A morte de Cristo, sobre a cruz,
satisfez a justiça divina. Quando Jesus Cristo instituiu a Ceia do Senhor,
disse que Seu sangue era "... o sangue da aliança, derramado em favor de
muitos, para a remissão de pecados" (Mt 26.28). Quando Pedro pregou aos
judeus, em Jerusalém, no dia de Pentecostes, declarou que a fé em Cristo é o
que outorga a "... remissão dos ... pecados ..." (At 2.38). E Pedro
pregou aos gentios a mesma verdade, na casa de Cornélio (At 10.43). Paulo
escreveu: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus" (Rm 8.1). E às igrejas de Éfeso e Colossos escreveu ele:
"... no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados,
segundo a riqueza da sua graça..." (Ef 1.7; Cl 1.14). João destacou a
mesma verdade (1 Jo 1.7; Ap 1.5). Como é que algo poderia ser mais claro ou
mais positivo e específico? Cristo pagou a penalidade, e os crentes recebem
perdão. Os pecados da vida inteira do indivíduo são judicialmente perdoados
quando Cristo é recebido pela fé, visto que Ele morreu por eles no Calvário.
A presença
de Cristo na Glória guarda os crentes. Os pecados do crente afetam sua
comunhão, mas não sua relação. Cristo acha-se atualmente no Céu, na qualidade
de nosso Sumo-Sacerdote e Advogado. Ele pleiteia constantemente a nosso favor,
baseado nos méritos de Seu próprio sangue precioso, mediante o qual satisfez à
justiça divina e tornou possível nossa comunhão com Deus (Rm 5.9; Hb 7.25; 1 Jo
2.1). Havendo feito um grande investimento em nós, Ele certamente cuidará desse
investimento em nós, Ele certamente cuidará desse investimento. Suas
realizações no Calvário, e Seu presente ministério na Glória, conservam cada
crente salvo e seguro.
A morte de
Cristo garante a salvação do crente para o tempo e a eternidade. As "vestimentas
de pele" feitas para Adão e Eva certamente foram aceitáveis a Deus porque
Ele mesmo as fez (Gn 3.21). Os hóspedes que tinham vestes nupciais, fornecidas
pelo rei, eram aceitáveis ao rei (Mt 22.1-14). A justiça que torna o pecador
aceitável a Deus não é a justiça própria, não é a justiça humana, mas a justiça
de Deus que o crente recebe como presente da parte de Deus (Rm 3.21,22). Aos
crentes acha-se escrito: "... nele estais aperfeiçoados..." (Cl
2.10). Nada pode ser adicionado àquilo que é completo. Se o crente aceitar o
que dizem João 3.16-18; 5.24; e 6.37, pode estar certo que todo crente está
seguro e garantido. Jesus Cristo declarou: "As minhas ovelhas ouvem a
minha voz; eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais
perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu
Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar"
(Jo 10.27-29).
A certeza da
salvação é privilégio de todo filho de Deus, comprado pelo preço de sangue. A
falta de segurança é um grande furto. Pois assim Deus é roubado da glória que
Lhe é devida; assim o crente é roubado da alegria que lhe pertence por direito;
e os contemporâneos do crente são roubados do testemunho que precisam ouvir. A
certeza da salvação é um poderoso incentivo à vida santa. Crer naquilo que Deus
diz acerca de Jesus Cristo salva o indivíduo. Acreditar naquilo que Deus diz
acerca do crente torna o crente certo de sua salvação.
Fonte: Doutrina
do Pecado