Muitos
dizem: “Estamos mudando a abordagem, mas não a mensagem”. Mas não é
esta a verdade que aparece quando você olha o foco do que é pregado.
Se
nós evitamos (estrategicamente) falar da ira de Deus, da justiça de Deus, da
aproximação do sai do julgamento divino, da ira de Deus satisfeita no
sacrifício expiatório na cruz, do ódio de Deus ao pecado, da santidade de
Deus... não estamos mudando a apresentação do evangelho, estamos mudando seu
conteúdo, ou escondendo por não o acharmos adequado...
A
centralidade fundamental de “Cristo e este crucificado”, e os motivos pelos
quais isso é essencial no plano eterno de Deus... é de importância fundamental
para aferir se a Verdade está sendo proclamada ao mundo.
A
missão do evangelismo na busca de uma apresentação do evangelho que vai
convencer ou ouvintes é equivocada se o fato da morte de Jesus na cruz e o
SIGNIFICADO claro desta morte não são CENTRAIS na mensagem proclamada. Se
não ficar claro que Deus não se adapta ao mundo e a cultura, mas que a mesma
cruz nos mata para o mundo e o mundo para nós: “...a não ser na cruz de
nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu
para o mundo.” Gálatas 6:14
Se
não fica claro que Deus não se adapta a nós, nossas preferências, gostos e
opiniões... mas que tudo isso também vai para a cruz, nos capacitando a não
vivermos para nós mesmos mas para Deus:“Ele morreu por todos, para os que vivem
não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou” – 2 Coríntios 5.15
Se
não ficar claro que Cristo morreu levando sobre si a essência de todo
pecado, que é não glorificar a Deus, para que em sua morte fôssemos livres de
nós mesmos, a mensagem foi terrivelmente alterada.
Se
não ficar claro que Cristo morreu para nos livrar deste presente mundo mau: “Ele
se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo
perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” – Gálatas 1.4 – Se não
acordamos para entender a tenebrosa condição espiritual do mundo e dá
sociedade, tentaremos viver de alguma forma sincronizados com “este mundo
perverso”, achando que a morte de Cristo não foi para nos libertar disso, mas
para aproveitarmos isso de maneira melhor.
Se
na proclamação não ficar claro o “outrora” que a mensagem da cruz traz: “Nos
quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Ef
2.2) – se isso não fica claro na proclamação, não é a cruz que está sendo
proclamada, mas uma falsificação.
Se
não fica claro que o viver mundano não era liberdade, mas escravidão, e que
nossa liberdade é a liberdade da obediência, que o evangelho nos
transforma pela cruz de “filhos da desobediência” ( Ef 2.2) em homens com a
“mente de Cristo” que diz: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me
enviou, e realizar a sua obra.” João 4:34 – então o que é pregado é uma
falsificação e a mensagem foi alterada.
O
grito de liberdade da Bíblia é: “...não vos conformeis com este mundo,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente (Rm 12.1) – Isso é ser livre!
Não ser mais como o mundo, não ser enganado pelos gurus da cultura... se isto
não está claro na proclamação, a mensagem foi corrompida e mudada.
A
cruz sempre desmascara a fraude do diabo sobre o que é viver, fraude que é
graficamente expressa na vida do mundo, da cultura a nossa volta.
A
cruz tem sido e sempre será considerada um escândalo e absurdo intelectual num
mundo escravizado pelo pecado, composto por “filhos da desobediência... filhos
da ira...”, como diz Paulo. A busca por uma mensagem que é mais facilmente
compreensível, deve deixar tudo isso mais claro, todo esse escândalo, e não
eliminar a natureza provocadora da notícia de que Cristo morreu por que a ira
de Deus estava e está sobre este mundo “sobre toda a impiedade e injustiça dos
homens, que detêm a verdade em injustiça.” - Romanos 1:18
Paulo
sabe, e nós devíamos saber também, que é apenas o poder de Deus, o poder
soberano do Espírito de Deus trabalhando nas pessoas, que convence homens
incrédulos a verdade, notícia (que nestes se torna boa notícia) de Jesus
e este crucificado, e que os leva à fé em Jesus, o Messias e Salvador.
Esta
geração tem mudado não apenas a abordagem, mas o evangelho... com a tola
estratégia que o mundo o abrace.