cumprido o seu papel. Eles têm falhado em exercer uma influência perceptível sobre o curso dos eventos. As instituições fundadas por eles em nenhum aspecto ultrapassaram as muitas organizações de novas igrejas testemunhadas por esse século. Eles não estabeleceram qualquer princípio novo; os seus trabalhos não manifestaram nenhum poder novo. Seja o que for que tiverem feito não traz o selo de uma origem celestial. E quase nenhum desses novos apóstolos morreu como os 12 genuínos apóstolos, na cruz ou na fogueira, mas em suas camas, rodeados por amigos e admiradores.
Entretanto, isso não é tudo. O nome apóstolo pode ser tomado (1) no sentido de ser chamado diretamente por Jesus como um embaixador de Deus, ou (2) num sentido geral, denotando todo homem enviado por Jesus à sua vinha, pois a palavra apóstolo significa uma pessoa que foi enviada. Em Atos 14.14, Barnabé é chamado de apóstolo não porque pertencesse ao grupo apostólico, mas meramente para indicar que ele tinha sido enviado pelo Senhor como seu missionário ou embaixador. Em Atos 13.1,2, Barnabé é mencionado antes de Saulo, que não é nem ao menos chamado pelo nome apostólico, o que mostra que esse chamado do Espírito Santo tinha caráter temporário apenas, para a missão em especial. Por essa razão, o Senhor Jesus Cristo, como aquele que foi enviado pelo Pai, o grande Missionário, veio a este mundo, o Embaixador de Deus à sua Igreja é chamado de Apóstolo: “Por isso, santos irmãos [...] considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus” (Hb 3.1).
Se os irvingitas tivessem chamado de apóstolos os grandes reformadores do século 16 ou alguns líderes proeminentes da atualidade, não poderia haver qualquer grande objeção. Mas não foi isso o que quiseram dizer. Eles alegam que esses novos apóstolos devem ficar à frente da igreja num caráter peculiar, no mesmo plano que os primeiros apóstolos, embora empregados de forma diferente. Isso não pode ser aceito. Isso estaria em oposição direta com a declaração apostólica de 1Coríntios 4.9: “A mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar,[2] como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens”. Como o apóstolo Paulo podia falar de últimos apóstolos, se estivesse nos planos de Deus enviar outros 12 apóstolos ao mundo depois de 18 séculos?
Em vista dessa palavra positiva do Espírito Santo, nós remetemos a todos aqueles que entram em contato com os irvingitas o que as Escrituras dizem com respeito àqueles que se chamam de apóstolos e não o são: “Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo” (2Co 11.13). E o Senhor Jesus testifica à igreja de Éfeso: “Puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos” (Ap 2.2).
A noção de que os falsos apóstolos devem ser um tipo de diabo encarnado não se aplica de modo nenhum aos homens calmos, respeitáveis e veneráveis que frequentemente são vistos nos círculos dos irvingitas. Mas à parte dessa noção absurda e considerando que os falsos profetas do Antigo Testamento se pareciam tanto com os verdadeiros que algumas vezes enganaram até mesmo o povo de Deus, nós entendemos que os falsos apóstolos dos dias de João podiam ser detectados somente por um discernimento espiritual mais elevado e que os falsos apóstolos do século 19, que, pela sua semelhança com os genuínos 12 cegaram os olhos ao superficial, podem ser detectados apenas pela prova da Palavra de Deus. a Palavra declara que os 12 apóstolos do tempo de Paulo eram osúltimos apóstolos, o que resolve o assunto desse pretenso apostolado.
Esse erro dos irvingitas não é, portanto, tão inocente. É fácil explicar como ele se originou. O estado deplorável e desditoso da igreja deve necessariamente dar lugar a numerosas seitas. Nós, de bom grado, reconhecemos que os irvingitas têm enviado muitas advertências e bem merecidas repreensões à nossa igreja superficial e dividida, mas esses bons préstimos de forma nenhuma justificam a prática daquilo que é condenado pela Palavra de Deus. Aqueles que têm se permitido ser influenciados pelos seus ensinamentos irão, cedo ou tarde, experimentar o seu resultado fatal. Já se tornou manifesto que esse movimento, que começou entre nós sob o pretexto de unir a Igreja pela reunião do povo do Senhor, conseguiu pouco mais do que acrescentar outra seita ao número já grande delas, dessa maneira roubando da Igreja de Cristo os poderes excelentes, que agora estão sendo desperdiçados.
Que o apostolado foi um círculo fechado, e não uma teoria flexível, está evidente em Atos 1.24,25: “Tu, Senhor... revela-nos qual desses dois tens escolhido para preencher a vaga nesse ministério e apostolado...”. Novamente, da palavra do apóstolo Paulo: “por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado” (Rm 1.5); e novamente: “Se não sou apóstolo para outrem, certamente o sou para vós outros; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor” (1Co 9.2); e, por fim: “Aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios” (Gl 2.8). Essa exclusividade também é evidente pelos seguintes fatos: os apóstolos sempre aparecem como os 12; eles foram especialmente nomeados e ordenados por Jesus, que soprou sobre eles o dom oficial do Espírito Santo; pelo poder e pelos dons excepcionais, eles estavam ligados ao apostolado. É especialmente de seu lugar conspícuo na vinda do reino de nosso Senhor Jesus Cristo que o apostolado obtém seu caráter definido. As Sagradas Escrituras ensinam que os apóstolos deverão se sentar sobre 12 tronos para julgar as 12 tribos de Israel (Mt 19.28) e também que a muralha da Nova Jerusalém “tinha 12 fundamentos, e sobre esses estavam os 12 nomes dos 12 apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14).
O apóstolo Paulo nos oferece em sua própria pessoa a prova mais convincente de que o apostolado era um colégio fechado. Se não tivesse sido, a questão de se ele era um apóstolo ou não nunca poderia ter causado tanta contenda. No entanto, uma grande parte da Igreja se recusou a reconhecer seu apostolado. Ele não era um dos 12 e não tinha andado com Jesus. Como ele podia ser uma testemunha? Foi contra essa contenda que por várias vezes levantou sua voz com veemência. Esse fato é a chave para a compreensão de suas epístolas aos coríntios e aos gálatas. Elas ardem com um santo zelo pela realidade de seu apostolado, pois ele estava profundamente convencido de que era um apóstolo igual a Pedro e aos outros. Essa certeza não se baseava em mérito pessoal; em si mesmo, ele não era digno de ser chamado um apóstolo (1Co 15.9), mas tão logo seu ofício é atacado Paulo se levanta como um leão, pois isso toca a honra de seu Mestre, que lhe apareceu no caminho de Damasco não como se diz comumente, para convertê-lo – pois isso não é trabalho de Cristo, mas do Espírito Santo – mas para designá-lo apóstolo na Igreja que ele estava perseguindo.
Quanto à questão de como a adição do apóstolo Paulo aos 12 é consistente com esse número, nós estamos convencidos de que não o nome de Matias, mas o de Paulo, está escrito sobre as fundações da Nova Jerusalém junto com os outros; e que não Matias, mas o apóstolo Paulo, se sentará para julgar as 12 tribos de Israel. Como uma das tribos de Israel foi substituída por duas outras, isso também ocorreu no apostolado, pois, como Simeão, que se desviou, foi substituído por Manassés e Efraim, também Judas foi substituído por Matias e Paulo.
Nós não estamos dizendo que os apóstolos erraram em eleger Matias para preencher a vaga deixada pelo suicídio de Judas. Ao contrário, a inteireza do número apostólico não podia ser retardada até a conversão de Paulo. A vaga tinha de ser preenchida imediatamente. Mas deve-se dizer que, quando os discípulos escolheram Matias, tinham uma concepção muito diminuta da bondade do Senhor. Eles pensavam que, por um Judas, receberiam um Matias, e, veja só, Jesus deu-lhes Paulo. Quanto ao primeiro, as Escrituras mencionam sua eleição e nada mais. Contudo, embora para a Igreja dos tempos posteriores o apostolado sem o apóstolo Paulo fosse inimaginável, e embora tenha sido concedido à sua pessoa o primeiro lugar entre os apóstolos e aos seus escritos a autoridade mais elevada entre as Escrituras do Novo Testamento, à pessoa de Matias a eleição ao apostolado deve ter sido mais honrosa. O apostolado é uma posição tão elevada que o fato de ter sido identificado com ele, mesmo que temporariamente, comunica maior distinção ao nome de um homem do que uma coroa real.
FONTE: Abraham Kuyper. A Obra do Espírito Santo. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. pp. 185-189.

Pastores segundo o coração de Deus - Rev. Hernandes Dias Lopes



Referência: Jeremias 3.15
INTRODUÇÃO
1. A vocação para o pastorado é a mais sublime das todas as vocações. John Jowett no seu livro “O pregador, sua vida e sua obra” diz que vocação é quando todas as outras portas estão abertas, mas você só anseia entrar pela porta do ministério. São algemas invisíveis.
2. Deus chama pessoas diferentes, em circunstâncias diferentes, em idades diferentes para o ministério. Chamou Jeremias no ventre da mãe. Chamou Isaías num momento de crise nacional. Chamou Pedro depois de casado. Chamou Paulo quando este perseguia a igreja.
3. O texto em apreço nos fala que Deus é quem dá pastores à igreja. O pastor não é um voluntário, mas um chamado. O seu ministério não é procurado, é recebido. Sua vocação não é terrena, é celestial. Sua motivação não está em vantagens humanas, mas em cumprir o propósito divino.
4. Vejamos algumas lições desse texto:
I. É DEUS QUEM DÁ PASTORES À SUA IGREJA – V. 15
1. A escolha divina não é fundamentada no mérito, mas na graça
• Jeremias era uma criança quando foi chamado. Ele não sabia falar. Foi Deus quem colocou sua Palavra em sua boca. Jonas era um homem que tinha dificuldade em perdoar os inimigos, e Deus o chamou e o enviou a fazer a sua obra, mas contra sua vontade. Paulo se considerava o o menor dos apóstolos, o menor dos santos, o maior dos pecadores, mas Deus o colocou no lugar de maior honra na história da igreja.
• Nossa escolha para o serviço e para a salvação não é fundamentada em méritos, mas na graça.
2. É Deus quem coloca os membros no corpo, como lhe apraz
• Todos os salvos têm dons e ministérios no corpo, mas nem todos são chamados para serem pastores. Não somos nós quem decidimos, mas Deus. Quem é chamado para este sublime mister não poder orgulhar-se, porque nada temos que não tenhamos recebido.
II. DEUS DÁ PASTORES À SUA IGREJA – V. 15
1. Deus não apenas chama, mas especifica a missão
• O que é um pastor? O que significa pastorear?
a) Pastorear é alimentar o rebanho de Deus com a Palavra de Deus – Não nos cabe prover o alimento, mas oferecer o alimento. O alimento é a Palavra. Reter a Palavra ao povo de Deus é um grave pecado.
b) Pastorear é proteger o rebanho de Deus dos lobos vorazes – Jesus alertou para o fato do inimigo introduzir os filhos do maligno no meio do seu povo, se a igreja estiver dormindo. Paulo alertou para o fato dos pastores estarem vigilantes para que os lobos vorazes não penetrem no meio do rebanho.
c) Pastorear é gostar do cheiro de ovelha – A missão do pastor é apascentar. O pastor é alguém que convive com ovelha. Está perto. Leva para os pastos verdes as famintas, às águas tranquilas as sedentas, atravessa os vales escuros dando segurança à ovelha, que está insegura carrega a fraca no colo, resgata a que caiu no abismo, disciplina aquela que põe em risco a vida do rebanho.
III. DEUS DÁ PASTORES SEGUNDO O SEU CORAÇÃO – V. 15
1. Deus dá pastores à igreja segundo o seu coração
a) Qual é o perfil de um pastor segundo o coração de Deus:
1) É um pastor que tem consciência de que Deus o chamou não governar o povo com rigor, mas para cuidar do seu povo;
2) É um pastor que cuida da sua própria vida, antes de cuidar do povo de Deus. Ele prega a si mesmo, antes de pregar ao povo. Sua vida é o seu mais eloquente sermão.
3) É um pastor que é exemplo vida, piedade para o seu próprio rebanho. Ele nada considera a vida preciosa para si mesmo para velar pelo rebanho. Ele dá a sua vida pelo rebanho.
4) É um pastor que pastoreia TODO o rebanho: as ovelhas dóceis e as indóceis.
5) É um pastor que compreende que a igreja é de Deus e não dele. Deus nunca nos passou procuração para sermos donos do rebanho. A igreja é de Deus.
6) É um pastor que compreende que a igreja custou muito caro para Deus, o sangue do seu Filho. A igreja é a Noiva do Filho de Deus. A igreja é a Menina dos Olhos de Deus. Ele tem zelo pela igreja.
IV. A EXCELÊNCIA COM QUE O PASTOR DEVE EXERCER O SEU PASTORADO – V. 15
1. O pastor deve apascentar o rebanho de Deus com conhecimento
• O pastor é um estudioso. Ele deve ser um erudito. Ele precisa conhecer a Palavra, alimentar-se da Palavra e pregar a Palavra.
• Paulo diz que deve ser considerado digno de redobrados honorários aqueles que se afadigam na Palavra. Precisamos estudar até à exaustão.
• Precisamos cavar e oferecer ao povo de Deus as insondáveis riquezas de Cristo. Somos mordomos: precisamos oferecer um cardápio apetitoso, balanceado.
• As cátedras seculares envergonham os púlpitos. Precisamos nos apresentar como obreiros aprovados. Precisamos realizar o ministério com um padrão de excelência.
2. O pastor deve apascentar o rebanho de Deus com inteligência
• Inteligência significa com sabedoria, com sensibilidade. Sabedoria é usar o conhecimento para os melhores fins. Precisamos tratar as ovelhas de Deus com ternura. Paulo diz que o pastor é como um Pai e também como uma Mãe.
• O pastor chora com os que choram e festeja com os que estão alegres.
• O pastor é trata cada ovelha de acordo com sua necessidade, com seu temperamento, com seu jeito peculiar de ser. Ele é dócil com as crianças como Jesus que as pegou no colo. Ele trata os da sua idade como irmãos e aos mais velhos como a pais.
• Uma coisa é amar a pregação, outra coisa é amar as pessoas para quem pregamos.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A Necessidade da Morte por Gerard Van Groningen




             Houve três eventos históricos à época da libertação de Israel e saída do Egito quando a morte tornou-se uma realidade necessária. Para se entender a razão pela qual é correto falar da necessidade da morte, é necessário lembrar da declaração de Deus Yahweh antes da queda: “porque no dia em que você comer dela, morrendo você morrerá ou certamente morrerás” (Gênesis 2.17). O comentário do Novo Testamento que explica esta declaração do Antigo Testamento é: “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). [47] Deus Yahweh havia deixado claro para Adão e inspirou Paulo a entender muito bem o que havia pretendido comunicar. Desobedecer a este comando, rejeitar seu modo de vida, afastar-se da sua comunhão de amor, traria o resultado inevitável da morte. E, como discutido previamente, a morte deve ser entendida adequadamente neste contexto. [48] Refere-se, especificamente, à separação de Deus Yahweh, a única fonte de vida e amor, para uma cessação eventual da vida animada (i.e., respiração e circulação sangüínea iriam cessar, fazendo com que o corpo físico se deteriorasse e voltasse ao pó). Adão e Eva imediatamente experimentaram a realidade da morte espiritual: sua separação de Deus Yahweh e a quebra da comunhão íntima com ele. Eles não experimentaram imediatamente a realidade da morte física uma vez que Yahweh deteve isto deles e, assim, eles foram capazes de serem restaurados para a vida espiritual e comunhão através da iniciativa de Deus Yahweh. O efeito certo do pecado, no entanto, sempre permaneceu: separação de Deus e a separação dos aspectos internos e externos da pessoa humana. O primeiro poderia e seria dominado através da experiência real da morte espiritual, isto é, separação de Deus por alguém aceitável a Deus como um substituto. Deus Yahweh proveu para esta experiência de morte, enviando seu Filho para morrer como um substituto para os pecadores arrependidos, confessos e crentes.
Os três eventos nos quais a morte teve um papel importante são a morte dos primogênitos do Egito, a morte do cordeiro pascal, e a morte dos perseguidores egípcios.
Os filhos primogênitos do Egito, tanto os nascidos da nobreza como os de escravos, morreram quando o último ato de julgamento contra o Egito foi requerido por Deus Yahweh. Os primogênitos do Egito deveriam morrer por causa do pecado persistente e da rebelião de Faraó, demonstrados especificamente em sua recusa em despachar Israel do Egito, o primogênito de Deus Yahweh (Êxodo 4.22). A razão pela qual Yahweh se referiu a Israel como seu primogênito deve ser entendida. Israel foi escolhido por Deus Yahweh para servir como seu representante privilegiado e amado entre todas as nações da terra. Ser o primogênito de Deus Yahweh era ser agente específico pactual profético sacerdotal e real em nome do Rei cósmico Yahweh. Através do primogênito, o programa de reino de Deus Yahweh seria executado e seus propósitos e metas alcançados. [49] No entanto, Faraó se recusou a reconhecer o reinado soberano de Deus Yahweh sobre o Egito como também seu relacionamento específico com Israel e seus propósitos para ele. Faraó assumiu prerrogativas que somente Deus Yahweh poderia reivindicar justamente. Ele apresentou-se como o governador soberano; seu filho mais velho, como o filho sucessor dos deuses, iria controlar o destino de Israel. Consequentemente, o golpe desferido contra o primogênito de Faraó, assim como o de todas as famílias egípcias, foi o golpe mais devastador que Faraó poderia receber. Significava que ele e seu filho mais velho não eram o que alegavam ser. Ele foi forçado a reconhecer que o Deus que podia passar sobre a terra e “ferir cada primogênito - de homens e animais” (Ex 12.12-29) [50] era, de fato, capaz de trazer julgamento sobre todos os deuses do Egito e seus agentes e filhos humanos. Assim, a morte de todo primogênito, a cessação efetiva de sua vida animada física, foi necessária para fazer Faraó perceber que ele não tinha a prerrogativa de manter e controlar o agente pactual eleito de Deus Yahweh entre as nações. Esta separação dos machos mais velhos das famílias foi uma conseqüência direta da separação espiritual de Faraó de Deus Yahweh (assim como do povo egípcio) como evidenciado pela sua rebelião de coração endurecido contra Deus Yahweh e sua rejeição a ele.
O primogênito de Israel também foi considerado parte da população egípcia. Estes primogênitos também estavam sob a ameaça de morte física. Deveria ser entendido que ninguém que vivia no Egito  egípcio, israelita ou membros de outras nações  poderia esperar ficar isento da ameaça de morte. Ninguém poderia ser considerado justo, pelos seus próprios méritos, diante de Deus Yahweh. Por esta razão, para que todos os primogênitos de Israel continuassem vivendo, deveriam ser protegidos da morte por um sinal divinamente imposto  a saber, o sangue no portal da casa em que viviam (Ex 12.7). Para que o sangue servisse como sinal, a vida tinha que ser confiscada. Um tipo especificamente prescrito de cordeiro tinha que ser abatido para se obter seu sangue. A carne tinha que ser comida por todos que participariam na libertação que aconteceria depois da morte dos primogênitos egípcios e da continuação da vida dos primogênitos de Israel. Yahweh também mandou que os cordeiros pascais fossem abatidos anualmente por toda a história de Israel a fim de que o dom da vida e da liberdade da escravidão física e espiritual do Egito fossem lembrados (Ex 12.14-20).
O terceiro evento no qual a morte ocorreu foi no mar (Ex 14.21-28). Os israelitas, no seu caminho até Canaã através do deserto, foram guiados por Yahweh para a margem oeste do mar onde foram “encurralados entre o deserto e o mar”. [52] Deus Yahweh sabia que Faraó não estava completamente submisso a ele; assim, seu coração foi endurecido mais uma vez (Ex 14.4, 8). Ele enviou seu exército para perseguir, capturar e fazer com que os israelitas voltassem para a escravidão. Deus Yahweh deu aos israelitas uma rota de escape miraculosa que se tornou uma armadilha mortal para o jactante exército egípcio, seus oficiais, cavalos, carruagens e tropas. O texto é misterioso e realístico: “nenhum deles sobreviveu” (Ex 14.28). Faraó, pessoalmente, e todo o Egito não foram somente humilhados em submissão, eles tiveram que perceber que estavam completamente vencidos; toda a habilidade de exercer o poder e a influência estava removida. Assim, o agente e servo representativo terreno do reino parasita satânico foi totalmente derrotado. A semente de Satanás foi esmagada. E, neste esmagamento por morte, a vida e a liberdade foram dadas com garantia aos israelitas em fuga.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A CATOLICIDADE DA FÉ REFORMADA E SEUS EQUIVALENTES EVANGÉLICOS NOTA DO CRISTÃO REFORMADO -



            Mais uma vez, a publicação do texto do Dr. Clark tem fins dialogais. Eu mesmo pedi o livro Doctrine, de Mark Driscoll e Gerry Brashears, a fim de verificar in loco o pensamento dos mesmos.

Recentemente, Mark Driscoll e Gerry Brashears publicaramum exame da doutrina cristã básica. Martin Downes avaliou proveitosamente a explicação da doutrina de Cristo segundo eles. É interessante ver o modo como dois escritores aparentemente “Reformados” tratam um assunto do dogma católico. Contraste a forma como esta questão é abordada com a forma como ela é tratada pelas Igrejas Reformadas nas Confissões Reformadas.

O artigo 10 da Confissão Belga (1561), diz:

Cremos que Jesus Cristo, de acordo com sua natureza divina, é o único Filho de Deus – eternamente gerado, não feito nem criado, pois assim ele seria uma criatura. Ele é um em essência com o Pai; co-eterno; a imagem exata da pessoa do Pai e o “resplendor da sua glória”, sendo como Ele em todas as coisas. Ele é o Filho de Deus não apenas por ter assumido a nossa natureza no tempo, mas desde de toda eternidade...

O Capítulo 3 da Segunda Confissão Helvética, de Heinrich Bullinger (1561; publicada em 1566), diz:

... como o Pai gerou o Filho desde a eternidade, o Filho foi gerado por uma geração inefável.

A Confissão de Fé de Westminster (1647) [no Capítulo II], diz:

III. Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade – Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. O Pai não é de ninguém – não é gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho.

Credo de Atanásio diz: “Pois a fé verdadeira é que creiamos e confessemos que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e homem. Deus da substância do Pai, gerado antes dos mundos (ante saecula); e feito da substância de Sua mãe, nascido no mundo”.

A expressão “ante saecula” significa, “desde a eternidade”. A Vulgata (Latina) traduz 1 Coríntios 2.7, “Mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, que estava oculta, a qual Deus ordenou antes dos séculos (pró tôn aiônôn) para nossa glória”, com a mesma expressão, “ante saecula”. Isso significa “desde a eternidade”. Ela está intimamente relacionada com a expressão encontrada em Romanos 16.27 e Gálatas 1.5 (e em muitos outros lugares) “pelos séculos dos séculos” (eis tous aiônas tôn aiônôn) como “in saecula saecolorum”.

Quando Atanásio diz “gerado antes dos mundos”, está dizendo, “eternamente gerado”. Essa é a doutrina do Credo Niceno quando ele diz “gerado, não feito”. O ponto de contraste é repudiar a noção herética do que “havia quando o Filho não existia”. Eles estavam afirmando o oposto: nunca houve tempo em que o Filho não existisse. O Filho sempre existiu. O Filho sempre foi o Filho. Isso é um grande mistério, é claro, mas o intento dos credos católicos é evidente.

Se a minha compreensão da história recente do evangelicalismo estiver correta, Driscoll e Brashears não são os únicos evangélicos adeptos da doutrina da predestinação que adotaram uma perspectiva similar em relação a essa questão. Será que, talvez isso aconteça devido à forma como os evangélicos não-confessionais se relacionam com a tradição Cristã, com as confissões e com os credos católicos?

Uma vez mais: Se as Igrejas Reformadas confessam que o Filho é eternamente gerado e os evangélicos adeptos da predestinação (YRR) negam isso, podem estes ser descritos adequadamente como “Reformados”? Se os evangélicos adeptos da predestinação não confessam nossa Cristologia, nossa teologia do Pacto, nossa eclesiologia, nossa doutrina dos sacramentos, o que existe em sua teologia, piedade e prática que os tornam Reformados?


terça-feira, 18 de setembro de 2012

A ação de Deus nos ímpios e através deles - João Calvino (1509-1564).



            De conformidade com a primeira dessas maneiras de ação divina, parece ter sido dito isto: “Ele remove a palavra aos verazes e da razão priva os anciãos [12.20]; retira o entendimento àqueles que estão à frente do povo da terra, por lugar sem trilha os faz errar” [Jó 12.24]. Igualmente: “Qual a razão por que nos enlouqueceste, Senhor, e o coração nos endureceste, para que não te temamos?” [Is 63.17]. Ora, na verdade, estas passagens indicam antes que espécie de homens Deus os faz ao desertá-los, de modo que neles executa sua obra.

          Há, porém, outros testemunhos que vão além, os quais tratam do endurecimento de Faraó: “Endurecerei o coração de Faraó para que não vos ouça [Ex 7.34] e deixe o povo ir” [Ex 4.21]. Em seguida, diz haver-lhe feito pesado o coração e havê-lo enrijecido. Endureceu-o, não o amolecendo? De fato foi isso que aconteceu. Entretanto, Deus fez algo mais, pois o entregou a Satanás a fim de estribar seu coração na obstinação. Do quê havia dito antes: “Mas eu lhe endurecerei o coração” [Ex 4.21].
O povo sai do Egito. Os habitantes da região vêm-lhe ao encontro com espírito hostil. Incitados de onde? Moisés assevera ao povo expressamente que fora o Senhor quem lhes endurecera o coração [Dt 2.30]. Além disso, narrando a mesma história, diz o Profeta que ele lhes volvera o coração para que tivesse seu povo em ódio [Sl 105.25]. Já não podes dizer que haviam tropeçado porque foram destituídos do conselho do Senhor. Ora, se eles são “endurecidos” e “volvidos”, logo são a isto mesmo deliberadamente inclinados.
Além disso, sempre que lhe aprouve punir a transgressão do povo, como levou a bom termo sua obra mediante os réprobos? De tal modo que vejas que a eficiência do agir esteve nele e que eles simplesmente contribuíram com o desempenho. Pelo que, ora ameaçava convocá-los com seu assobio [Is 5.26; 7.18], ora usava os ímpios como uma rede para emaranhá-los [Ez 12.13; 17.20]; ora como um malho para ferir aos israelitas [Jr 50.23]. Mas, especialmente então declarou que não está neles ocioso, quando um machado chama a Senaqueribe, o qual, para cortá-los, fora não só designado, como também impulsionado por sua mão [Is 10.15]. Atiladamente, assim define Agostinho a matéria em certo lugar: “Que os maus pequem, isso eles fazem por natureza; porém que ao pecarem, ou façam isto ou aquilo, isso provém do poder de Deus, que divide as trevas conforme lhe apraz.”

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Que é a vossa vida?




           Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
— Tiago 4:14
O teu coração está completamente sob o domínio do Senhor Jesus Cristo? Há uma porção de crentes que nunca atinou para o fato de que suas vidas já não lhes pertencem. São escravos de Cristo. Afinal,
Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
— 1 Coríntios 6:20
Não é que devamos dedicar parte do nosso viver a Deus. Nós pertencemos a Ele e o que deveria ocupar nosso pensamento são as coisas dEle, não as nossas. O pão e a roupa ele nos dá. Sobre o que precisamos nos preocupar? Nossos planos e metas devem focar em apenas uma coisa: glorificar a Deus.
Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.
— 1 Coríntios 10:31
Só existe um problema no mundo: Deus não está sendo glorificado. Tudo o mais é secundário. E você não será um cristão plenamente satisfeito enquanto não entender esse fato: todo o seu ser deve estar focado nEle.
Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR teu Deus pede de ti, senão que temas o SENHOR teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR teu Deus com todo o teu coração e comtoda a tua alma, que guardes os mandamentos do SENHOR, e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?
Eis que os céus e os céus dos céus são do SENHOR teu Deus, a terra e tudo o que nela há.
Tão-somente o SENHOR se agradou de teus pais para os amar; e a vós, descendência deles, escolheu, depois deles, de todos os povos como neste dia se vê.
Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais o vosso pescoço.
Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas;
Que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa.
Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito.
Ao SENHOR teu Deus temerás; a ele servirás, e a ele te chegarás, e pelo seu nome jurarás.
Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus olhos têm visto.
— Deuteronômio 10:12-21
Você poderá morrer amanhã. Você será um crente anônimo, que tal? Ninguém nunca falará o seu nome como exemplo de um “grande homem de Deus”. Passar-se-ão os anos e você será esquecido. Então, para que serve todo o enfado e labor dessa vida? Para nada! Tua alma deve desejar ansiosamente que o nome do SENHOR seja glorificado e, então, na vida futura, você poderá continuar a ter nisso o seu prazer.
Descrição: Areia na mão

sábado, 15 de setembro de 2012

Experiências Espirituais


Nosso contexto mundial de tanta pressão psicológica, tantos problemas econômicos, tantas doenças de toda ordem, que se agravam ainda mais com os meios de comunicação despejando sobre as massas humanas informações detalhadas sobre tudo o que acontece no universo, tem gerado um anseio quase incontido entre o povo religioso e, especialmente entre o povo evangélico, por experiências espetaculares com Deus. 

Por todos os lados, surgem líderes movimentando as massas humanas e apelando para milagres, maravilhas e prodígios. Principalmente entre os grupos modernamente chamados "carismáticos", o dom de línguas, doutrina mal interpretada por uma grande maioria, é buscado com ansiedade. E nesse contexto de confusão, muitas das nossas igrejas Batistas estão sendo divididas e, em alguns casos, diluídas aos poucos.

Complexidade Do Assunto: "Experiência"
A natureza humana é passível de experiências, envolvendo os campos: neurológico (doenças e/ou disfunções cerebrais), fantasias mentais cridas como reais, e desajuste/perturbação emocional e mental capaz de criar um universo de experiências ilusórias, mas tidas pelo portador com reais.
Grande número de pessoas, principalmente entre nós, os brasileiros, tem muitos problemas de saúde.
- Partos mal feitos, subnutrição desde a infância, problemas hereditários de alcoolismo e outros fatos da área de saúde, fazem do nosso povo gente facilmente tangível e sugestionável.
Médicos neurologistas afirmam que grande parte da nossa gente hoje em dia é portadora de disritmia cerebral. Toda essa gente, quando emocionalmente excitada por manipulação de certas reuniões, pode sofrer certas "experiências", que poderão chegar até ao êxtase.

O Dr. Hélio Hiller, renomado médico neurologista em Araçatuba, São Paulo, professor universitário, convertido . ... estudou as experiências religiosas ou "pseudo-religiosas", analisando-as à luz da Bíblia e da neurologia.

Visões criadas por anomalias mentais. Uma experiência muito explorada pelos espíritas é aquela em que a pessoa está num lugar e, de repente tem a impressão de que já estivera ali antes. A neurologia explica isto como se o cérebro registrasse o fato de ver o lugar em duplicata, como se fosse uma foto batida em cima da outra. É uma anomalia, e há medicamento para curar este tipo de problema; não tem nada a ver com o campo espiritual.

Experiências sobrenaturais produzidas por disfunção cerebral - Relata ainda o referido médico que tumores no cérebro podem ocasionar experiências parecidas com experiências espirituais.

Experiências sobrenaturais produzidas por auto-sugestão - ... está provado que podemos ser auto-sugestionados. Se admitirmos em nossa mente que devemos e queremos ter certa experiência que alguém nos sugeriu ou que lemos em livros, isto acabará acontecendo conosco.

- A experiência do Rei Saul com a pitonisa de En-Dor, registrada em 1 Samuel 28. - Saul, querendo desesperadamente obter a resposta de Samuel, simulou tudo aquilo para ele mesmo, jogando com dados existentes no seu subconsciente - foi um fenômeno meramente mental (1 Sm. 18.20-25).

- Esse tipo de experiência poderá acontecer com milhares de crentes que estão ouvindo a todo o momento, por todos os meios de comunicação, dos lábios enganadores de pregadores inflamados, que eles precisam ver a glória de Deus; que precisam ver cair fogo do céu; que precisam falar "línguas estranhas" para comprovarem que receberam o "batismo no Espírito Santo". E, dependendo da pessoa e de sua estrutura emocional, isso vai acontecer.

Será que isto tudo vem de Deus?
Bem, a prova de que não é de Deus, é que tais experiências geram confusão, divisão e insatisfação em muitos crentes.

As denominações chamadas "carismáticas" se multiplicam dia a dia. Há, entre líderes destes movimentos, verdadeira competição para ver quem tem mais poder, mais gente nas suas igrejas e mais dinheiro para comprar grandes propriedades.

O apóstolo Paulo diz que "virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas..." (2 Tim. 4.3-4).

- A expressão "sã doutrina" refere-se à doutrina que procede de pessoa sadia. "Comichão nos ouvidos", refere-se à insatisfação. Este é, portanto o nosso tempo difícil. E é curioso que a doutrina regula a experiência.

- É por isso que a Bíblia fala muito da importância da doutrina. Por outro lado, quando a experiência começa a regular e a produzir doutrinas, aí saímos dos princípios da Bíblia.


Princípios Bíblicos De Experiências Com Deus
1. Na maioria dos casos, as pessoas que tiveram experiências especiais com deus, não às estavam pedindo ou buscando.
No Velho Testamento
Moisés, por exemplo, quando viu a sarça ardente no Monte Horebe, (Êxodo 3.1-22).
Jacó, diante de situação difícil, foi orar a Deus para resolver o seu problema, mas não estava pedindo nada semelhante à experiência que teve: a de lutar com o próprio Deus e ter até seu nervo da perna tocado pelo Senhor (Gen. 32.22-32).
Ezequiel, que teve aquelas experiências fabulosas relatadas no seu livro, igualmente, havia ido orar, quando as teve. Ele não tinha nada igual na sua mente antes (Ez. 1).
Da mesma maneira podemos pensar de Daniel, Isaías, Jeremias.
As exceções foram os casos de Gideão e Elias - nota-se que ambos pediram um sinal, já dentro de um seguimento de outras experiências e um contexto de exceção e não de regra. Mas em geral, vamos ver que os homens de Deus que tiveram certas experiências espetaculares, não as estavam pedindo, muito menos com modelos prévios em suas mentes.

No Novo Testamento.
No dia de Pentecostes, os discípulos não foram orientados a pedir o Espírito Santo, mas simplesmente a ficar em Jerusalém e esperar (Luc. 24.49).

Pedro - Quando foi orar no terraço da casa de Simão, o curtidor, ele não fazia nenhuma idéia de que iria ter uma visão de um lençol com animais de toda a espécie (Atos 10.9-17); Quando foi libertado da prisão por um Anjo (Atos 12.3-17),

Paulo e Silas, no cárcere de Filipos simplesmente cantavam hinos e oravam, quando Deus mandou um terremoto (Atos 16.23-34);

João, na Ilha de Pátmos, estaria louvando e adorando a Deus no dia do Senhor (domingo - Apoc. 1.9-10). De repente, Deus lhe deu a esplêndida experiência que deu origem à mensagem que temos no Apocalipse.

O Erro dos Líderes do Movimento Carismático

Incutem na mente do povo sofrido dos nossos dias a idéia de que devem pedir o Espírito Santo; que devem falar "línguas estranhas" e a buscar sinais maravilhosos.

Constantemente ouvimos de pessoas quase alucinadas em noitadas de jejum e oração. Elas estão pedindo a Deus que mande fogo do Céu, ou que lhe dê pelo menos um dente de ouro.


2. Uma segunda característica das experiências com Deus, é que nenhuma delas obedecia a um padrão, a um modelo único.
Cada uma delas acontecia de uma maneira, tanto no Antigo como no Novo Testamento.

- ... chamada de Abraão não foi como a de Moisés. A de Isaías não foi como a de Jeremias, de Ezequiel, nem de Daniel.

No Novo Testamento, a coisa não é diferente.
Nas quatro manifestações históricas do Espírito Santo, não há duas experiências iguais.

- A vinda do Espírito Santo como cumprimento da promessa, foi de uma maneira única. 


JERUSALÉM

Atos 2

SAMARIA

Atos 8.13-17

JUDEIA

Atos 10.44-46

DISCIPULOS DE ÉFESO - At 19.4-7

Destinados aos judeus

Destinados aos samaritanos

Destinados aos gentios

Destinados aos batizados por
João

Ação humana:

nenhuma

Sinais do Batismo do Espírito Santo:

Som (vento impetuoso);

Línguas de fogo (visíveis);

Falar em idioma não aprendido

Ação humana:

Imposição de mãos

Sinais do Batismo do Espírito Santo:

Não é mencionado nenhum sinal visível

Ação humana:

Pedro prega

De repente é dito que o Espírito Santo caiu sobre eles

Sinais do Batismo do Espírito Santo:

Falaram "Línguas”

Ação humana:

Imposição de mãos

Sinais do Batismo do Espírito Santo:

Falaram "Línguas”;

profetizaram

3 - Uma terceira característica das experiências com Deus, segundo a Bíblia, é que elas tinham uma finalidade no plano de Deus, e não visavam primeiramente o indivíduo que as experimentava.

No VT
Deus não deu a Moisés a experiência da sarça que ardia e não se consumia, só para satisfazer os caprichos do Seu servo. Antes, Deus tinha um propósito geral para o Seu povo no Egito.
Assim foram todas as outras experiências, como a de Gideão, Isaías, Jeremias, Daniel, e tantos outros.

No NT
A experiência inicial com o Espírito Santo em Atos 2, 8, 10 e 19 foi para demonstrar a todos, e não deixar dúvida, de que a promessa da vinda do Espírito Santo havia se cumprido, e incluía todos os que genuinamente cressem em Cristo, não só judeus, como também, samaritanos, gentios, e até aos batizados só batismo de João, depois não é mais registrada nem um sinal visível do Batismo do Espírito .

A experiência do dom de línguas, tinha apenas um propósito de falar por gente de outras línguas ao povo de Israel, conforme Isaías 28.11; 1 Cor. 14.21-22). - Este era o propósito. E, de acordo com as regulamentações dos "dons espirituais", que eram dados para o que fosse útil (1 Cor. 12.7), uma vez cumprida a profecia e afastada a sua utilidade, o dom cessaria.

4 - Um outro princípio sobre este assunto é que as experiências registradas pela Bíblia foram reais e não fruto de alucinação ou qualquer outro problema humano.
Moisés e a visão da sarça ardente - duas razões principais porque essa experiência foi real, por: a) Moisés, em toda a sua vida, evidenciou-se um homem mentalmente sadio. Com 120 anos de vida, o vigor não havia saído do seu rosto (Deut. 34.7). b) Por outro lado, as instruções dadas por Deus durante a visão, foram cabalmente cumpridas e registradas na Bíblia.
Saulo de Tarso no caminho de Damasco. A despeito de algumas diferenças pequenas nas três narrativas: Atos 9.1-18; 22.1-16 e 26.9-18, nota-se que a experiência não foi meramente mental ou subjetiva, porque: Os homens que estavam com ele viram a luz (22.9); Ouviram a voz que falava com ele; só não entenderam o significado das palavras, uma vez que se falava em Hebraico (Atos 9.7; 22.14); Todos caíram por terra juntamente com Paulo (22.14); Todos constataram que ele ficou cego durante algum tempo (9.8; 22.11).

Conclusão Sobre Experiências De Natureza Sobrenatural:
O que temos que fazer é deixar de procurar e buscar certas experiências e confiar ao Senhor a trajetória de nossas vidas. Na verdade, o crente vive pela fé: "Andamos por fé e não por vista", dizia Paulo (2 Cor. 5.7). E Jesus disse: "... Bem-aventurados os que não viram e creram" (João 20.29).

Fonte: Jornal Batista