sábado, 31 de maio de 2014

Como Andar Em Meio a Uma Geração Corrupta e Pevertida? Por Pr. J Miranda




É bem certo que não é fácil amados, mas com a graça de Deus podemos fazer um divisor de aguas no meio dessa geração. Sigamos o exemplo desse patriarca.

1-Todos os dias nos deparamos com noticias onde a maldade humana é retratada, o espírito anti-religioso pra não dizer contra-Cristo é crescente.
Violência, violência e violência é o grito mais conhecido.

2- Nossa geração é marcada pelo consumo das mais variadas drogas que para consegui-las são capazes de matar trabalhadores, homens de bem e também o pai e mãe.

3- Nas palavras de Paulo esta é " uma geração pervertida e corrupta " e sem duvida alguma, o profeta Jeremias bradaria " coisas horrendas andam fazendo na terra ".

4- Dias de Noé? Noé (  descanso ) era filho de Lameque da descendência de Sete filho de Adão e Eva ( Gn 4.25 ). De Sete surgiu uma linhagem piedosa, com o nascimento de Enos filho de Sete o nome do Senhor começou a ser invocado ( Gn 4.26 ).

5- Portanto Noé era de uma família que desde o inicio encontrava a razão de ser e existir em Deus. Porém, nos dias de Noé propriamente dito a situação era bastante complicada.

7- A sociedade de seus dias era maldosa, e essa maldade crescia de forma assombrosa, era continuamente assustadora.

8- Os princípios morais foram abandonados, a sociedade era um verdadeiro caos. O coração humano ( intimo ) era continuamente mal, as intenções do coração humano não satisfazia a justiça e vontade de Deus.

9- No campo da religião entendendo o conceito como " religar ", na verdade  estavam todos desligados, mergulhados em práticas idolatricas, tinham abandonado o Deus vivo e verdadeiro.

10- Diante desse quadro Deus se entristeceu ( Gn 6.6 ) e decidiu dar cabo a existência humana ( Gn 6.7 ).

Porém, em meio a tantas maldades, desvios os mais diversos existia um homem de nome Noé e este " achou graça diante do Senhor ".

11- Por quê ? Como ? O que ele fez pra que isso acontecesse? A resposta está na forma como " ELE ANDOU ". E como Noé andou ? 1. Noé andou de forma justa mesmo vivendo em meio a uma geração corrupta na qual seus amigos e parentes foram seduzidos pelos prazeres a disposição.

12- Noé andou de forma justa, andou dessa forma porque a Bíblia deixa bem claro em Hebreus 11.7 que era temente a Deus, seu temor, seu desejo de obedecer, a graça de Deus sobre ele o ajudou a caminhar de forma justa.

13- Noé era um modelo para sua geração, exemplo a ser seguido, exemplo que foi desprezado por seus contemporâneos que insistiram na maldade de seus corações e práticas.

14- Poderia Noé ser injusto aproveitando os maus exemplos, mais preferiu andar e justiça e alcançar o favor divino. Quanto a nós que vivemos em uma geração semelhante devemos andar em justiça, de forma digna, seguindo os mandamentos de Deus. O apostolo Paulo escreveu em Filipenses 2.15-16 " Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; Retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão ".

15- Noé andou em integridade É uma exigência de Deus vivermos separados do mundo. E Noé soube viver dessa forma, em meio a uma geração corrupta caminhou de forma integra. Noé não estava embaraçado com as coisas desta vida, de forma inteira ele estava firme em Deus e em seus padrões. Noé caminhou em integridade, sem hipocrisia, sem máscara, sem cera. E Deus lhe foi gracioso e lhe concedeu a salvação de sua família.

16- Precisamos e devemos ser íntegros, íntegros em nossos ministérios, em nossa forma de falar, de tratar, de andar, em todos os aspectos da vida precisamos ser íntegros. Em meio a uma geração corrupta precisamos seguir o exemplo de Noé, e não cairmos no pecado cometido por muitos como bem diz Vance Havner " Nos dias somos desafiados, mas não transformados; convencidos, mas não convertidos.


17- Ouvimos, mas não praticamos; e, desse modo, enganamos a nós mesmos." Que Deus nos ajude a andarmos em integridade! 3. Noé andou com Deus Noé poderia ter andado como os homens maus de sua época, poderia ter se desviado do caminho e trilhado por lugares hostis a Deus. Noé poderia ter se desviado de Deus. Porém, preferiu andar com Deus, fazer de Deus seu companheiro de jornada.

18- Mesmo diante do desvio dos homens, do mergulho no pecado de sua geração, a escolha de Noé e sua família foi a mais sábia " Noé andou com Deus ". Viveu em obediência, experimentou e sentiu Deus em cada experiência de sua vida. Verdadeiramente Noé andou de forma certa! Que Deus nos ajude a andarmos de forma justa e integra, que sua graça nos ajude a caminhar com Ele em meio a essa geração corrupta.


Enfim, creio que ficou uma grande lição desse patriarca para nossa geração. Em Cristo podemos levar uma vida do agrado de Deus sendo fiel a sua palavra, não se conformando com este século. Sendo assim acharemos graça, aos olhos de Deus.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

MALAFAIA EXIBE MERCEDES E500, ANEL DE 4 MIL DÓLARES, E CHAMA TELESPECTADORES DE MANÉS


Posted by quinta-feira, maio 29, 2014 

Acabei de ler no Pulpito Cristão, (assista também o vídeo abaixo a partir do minuto 28) uma afirmação do pastor Silas Malafaia que me deixou profundamente entristecido.
Em sua mensagem Silas afirmou:
“Hoje eu levo minha família toda (a hotéis quatro estrelas) e não tô nem aí. Não tô roubando. Não tô nem aí pra você, ô mané, que tá me assistindo (…) Eu não vou deixar de usufruir do lugar vitória porque eu sei o preço que eu paguei e que eu tenho pago”. “Aqui tem três mil pessoas que o hotel e a pensão completa é bancada pelo meu ministério. Quer falar, fale”. “Você quer saber o valor do meu anel? Quatro mil dólares. Com meu dinheiro”. “Tá vendo o Mercedes e500, blindado na Alemanha? Foi um parceiro meu que me deu de presente de aniversário”.
Caro leitor, confesso que fiquei chocado com a afirmação malafaliana.  Sim! estou perplexo e ao mesmo tempo boquiaberto por ele ter chamado alguns dos telespectadores que assiduamente assistem o seu programa  de "Manés".
Pois é, segundo a ótica do Malafaia,  todos aqueles que questionam os maléficos ensinos na Confissão Positiva e Teologia da Prosperidade são otários.
Triste a sina daqueles que por não defenderam essa funesta teologia são tratados como bobos da fé.
Com lágrimas nos olhos e ao mesmo tempo chocado com os efeitos dessa  maldita teologia da prosperidade.
Renato Vargens

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O IBGE e o fracasso da teologia da prosperidade - Por Renato Vargens





 
O IBGE publicou publicou uma informação que desconstrói totalmente o pressuposto neopentecostal de prosperidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística as  famílias chefiadas por uma pessoa que segue a religião espírita têm maior rendimento médio mensal (R$ 3.796) do que as mantidas por um evangélico pentecostal (R$ 1.271), segundo Pesquisa de Orçamentos Familiares. (veja aqui)
O analista socioeconômico do IBGE, José Mauro de Freitas Júnior, diz que a escolaridade entre as religiões influenciou nos resultados. "Os maiores rendimentos são dos espíritas muito provavelmente, porque eles têm um grau de escolaridade maior do que os evangélicos pentecostais, que ficaram com a menor renda. Também temos que levar em consideração que as famílias espíritas têm menor concentração de integrantes, 2%, enquanto que as evangélicas de origem pentecostal representam cerca de 11%", afirmou Freitas. Em relação às despesas, a pesquisa apontou que as famílias com maiores gastos total também foram aquelas chefiadas por espírita (R$ 3.617), enquanto as com menores gastos foram as evangélicas pentecostais (R$ 1.301). A maior proporção de famílias (74%) são da religião católica apostólica romana, e seu rendimento médio é de R$ 1.790. Os evangélicos, em geral, atingiram um rendimento médio familiar de R$ 1.500 e representou 17% do grupo familiar entrevistado. 
O estudo também se referiu ao item de gastos com pensões, mesadas e doações para as respectivas religiões. As famílias de origem evangélica pentecostal atingiram 21,4 % de despesas com doações (R$ 23), as pertencentes a evangélica de missão atingiram 21,9% (R$ 58) e as outras evangélicas 34% (R$ 59). Outro destaque da pesquisa foi com o item impostos, cuja referência espírita investiu 44,2% (R$ 236), cerca de três vezes a média do Brasil (R$ 79), brasileiros de outras religiões gastaram 42,9% e os que se declaram sem-religião e não-determinada 42,7%. 
A pesquisa em questão serviu para confirmar que a prosperidade não é conquistada mediante a obediência de rituais mágicos e catársicos onde as bênçãos de Deus são trocadas ou vendidas por generosas contribuições financeiras.
Caro leitor, é possível que ao ler esta afirmação você esteja dizendo com seus botões: Ué, por que então os pastores da teologia da prosperidade são tão prósperos? "Elementar meu caro Watson", a prosperidade destes apóstolos se devem exclusivamente a venda de milagres, bençãos e indulgências.
Prezado amigo, do ponto de vista bíblico a prospridade não se dá mediante o toma-lá-dá-cá.  Na verdade, as Escrituras nos ensinam que a prosperidade é fruto do trabalho. O reformador francês João Calvino acreditava que o homem possuía a responsabilidade de cumprir a sua vocação através do trabalho. Na visão de Calvino, não existe lugar para ociosidade em nossas agendas. E ao afirmar isto, o reformador francês, não estava a nos dizer de que homem deva ser um ativista, ou até mesmo um tipo de worhaholic. Na verdade, Calvino acreditava que a prosperidade era possível desde que fosse consequência direta do trabalho.
Acredito profundamente que se quisermos que nossas familias experimente prosperidade torna-se ncessário que invistamos em pelo menos dois aspectos:
1- Aumento de escolaridade.
Uma das principais marcas de um povo desenvolvido é educação. Infelizmente por fatores diversos, milhões de pessoas em nosso país vivem a margem da sociedade simplesmente pelo fato de terem abandoram a escola.  Tenho plena convicção que ao voltar a sala de aula o crente será abençoado por Deus dando-lhe assim  novas ferramentas que o ajudarão a experimentar a tão sonhada prosperidade.
2- Melhor qualificação profissional.
Prosperidade se dá mediante o trabalho. Invista na sua profissão. Faça cursos, participe de simpósios, leia muito e aprenda com quem sabe. Nesta perspectiva, seja o melhor sapateiro, eletricista, pedreiro, médico, dentista, advogado, professor e experimente das bênçãos do Senhor.
Caro leitor, tenho plena convicção que se desejarmos construir um país decente e sério, necessitamos romper com alguns paradigmas que nos cercam. Nações bem sucedidas são aquelas que se empenham na construção de valores e conceitos como honestidade, equidade, ética e retidão.
Infelizmente no país do gospel e do decreto espiritual apóstolico, o trabalho nem sempre é visto com bons olhos, até porque nesta  perspectiva  neo pentecostal, o trabalho foi feito para gente miserável e desqualificada que precisa sobreviver.
Isto posto, afirmo que o tempo de mudarmos nossos conceitos e valores é esse, além é claro de semear  no coração do crente em Jesus , a idéia de que o trabalho é reflexo de uma grande bênção divina, a qual deve ser valorizado e dignificado.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens 
Fonte: [ Blog do autor ]

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quarta-feira, 28 de maio de 2014

O NOME DE CRISTO TEM AUTORIDADE - Por Pr. J Miranda


Colossenses 3.17
"E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai".
• Nossas palavras e ações devem ser feitas em NOME de Cristo.
• Em nome de Cristo significa: IDENTIFICAÇÃO – Nós pertencemos a Cristo.
• Em nome de Cristo significa: AUTORIDADE – Quando o Presidente assina um documento, aquele documento tem a sua autoridade. Quando você assina um cheque, o banco reconhece a sua autoridade. É por causa do nome de Cristo que temos a autoridade de orar (Jo 14:13-14; 16:23-26).
• Nossas palavras e obras não apenas devem ser feitas EM NOME de Cristo, mas para A GLORIA de Deus Pai. Se permitirmos qualquer coisa em nossos lábios ou em nossas atitudes que não possam ser associados com o nome de Cristo, então, estaremos pecando. Devemos falar e fazer tudo pela autoridade do seu nome e para a glória de Deus.
• Qualquer palavra ou ação que fizermos, que não puder ser feita em nome de Cristo e para a glória de Deus não é digna de ser dita ou feita. Uma coisa é certa, não existe poder igual a cima do nome de Cristo. O autor aos Hebreus nos trás a memoria que ele o único que pode salvar e interceder por nós "Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles".


terça-feira, 27 de maio de 2014

Igreja, um corpo e uma organização - Por Renato César


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Nos últimos anos, com o crescente aumento das megaigrejas, cujos líderes passaram a povoar programas televisivos com objetivos supostamente evangelísticos, cresceu também a rejeição de muitos adeptos de outras religiões, dos que se denominam ateus e até mesmo dos próprios evangélicos aos persistentes apelos financeiros desses líderes religiosos.

Na contramão do discurso de “promessas de bênçãos divinas para os dizimistas fiéis” surgiram grupos de evangélicos, muitos dos quais decepcionados com as instituições religiosas e seus líderes, apregoando o ensinamento de que o dízimo não é para os cristãos, mas uma prática restrita ao povo judeu do Antigo Testamento. Esse novo grupo de cristãos tem ganhado cada vez mais espaço, especialmente entre os “sem igreja”, e atraído mais e mais crentes.

A despeito da validade ou não dos argumentos, o fato é que essa nova ala de evangélicos não-dizimistas está evoluindo em seus argumentos, caminhando exatamente na contramão do discurso tradicional do templo sagrado como local onde o povo de Deus deve se congregar, bem como tem combatido ardorosamente a atual estrutura em que está envolto o ambiente eclesiástico, especialmente no que diz respeito à remuneração de pastores.

Não tenho a intenção de discutir aqui a fundamentação bíblica do dízimo para os cristãos, e nem se pastores devem ou não ser remunerados. Esse embate esconde um viés ainda mais preocupante. Refiro-me ao extremo ao qual alguns cristãos tem chegado ao se posicionarem contra qualquer tipo de institucionalização da igreja, contrapondo-se à histórica prática cristã de reunião em templos. Os mais radicais condenam qualquer forma de ajuntamento que implique organização, ou seja a existência de um líder e de uma estrutura administrativa. Uma igreja não organizada formalmente não teria despesas administrativas, incluindo pastores, e logo poderia ter todos os seus recursos destinados a causas mais nobres que manutenção dela mesma, argumentam.

Muitas das críticas feitas à forma como as igrejas se tem portado são pertinentes, e eu mesmo estou entre aqueles que reprovam a maneira pouco eficaz e, muitas vezes, nada honesta como o dinheiro tem sido gerido pelas igrejas institucionalizadas. Mas seria a solução jogar para o ar todo tipo de estrutura administrativa montada em torno da pregação do evangelho? Organizações eclesiásticas trazem realmente mais malefícios que benefícios ao Reino de Deus na Terra?

Quando um grupo de cristãos está reunido, Deus está presente entre eles como está em qualquer outro lugar. Se essas pessoas são apenas um grupo, então elas irão se reunir com objetivos próprios e voltar para suas casas. Alguns poderão alcançar seus objetivos, outros não, mas isso não deverá interferir na estabilidade do grupo. Contudo, se esse ajuntamento não for só um grupo, mas uma equipe, isso significa que as pessoas têm objetivos em comum, que irão direcionar todo o grupo para um objetivo que é de todos. Isso tornará necessário a existência de um líder, e também de uma organização mínima do recursos que permita haver uma combinação de esforços mútuos num mesmo sentido. Agora pense: qual desses dois se parece mais com o corpo de Cristo?

O corpo de Cristo é sua igreja, que tem muitos membros exercendo diferentes dons, que se complementam a fim de que o corpo seja perfeito. Como bem ensinou o apóstolo Paulo em 1Co 12, o corpo de Cristo possui muitos membros, cada um com seu papel, de modo que são todos importantes. Isso é uma equipe! Pessoas com tarefas específicas (dons) trabalhando em torno de um objetivo (proclamação do evangelho) sob a autoridade de um líder (Cristo).

Dessa forma, se servimos a Deus com tudo que temos, devemos servir também com nossos recursos financeiros. Mas se cada um usa seu dinheiro como bem entende, de modo que uns escolhem doar para organizações de caridade, outros para projetos missionários específicos, e ainda outros para a igreja, temos que não há neste caso organização, nem muito menos uma equipe, mas tão somente um grupo de pessoas que se reúnem, e isso não representa o que realmente é o corpo de Cristo.

É claro que ninguém está impedido de contribuir de forma particular e com fins diferenciados, mas deve haver um mínimo de sincronismo entre aqueles que se reúnem num mesmo ajuntamento, no sentido de reunir recursos humanos e financeiros para a consecução de um objetivo comum a todos, pois isso não somente é mais coerente com a ideia de corpo, como também mais eficiente. Dois separados são apenas dois, mas juntos eles podem ser mais. Isso se chama sinergia.

Não à toa existem redes de supermercados ou ocorrem fusões de grandes empresas. Quase todos sabem que unidos podem fazer mais que sozinhos. Falta aos cristãos "modernos" saberem disso também, e tentarem encontrar um meio termo entre suas indignações e a missão da igreja, que poderá ser mais eficazmente realizada se nos concentrarmos em trabalhar juntos, apesar de nossas diferenças e pecados.

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Sobre o autor: Renato César é cristão reformado, formado em administração de empresas e teologia, membro da IPB - Fortaleza/CE. Contatos: renatocesarmg@hotmail.com

Divulgação: Bereianos

domingo, 25 de maio de 2014

Infunde-lhes, Senhor, o Medo do Inferno – Pr. J Miranda




Texto: Apocalipse 20.11-12
20.11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. 20.12   Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
O poder dessa passagem que está aqui diante de nós é absolutamente impressionante, e o amor exigido para pregar isso, é mais do que eu e você temos, veja, nos tempos de hoje onde um homem fala sobre maravilhosas, sensacionais coisas e grita: “paz, paz”! Não existe Deus, Deus é a minha felicidade!
O grande pregador Paul Washer diz que: “Nós somos convocados à, de certa forma, estragar a festa de todo mundo e dizer: pare! De berrar, de gritar: “Pare”! Não existe paz sem Cristo; Não existiria o universo sem Deus.
Pense por um momento sobre o fim dos seus dias, para onde você está indo, o que Cristo realmente diria na totalidade de suas palavras. Como podemos estar tão inclinados somente para dar a nós mesmos, dirigidos a essas coisas que mais satisfazem a carne tão frequentemente e recusarmos a olhar que este dia está vindo?

Sim, pode ser para alguns seja demorado, mas é certo ele vem, e é um Deus pontual, e está vindo, o dia no qual todos os homens estarão nus perante Deus. Lembremo-nos das palavras do sábio Salomão: “Tudo é vaidade, a soma de nossas vidas é: Temer a Deus e guardar os seus mandamentos” (Eclesiastes 12.8,13). O que os homens pecadores precisam infundir em suas mentes é que cada um será julgado, segundo suas obras! “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Apocalipse 20.13). Atentemos, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Quem tem ouvidos, ouça, atente para tudo que está escrito.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Respostas a Argumentos Usados em Favor da Ordenação de Mulheres - por Augustus Nicodemus Lopes

Respostas a Argumentos Usados em Favor da Ordenação de Mulheres


Oferecemos aqui respostas aos argumentos geralmente empregados em favor da ordenação de mulheres para o ministério pastoral.

1.     Deus não criou originalmente o homem e a mulher iguais? Qual a base, pois, para impedir que a mulher seja ordenada? 

Resposta: De fato, lemos em Gênesis 1 que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Entretanto, lemos no relato mais detalhado de Gênesis 2 que Deus lhes atribuiu papéis diferentes, dando ao homem o papel de liderar e cuidar da mulher e à mulher o papel de ser sua ajudadora, em submissão. Esta diferenciação é percebida por Paulo na ordem em que foram criados (primeiro o homem e depois a mulher, 1Tm 2.13), na forma como foram criados (a mulher foi criada do homem, 1Co 11.8) e no propósito para o que foram criados (a mulher foi criada por causa do homem, 1Co 11.9). A igualdade da criação, portanto, não anula a diferenciação de funções estabelecida na própria criação.

2.     A subordinação feminina não é parte da maldição por causa da queda? E Cristo não aboliu a maldição do pecado? Por que, então, as mulheres cristãs não podem exercer o ministério em igualdade com os homens?

Resposta: Sem dúvida um dos castigos impostos por Deus à mulher foi o agravamento da sua condição de submissão. Entretanto, a subordinação feminina tem origem antes da queda, ainda na própria criação. O homem não foi feito da mulher, mas a mulher foi feita do homem. O homem não foi criado por causa da mulher, mas sim a mulher por causa do homem (1Co 11.8-9). Quanto à obra de Cristo, lembremos que seus efeitos não são total e exaustivamente aplicados por Deus aqui e agora. Por exemplo, mesmo que Cristo já tenha vencido o pecado e a morte, ainda pecamos e morremos. Outros efeitos da maldição impostos por Deus após a queda ainda continuam, como a morte, o sofrimento no trabalho e o parto penoso das mulheres. Além do mais, desde que os diferentes papéis do homem e da mulher já haviam sido determinados na criação, antes da queda, segue-se que continuam válidos. O que o Cristianismo faz é reformar esta relação de submissão para que a mesma seja exercida em amor mútuo e reflita assim mais exatamente a relação entre Cristo e a Igreja.

3.     Há abundantes provas na Bíblia de que as mulheres desempenharam papéis cruciais, ocupando funções de destaque e sendo instrumento de bênção para o povo de Deus. Isto não prova que elas, hoje, podem ser ordenadas e exercer liderança?

Resposta: Estas provas demonstram apenas a tremenda importância do ministério feminino, mas não a existência do ministério feminino ordenado. Nenhuma destas mulheres era apóstola, pastora, presbítera ou diaconisa. Jesus não chamou nenhuma mulher para ser apóstola. As qualificações dos pastores em 1Timóteo 3 e Tito 1 deixam claro que era função a ser exercida por homens cristãos. O fato de que as mulheres sempre foram extremamente ativas e exerceram muitas e diferentes atividades e serviços na Igreja Cristã não traz como corolário que elas tenham sido, ou tenham que ser, ordenadas para tal.

4.     Há evidência na Bíblia de que Hulda, Débora, Priscila e Febe eram líderes e exerciam autoridade. Isto não é prova bíblica suficiente para ordenação de mulheres?

Resposta: Há dois pontos a se ter em mente quanto ao ministério destas mulheres: (1) O fato de que a Bíblia descreve como Deus usou determinadas pessoas em épocas específicas para propósitos especiais não faz disto uma norma. Lembremos da utilíssima distinção entre o descritivo e o normativo na Bíblia. Deus usou o falso profeta Balaão (Nm 22.35). O desobediente rei Saul também profetizou em várias ocasiões (1Sm 10.10; 19.23), bem como os mensageiros que enviou a Samuel (1Sm 19.20,21). A descrição destes casos não estabelece uma norma a ser seguida pelas igrejas na ordenação de oficiais. O fato de que Deus transmitiu sua mensagem através de uma mulher não faz dela um oficial da Igreja. Há outros requisitos no Novo Testamento para o oficialato conforme lemos nas especificações explícitas que temos em 1Timóteo 3 e Tito 1.

 (2) Os profetas de Israel não recebiam um ofício mediante imposição de mãos para exercer uma autoridade eclesiástica oficial. Os reis e sacerdotes, ao contrário, eram “ordenados” para aquelas funções e as exerciam com autoridade. Não há sacerdotisas “ordenadas” em Israel, pelo menos nas épocas onde prevalecia o culto verdadeiro. Hulda foi uma profetiza em Israel, recebendo consultas em sua casa (2Re 22.13-15). A mesma coisa pode ser dita de Débora, que foi juíza em Israel numa época em que não havia reis e nem o sacerdócio funcionava, quando todos faziam o que parecia bem aos seus olhos. Seu ministério foi uma denúncia da fraqueza e falta de coragem dos homens daquela época (Jz 4.4-9; compare com Is 3.12). Sobre Priscila, sua liderança parece evidente, porém menos evidente é se ela era pastora ou presbítera. Quanto à Febe, ver a pergunta sobre ela mais adiante.

5.     Podemos afirmar que o patriarcado, conforme o encontramos na Bíblia, especialmente no Antigo Testamento, é uma instituição nociva e perversa que denigre, inferioriza e humilha a mulher?

Resposta: O patriarcado, como o encontramos na Bíblia, especialmente no Antigo Testamento, não é simplesmente uma afirmação da masculinidade, não é jamais sinônimo de domínio macho ou um sistema de valores no qual o homem trata a mulher com descaso, desvalorizando-a e super valorizando-se. Muito menos sinônimo de exploração e domínio, como afirma o feminismo. Patriarcado é o sistema no qual os pais cuidam de suas famílias. A imagem do pai no Velho Testamento não é primariamente daquele que exerce autoridade e poder, mas do amor adotivo, dos laços pactuais de bondade e compaixão. Somente nas Escrituras hebraicas podemos encontrar um Deus Pai Todo-Poderoso e Todo-Bondoso. Os patriarcas refletem a paternidade de Deus, ainda que muito pobremente. O Deus dos Hebreus não é como os deuses masculinos irresponsáveis das culturas pagãs das cercanias de Israel, porque ele jamais abandona os filhos que gera, antes, deles cuida. Os patriarcas seguem o exemplo de Deus. Naquela cultura ensinava-se ao homem judeu que ele não era simplesmente um animal, agressivo, assertivo e violento, mas pai, cuja agressividade deveria ser transformada pela responsabilidade, que haveria de manifestar a gentileza e o cuidado pelos filhos e a expressão da completa masculinidade, que haveria de se unir com o ser feminino e o mundo feminino da família, ainda que mantivesse a separação necessária para o exercício da autoridade. O machismo é uma versão deturpada de alguns aspectos do patriarcado, e oprime as mulheres. Devemos lutar contra o machismo, e não deixar de reconhecer a verdade sobre o patriarcado.

6.      Febe não era uma diaconisa, conforme Romanos 16.1-2? Isto não prova que as mulheres podem exercer autoridade eclesiástica na Igreja?

Resposta: Temos de considerar os seguintes aspectos.

(1) Não é claro se Febe era realmente uma diaconisa. Muito embora no original grego Paulo empregue o termo “diácono” para se referir a ela, lembremos que este termo no Novo Testamento nem sempre significa o ofício de diácono. Pode ser traduzido como servo, ministro, etc. Portanto, nossa tradução “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia” é perfeitamente possível e não é uma tradução preconceituosa.

(2) Mesmo que houvesse diaconisas na Igreja apostólica, é certo que elas não exerceriam qualquer autoridade sobre as igrejas e sobre os homens – a presidência era dos presbíteros, cf. 1Tm 5.17; o trabalho delas seria provavelmente com outras mulheres (Tt 2.3-4) e relacionado com assistência aos pobres. É interessante que a primeira referência que existe na história da Igreja sobre o trabalho de mulheres, diz assim: “A mulher deve servir às mulheres” (Didascalia Apostolorum). Isto queria dizer que elas instruíam as outras que iam se batizar, ajudavam no enterro de mulheres, cuidavam das pobres e doentes. Não há qualquer indício de que tais mulheres eram ordenadas para o exercício da autoridade eclesiástica.

7.     O que fazer quando mulheres possuem visão pastoral, liderança, habilidades para o ensino ou capacidade administrativa, dons de evangelismo ou profecia?

Resposta: Que exerçam estas habilidades e dons dentro das possibilidades existentes nas Igrejas. Elas não precisam ser ordenadas para desenvolver seus ministérios e manifestar seus dons.

8.     A resistência em ordenar mulheres hoje não decorre da reafirmação através dos séculos da inferioridade da mulher, feita por importantes teólogos e líderes da Igreja?

Resposta: A Igreja deve andar pelo ensino das Escrituras Sagradas. Se teólogos e líderes antigos defenderam idéias erradas sobre a inferioridade da mulher, cabe à Igreja corrigi-las à luz das Escrituras, que mostram que Deus criou o homem e a mulher iguais. Porém, corrigir os erros dos antigos neste ponto não significa ordenar mulheres, pois aí estaríamos cometendo um outro erro. Certamente as mulheres não são e nunca foram inferiores aos homens, mas daí a abolirmos os papéis distintos que lhes foram determinados por Deus na criação vai uma grande distância.

9.      Existe algum texto na Bíblia que diga claramente “é proibido que as mulheres sejam ordenadas ao ministério”?

Resposta: Nenhuma das passagens usadas contra a ordenação feminina diz explicitamente que mulheres não podem ser ordenadas ao ministério. Entretanto, todas elas impõem restrições ao ministério feminino, e exigem que as mulheres cristãs estejam submissas à liderança cristã masculina. Essas restrições têm a ver primariamente com o ensino por parte de mulheres nas igrejas. Já que o governo das igrejas e o ensino público oficial nas mesmas são funções de presbíteros e pastores (cf. 1Tm 3.2,4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais funções não fazem parte do chamado cristão das mulheres. Ainda, se o argumento do silêncio for usado, ele se vira contra a ordenação feminina, pois não há texto algum que diga que as mulheres devem ser ordenadas ao ministério da Palavra e ao governo eclesiástico, enquanto que as Escrituras atribuem ao homem cristão o exercício da autoridade eclesiástica e na família.

10.  Se as mulheres recebem os mesmos dons espirituais que os homens, não é uma prova de que Deus deseja que elas sejam ordenadas ao ministério?

Resposta: Não. As condições para o oficialato na Igreja apostólica estão prescritas em 1Timóteo e Tito 1. Percebe-se que o dom do ensino é apenas um dos requisitos. Há outros, como por exemplo, governar a própria casa e ser marido de uma só mulher, que não podem ser preenchidos por mulheres cristãs, por mais dons que tenham.

11. O ensino de Paulo sobre as mulheres na Igreja se aplica hoje? Não estava ele influenciado pela cultura daquela época, que era muito diferente da nossa?

Resposta: É necessário fazer a distinção entre o princípio teológico supra cultural e aexpressão cultural deste princípio. Há coisas no ensino de Paulo que são claramente culturais, como a determinação para o uso do véu em 1Coríntios 11. Porém, enquanto que o uso do véu é claramente um costume cultural, ao mesmo tempo expressa um princípio que não está condicionado a nenhuma cultura em particular, que é o da diferença funcional entre o homem e a mulher. O que Paulo está defendendo naquela passagem é a vigência desta diferença no culto público — o véu é apenas a forma pela qual isto ocorreria normalmente em cidades gregas do século I. Notemos ainda que Paulo defende a participação diferenciada da mulher no culto usando argumentos permanentes, que transcendem cultura, tempo e sociedade, como a distribuição ou economia da Trindade (1Co 11.3) e o modo pelo qual Deus criou o homem (1Co 11.8-9).

12.  Paulo escreveu suas cartas para atender a problemas locais e específicos. Como podemos aplicar hoje o que Paulo escreveu, se a situação e o contexto são diferentes?

Resposta: Quase todos os livros do Novo Testamento foram escritos em resposta a uma situação específica de uma ou mais comunidades cristãs do século I, e nem por isto os que querem a ordenação feminina defendem que nada do Novo Testamento se aplica às igrejas cristãs de hoje. A carta aos Gálatas, por exemplo, onde Paulo expõe a doutrina da justificação pela fé somente, foi escrita para combater o legalismo dos judaizantes que procuravam minar as igrejas gentílicas da Galácia, em meados do século I. Ousaríamos dizer que o ensino de Paulo sobre a justificação pela fé não tem mais relevância para as igrejas do final do século XX, por ter sido exposto em reação a uma heresia que afligia igrejas locais no século I? O ponto é que existem princípios e verdades permanentes que foram expressos para atender a questões locais, culturais e passageiras. Passam as circunstâncias históricas, mas o princípio teológico permanece. Assim, o comportamento inadequado das mulheres das igrejas de Corinto e de Éfeso, às quais Paulo escreveu determinando que ficassem caladas na Igreja, foi um momento histórico definido, mas osprincípios aplicados por Paulo para resolver os problemas causados por estas atitudes permanecem válidos. Ou seja, o ensino de que as mulheres devem estar submissas à liderança masculina nas igrejas e na família, sem ocupar posições de liderança e governo, é o princípio permanente e válido para todas as épocas e culturas.

13. Onde está na Bíblia que somente homens podem ser pastores, presbíteros e diáconos?

Resposta: Os textos mais explícitos da Bíblia são Atos 6.1-7; 1Timóteo 2.11-15; 1Coríntios 14.34-36 e 1Coríntios 11. 2-16. Algumas destas passagens foram analisadas com mais profundidade em outra parte deste caderno. Além disto, a relação intrínseca entre a família e a Igreja mostra que aquele que é cabeça na família (Efésios 5.21-33) também deve exercer a liderança na Igreja.

14.  Onde está na Bíblia que os homens devem ser o cabeça da família?

Resposta: Há diversas passagens no Novo Testamento onde se trata dos papéis do homem e da mulher na família: Efésios 5.21-33; Colossenses 3.18-19; 1 Pedro 3.1-7; Tito 2.5. Em todos eles, a liderança da família é atribuída ao homem.

15.  Os argumentos usados hoje para defender a submissão da mulher não são os mesmos usados no século passado por muitos cristãos para defender a escravidão?

Resposta: O fato de que no passado a Bíblia foi usada de forma errada para defender a escravidão não significa que a defesa da subordinação feminina seja igualmente feita de forma errada. Não devemos pensar que a relação entre o homem e a mulher na família e na igreja está no mesmo pé de igualdade que a escravidão. Primeiro, os papéis distintos do homem e da mulher estão enraizados na própria criação, enquanto que a escravidão não está. Segundo, o fato de que Paulo faz recomendações aos escravos cristãos para que sejam bons escravos não significa que ele aprovava a escravidão. Na verdade, as recomendações que ele dá aos cristãos que eram donos de escravos já traziam embutidas a idéia da dissolução do sistema de escravidão (Fm 16; Ef 6.9; Cl 4.1; 1Tm 6.1-2).

16.  Havia uma mulher chamada Júnias que Paulo considera como apóstola, em Romanos 16.7. Se havia apóstolas, por que não pastoras, presbíteras e diaconisas? 

Resposta: A passagem diz o seguinte: Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes de mim” (Rm 16.7). Não é tão simples assim deduzir que Júnias era uma apóstola. Há várias questões relacionadas com a interpretação deste texto. Júnias é um nome masculino ou feminino? Existe muita disputa sobre isto, embora a evidência aponte para um nome masculino. Outra coisa, a expressão “notável entre os apóstolos” significa que Júnias era um dos apóstolos, já antes de Paulo, e um apóstolo notável, ou apenas que os apóstolos, antes de Paulo, tinham Júnias em alta conta? A última possibilidade é a mais provável. Em última análise, só podemos afirmar com certeza, a partir de Romanos 16.7, que, quem quer que tenha sido, Júnias era uma pessoa tida em alta conta por Paulo, e que ajudou o apóstolo em seu ministério. Não se pode afirmar com segurança que era uma mulher, nem que era uma “apóstola”, e muito menos uma como os Doze ou Paulo. A passagem não serve como evidência bíblica para a ordenação feminina no período apostólico. E essa conclusão está em harmonia com o fato de que Jesus não escolheu mulheres para serem apóstolos. Não há nenhuma referência indisputável a uma “apóstola” no Novo Testamento.

17.  O Novo Testamento diz que, em Cristo, não há homem nem mulher, todos são iguais diante de Deus (Gl 3.28). Proibir as mulheres de serem oficiais da Igreja não é fazer uma distinção baseada em sexo?

Resposta: Não se pode discordar de que o Evangelho é o poder de Deus para abolir as injustiças, o preconceito, a opressão, o racismo, a discriminação social, bem como a exploração machista. E nem se pode discordar de que Cristo veio nos resgatar da maldição imposta pela queda. A pergunta é se Paulo está falando da abolição da subordinação feminina e de igualdade de funções nesta passagem. Está o apóstolo dizendo que as mulheres podem exercer os mesmos cargos e funções que os homens na Igreja, já que são todos aceitos sem distinção por Deus através de Cristo, pela fé? Entendemos que a resposta é não. Gálatas 3.28 não está ensinando a igualdade para o exercício de funções, mas a unidade de todos os cristãos em Cristo. Veja a análise desta passagem acima.

18.  O conceito da submissão feminina ensinado na Bíblia não acarreta inevitavelmente o conceito de que o homem é melhor e superior à mulher?

Resposta: Infelizmente muitos têm chegado a esta conclusão, mas ela certamente é equivocada. O ensino bíblico é que Deus criou homem e mulher iguais porém com diferentes atribuições e funções. A Bíblia ensina que Deus tem autoridade sobre Cristo, Cristo tem autoridade sobre o homem, e o homem tem autoridade sobre a mulher. É uma cadeia hierárquica que começa na Trindade e continua na igreja e na família. Podemos inferir (guardadas as devidas proporções) que, da mesma forma como a subordinação de Cristo ao Pai não o torna inferior — como afirma a fé reformada em sua doutrina da Trindade — a subordinação da mulher ao homem não a torna inferior. Assim como Pai e Filho, que são iguais em poder, honra e glória, desempenham papéis diferentes na economia da salvação (o Filho submete-se ao Pai), homem e mulher se complementam no exercício de diferentes funções, sem que nisto haja qualquer desvalorização ou inferiorização da mulher. Em várias ocasiões o Novo Testamento determina que os crentes se sujeitem às autoridades civis (Rm 13.1-5; 1 Pe 2.13-17). Em nenhum momento, entretanto, este mandamento implica que os crentes são inferiores ou têm menos valor que os governantes. Igualmente, os filhos não são inferiores aos seus pais, simplesmente porque devem submeter-se à liderança deles (Ef 6.1). O conceito de subordinação de uns a outros tem a ver apenas com a maneira pela qual Deus estruturou e ordenou a sociedade, a família e a igreja.

19. Em 1Timóteo 3.11, ao descrever as qualificações do diácono, Paulo se refere às mulheres: “Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo”. Este versículo não prova que havia diaconisas nas igrejas apostólicas?

 Resposta: Não necessariamente. Esta passagem tem sido entendida de diferentes modos: (1) Paulo pode estar se referindo às mulheres dos diáconos (Calvino). Porém, ele emprega para elas a expressão “é necessário” (1Tm 3.11), que foi a mesma que empregou para os presbíteros (3.2) e os diáconos (3.8), ao descrever suas qualificações. Logo, não nos parece que o apóstolo se refira às mulheres dos diáconos. (2) Paulo pode estar se referindo à todas as mulheres da igreja; entretanto, é bastante estranho que ele tenha colocado instruções para todas as mulheres bem no meio das instruções aos diáconos! (3) Paulo pode estar se referindo às assistentes dos diáconos, mulheres piedosas, que prestavam assistência em obras de misericórdia aos necessitados das igrejas (Hendriksen). (4) Paulo se referia àdiaconisas. Porém, é no mínimo estranho que Paulo não empregou o termo apropriado para descrever a função delas (diaconisas), já que ele vinha falando de presbíteros e diáconos. A opção 3 nos parece a melhor e mais provável: havia mulheres piedosas nas igrejas apostólicas, não ordenadas como “diaconisas”, que ajudavam os diáconos nas obras de misericórdia, trabalhando diretamente com as mulheres carentes e necessitadas. É a estas que Paulo aqui se refere.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

É dever da Igreja falar sobre o ensino bíblico da sexualidade, diz pastor -por Leiliane Roberta Lope


É dever da Igreja falar sobre o ensino bíblico da sexualidade, diz pastor
É dever da Igreja falar sobre o ensino bíblico da sexualidade
Imagens, vídeos, textos que estimulam a excitação não devem ser consumidos por cristãos
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O reverendo Augustus Nicodemus usou seu blog para falar sobre um assunto pouco discutido entre os evangélicos brasileiros: a pornografia.
A internet tem facilitado o contato das pessoas -de todas as idades, classe social e religião- com este tipo de conteúdo e, por este motivo, o reverendo presbiteriano resolveu fazer alguns alertas.
Em uma auto entrevista, Nicodemus inicia definindo que pornografia é toda representação de nudez e do comportamento sexual humano que tenha como objetivo produzir excitação sexual, independente do tipo de mídia em que ela esteja exposta.
Como líder religioso, o pastor da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro diz que as igrejas evangélicas precisam falar sobre o assunto e esclarecer as dúvidas sem despertar a curiosidade nos fiéis.
“É dever da Igreja orientar seus membros quanto ao ensino bíblico da sexualidade. Uma abordagem honesta, firme e bíblica instruirá a comunidade sem despertar curiosidades indevidas.”
A pornografia deve ser evitada por cristãos solteiros e casados, mesmo que haja consenso entre os cônjuges. Nicodemus usa os versículos de Mateus 5.28 e Filipenses 4.8 para condenar a prática e incentiva os casados a procurar apoio de livros sobre sexualidade que sejam baseados na Bíblia.
“Casais cristãos que querem melhoria na vida sexual, podem utilizar livros sobre a sexualidade escritos da perspectiva bíblica, que ajudam a enriquecer a intimidade marital e melhorar a técnica sexual no casamento, sem incorrer em adultério e nos riscos envolvidos no uso de material pornográfico”, ensina.
Ele também alerta sobre a masturbação: “Este hábito está profundamente ligado à pornografia. A masturbação é errada porque envolve o uso de imagens mentais eróticas e fantasias sexuais, violando Mateus 5.28. Dificilmente alguém se masturbaria pensando nas cataratas do Niágara…”
Leia na íntegra:
Pode definir o que é pornografia?
Pornografia é aquilo tipo de coisa que é difícil de definir, mas que todo mundo reconhece na hora que vê. É a representação da nudez e do comportamento sexual humano com o objetivo de produzir excitação sexual por qualquer tipo de mídia. Geralmente trata os seres humanos como coisas e as mulheres, em particular, como objetos sexuais.
Por que as igrejas não falam mais deste assunto, já que certamente existem muitos membros viciados em pornografia?
Diversas razões. O assunto é considerado como melindroso de ser tratado em público. Além disto, alguns líderes receiam despertar o interesse das pessoas pela pornografia se começarem a falar sobre ela. Mais importante, pode ser que a própria liderança de algumas igrejas não se sinta autorizada a falar contra isto pelo fato de estarem, eles mesmos, lutando contra a adição à pornografia. Mas, é dever da Igreja orientar seus membros quanto ao ensino bíblico da sexualidade. Uma abordagem honesta, firme e bíblica instruirá a comunidade sem despertar curiosidades indevidas.
É lícito a casais cristãos usarem material erótico em busca de maior enriquecimento das relações sexuais dentro do casamento?
Acredito que não. O casamento não transforma o quarto de casal em quarto de motel. O que Jesus falou sobre a pureza das intenções no olhar para uma mulher (Mt 5.28 ) e o que Paulo nos ensinou sobre ocupar a mente com coisas aprovadas por Deus (Fp 4.8 ) continuam valendo para quem é casado. O fato de que o casal concorda em ver pornografia juntos não diminui em nada o peso destes ensinos. Casais cristãos que querem melhoria na vida sexual, podem utilizar livros sobre a sexualidade escritos da perspectiva bíblica, que ajudam a enriquecer a intimidade marital e melhorar a técnica sexual no casamento, sem incorrer em adultério e nos riscos envolvidos no uso de material pornográfico.
Mas, e fantasiar durante as relações sexuais com o marido ou a esposa, trazendo à mente imagens de relações sexuais? Seria errado também?
Sim, conforme resposta dada à pergunta anterior. É uma violação de Mateus 5.28 e de Filipenses 4.8.
Por que cristãos, que sabem que a pornografia é danosa e pecaminosa, se aventuram ainda a visitar sites pornográficos na Internet?
Eu poderia mencionar alguns aspectos da pornografia que a tornam atraente, como ser acessível, grátis e anônima. A razão primordial, porém, é a degradação do coração humano. Tal corrupção permanece no cristão e o inclina a todo mal. Conforme ensina o Senhor Jesus, “de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, … os adultérios … as malícias … a lascívia…” (Mc 7.22-23). Ensina ainda o apóstolo Paulo: “as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia…” (Gl 5.19). Portanto, a libertação tem que levar em conta que o problema é espiritual.
Se uma pessoa casada está tendo problemas com pornografia, deveria confessar ao cônjuge?
Teoricamente, sim. No processo de vencer este hábito pecaminoso é importante ter alguém – de preferência o cônjuge – a quem prestar contas dos seus atos e pedir orações e apoio. Além disto, consumir pornografia é pecado contra o cônjuge, pois se constitui em adultério. Biblicamente, deveríamos confessar ao cônjuge e pedir-lhe perdão, além de seu apoio e ajuda para vencer o hábito. Todavia, em certos casos, pode ser que o cônjuge não esteja preparado para tomar conhecimento destes fatos. Será preciso ajuda de um conselheiro capaz e experiente, para ajudar no processo.
É lícito ao cristão ver imagens de nudez apenas para apreciá-las como arte?
Devido ao fato que somos seres sexuados, é praticamente impossível se expor à nudez sem que haja despertamento sexual, fantasias, desejos, impulsos e intenções. Isto é agravado pela presença da natureza pecaminosa no cristão, tornando-se praticamente impossível para um homem apreciar a nudez feminina sem o despertamento da lascívia e intenções sexuais. Além disto, a indústria pornográfica produz imagens de mulheres e homens nus, não para serem apreciados como arte, mas para provocarem a excitação sexual e a masturbação. Por fim, ao cobrir a nudez de Adão e Eva (Gn 3.21), Deus já indicou que a nudez deve ser velada e desfrutada apenas no ambiente de casamento.
A masturbação é errada?
Este hábito está profundamente ligado à pornografia. A masturbação é errada porque envolve o uso de imagens mentais eróticas e fantasias sexuais, violando Mateus 5.28. Dificilmente alguém se masturbaria pensando nas cataratas do Niágara…
Já que a pornografia é legal no Brasil, por que um cristão, que também é cidadão brasileiro, não pode consumi-la?
O motivo é que o cristão se rege primeiramente pela Palavra de Deus. Ainda que no Brasil seja legal a publicação, veiculação e consumo de material pornográfico, contudo as Escrituras condenam a prostituição, a perversão sexual, o adultério, a sodomia, o lesbianismo, e outras práticas sexuais que são objeto da pornografia.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A propósito do Dia do Trabalho...TRABALHO - BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO?



O trabalho não é a maldição:1. Em Gn 1.26-28 Deus comissiona a raça humana a "dominar a terra e sujeitá-la". Logicamente isso envolve a penetração em todas as áreas de conhecimento, em todas as ciências, etc. Isso, que chamamos de "mandato cultural" implica em "trabalho", no sentido de aplicação de tempo em uma tarefa, em uma vocação, em um interesse, ou em uma obrigação recebida por delegação. Se o trabalho precede a queda, não pode ser "maldição". Essa é a âncora exegética que legitima o envolvimento do servo de Deus em todas as áreas do conhecimento, como delegação de Deus e não o fazendo um "cristão de segunda categoria" por não estar envolvido "tempo integral" no serviço cristão. Se ele penetra nas esferas do saber para a glória de Deus, está debaixo de sua vontade prescritiva.2. Adão recebeu de Deus - antes da queda - a tarefa de nomear (o que, provavelmente, implica em classificar e catalogar, no sentido zoológico) o reino animal. Isso é, em toda expressão da palavra, "trabalho", e não era uma maldição mas um preenchimento natural das finalidades do homem.3. A mulher foi criada antes da queda como auxiliadora, na esfera da família. Menção específica é feita, nas Escrituras, de que ela foi tirada do lado de Adão, não existindo qualquer inferioridade intrínseca advinda da criação, se bem que há uma ordenação funcional que procede do ato criativo. Mas a questão é: ela iria "auxiliar" em que, ou no que - se trabalho fosse uma maldição? A humanidade, pré-queda seria somente diversão? Nenhuma função utilitária? Certamente que não é essa a visão ou ensino das Escrituras. Em um mundo perfeito, sem maldição, havia trabalho, envolvimento físico e intelectual na criação, ainda que sem pecado.4. Com a queda, o trabalho deixa de ser apenas prazeroso, ou algo simplesmente agradável. Passa a ser penoso, duro, extenuante. Mas nem por isso o "mandato cultural é revogado". A procriação e o nascimento de filhos, na queda, não virou maldição, mas a maldição do pecado se retrata no fato de que o "dar à luz" passa a ser realizado com dores e grande esforço. Semelhantemente, não é o trabalho que é maldição, mas o seu realizar que nem sempre ocorre da forma como gostaríamos nem é tão fácil como seria o nosso desejar.5. Assim, se antes da queda, possivelmente, o envolvimento com os aspectos e a diversidade da criação, seria algo indolor e que traria só contentamento, depois da queda, estamos sujeitos a estruturas que não procuramos, patrões que não desejamos, áreas às quais não estamos bem encaixados ou sequer apropriadamente treinados. Nem sempre recebemos reconhecimento, por vezes somos injustiçados; o ambiente de trabalho, em várias situações, não reflete a busca da glorificação a Deus, mas a sujeira do mundo - palavrões, blasfêmias, ridicularização da devoção e piedade genuínas; o ambiente é, normalmente, de desonestidade e por vezes somos uma peça em uma grande máquina que opera desonestamente em muitos sentidos. Esse é o aspecto da maldição - mas ela é a maldição do pecado e não do trabalho.6. Numa ocasião, há muitos anos, eu estava descontente com meu trabalho e ansiava por uma coisa diferente. Vi um anúncio da hoje extinta TransBrasil (na época estava no auge) no qual um de seus comandantes de jato dizia o seguinte: "na TransBrasil faço parte daqueles poucos privilegiados que trabalham exatamente naquilo que gostam de fazer". Fiquei meditando naquilo e na realidade que expressava - realmente, só uma pequena minoria consegue "trabalhar no que gosta de fazer" (coitado do comandante, hoje nem TransBrasil existe mais...). Concluí: por que eu teria que ser um desses privilegiados? Poderia ser que Deus procurava me ensinar exatamente abnegação, concentração nele, confiança maior em seus propósitos, ou algo assim, mantendo-me em uma ocupação que em todos os seus aspectos não me dava qualquer prazer, mas somente canseira, enfado e conflitos. Por que haveria de ser diferente comigo, em um mundo submerso em pecado. Quantos engenheiros não estão consertando carros? Quantos médicos não estão vendendo equipamentos cirúrgicos? Quantos advogados não estão sendo meros auxiliares de escritório? Quantos bancários não estão dirigindo táxis? Quantos motoristas, não estão vendendo algo nas ruas, para sobreviver? Acho que essa é a situação da esmagadora maioria - trabalham no que não têm prazer. Não obstante, devemos considerar o trabalho uma benção de Deus (e não uma maldição) e seguir 2 Tess 3.12 onde Paulo exorta a que "tranquilamente trabalhando" comamos o nosso pão. Se, na providência divina, conseguirmos conjugar o trabalho com o prazer e interesse pessoal, será uma bênção redobrada. E lembremo-nos que nos Dez Mandamentos, Deus comanda: "Seis dias trabalharás...".Feliz dia do TRABALHO!