“O que você faz quando a pregação da Palavra não te
impacta mais como antigamente?”
Essa é a pergunta que me foi feita recentemente por
um jovem sincero que aparenta estar buscando honestamente ao Senhor.
Muitos de nós conseguem se identificar com essa
questão por já terem estado nessa situação. Nos lembramos do impacto que os
sermões tinham sobre nós no passado – impressões fortes, convicções intensas,
ilustrações poderosas – mas agora, nos sentimos como estátuas frias e
inanimadas enquanto escutamos aos mesmos pregadores pregando os mesmos sermões.
O que deu errado? Isso pode variar para pessoas diferentes, mas deixe-me
sugerir algumas possibilidades.
1. Cansaço
A principal causa para uma escuta improdutiva da
Palavra é a fadiga e, até mesmo, a exaustão. Trabalhamos muito e por muito
tempo durante a semana. Nos sentamos e nos aquietamos pela primeira vez no
Domingo pela manhã e, surpresa, nossas pálpebras começam a pesar como chumbo e
nossos corpos começam a escorregar no banco da igreja. Uma hora extra de sono a
cada noite pode reviver nossas almas.
2. Distração
Sábado à tarde e à noite são bons momentos para
resolver pendências da semana e se preparar para a Segunda. Se não fazemos isso
no sábado, estaremos fazendo pelo Domingo, mesmo que mentalmente, na igreja.
3. Indisciplina
Se nós não estamos lendo as nossas bíblias e orando
de forma regular e disciplinada durante a semana, não podemos realmente esperar
que estejamos espiritualmente sintonizados e sensíveis no domingo.
4. Pecado
Como pecados impenitentes formam uma barreira entre
nós e Deus, precisamos nos certificar de que não há nada importante em nossas
vidas bloqueando a bênção de Deus.
5. O pregador
Pode ser que o pregador esteja pregando uma série
de sermões em um livro ou assunto que não se encaixa com as suas necessidades
espirituais do momento. Apesar disso testar a nossa paciência, considerar o
longo prazo pode mitigar nossa frustração. Não, você não precisa tanto dessas
verdades/dessa série agora, mas pode guardar isso na sua mente e coração para
quando precisar no futuro. Talvez nós possamos mortificar o nosso egoísmo
orando: “Senhor, eu não estou absorvendo nada desse sermões mas estou grato por
outros estarem e oro pela sua bênção sobre eles”.
6. Soberania
Deus pode estar testando a nossa fé ao nos deixar
experimentar um período de frieza para com a Palavra. Nós andaremos pela fé até
mesmo quando não há sentimentos nos ajudando no percurso? Nós escutaremos,
confiaremos e obedeceremos mesmo quando não estamos sendo inspirados e movidos
pela pregação?
7. Humildade
Deus também pode usar esses períodos para humilhar
os nossos corações e nos mostrar quanta dureza ainda há em nós. “Estou ouvindo
as mais belas verdades e isso me deixa frio como pedra. O pregador está
derramando o seu coração nisso e eu nem posso ter certeza de que tenho um
coração”. Essas experiências dolorosas revelam como ainda precisamos trabalhar
a santificação dos nossos corações.
8. Encorajamento
O fato de estarmos incomodados com a nossa frieza
espiritual é um sinal tranquilizador. Se estamos indiferentes sobre estarmos
indiferentes, despreocupados com a nossa falta de preocupação, isso é, de fato,
preocupante. Entretanto, o próprio fato de sentirmos e lamentarmos isso no
mostra que Deus tem trabalhado em nossos corações. Podemos nos lembrar de
quando olhávamos para a Palavra sem um mínimo de vida espiritual e isso não nos
incomodava nem um pouco. Que isso nos incomoda agora e nos faz orar por uma
transformação de coração revela um coração que já foi soberanamente
transformado.
Traduzido por Kimberly Anastacio | iPródigo.com |
Original aqui