sexta-feira, 12 de junho de 2015

Crente pode ter um(a) namorado(a) zumbi? Por Denis Monteiro


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Hoje, dia 12 de Junho, comemora-se nacionalmente o Dia dos Namorados e em todo lugar podemos ver os corações, frases e comerciais de TV que fazem referência a data com um apelo estritamente comercial. Apesar de tudo isso, ainda temos os filmes românticos, ou comédia romântica. Um em especial, lançado em 2013 que faz sucesso entre os adolescentes até hoje é o filme "Meu namorado é um zumbi". 

O filme se passa em um cenário pós-apocalíptico, tendo a cidade dividida entre os vivos e os mortos que não estão totalmente mortos (zumbis). Em certa altura do filme, um grupo de amigos vivos tiveram a "brilhante" ideia de ir até o outro lado do muro, onde estão os zumbis, a fim de coletar comida e medicamentos de lojas e casas que ficaram do lado zumbi. Em certo local onde estão os amigos vivos, os zumbis, que estão atrás de comida (cérebro humano), percebem a movimentação de humanos e vão até o local a fim de comer eles.

Dado a cena de ação onde os zumbis entram em confronto com o grupo de amigos, um zumbi chamado "R" não tem o desejo de comer o cérebro da garota Julie. No entanto, "R" defende Julie dos outros zumbis, não permitindo que ela seja devorada pelos zumbis famintos. E, sendo assim, de todo o grupo somente ela permanece viva, só que agora ela deve se fingir de morta (e se esconder) para que os outros zumbis não a devorem. E assim um começa se aproximar do outro com outras intenções.

Só que Julie terá um empecilho, o seu pai, que é o general que comanda as tropas contra os zumbis. Como já é de se pensar, é óbvio que ele vai contra a decisão de sua filha e tenta matar o zumbi. Ao fazer isto, eles percebem que "R", ao ser atingido pelo tiro, teve uma reação diferente dos outros que já foram mortos (definitivamente), pois conta Julie que, quando um zumbi é atingido por um tiro ele não sangra, só que "R" está sangrando dentro da água. 

Após a cara de dúvida do General, a sua filha Julie diz que o que curou "R" foi o verdadeiro amor e que todos os outros zumbis precisam de amor para que possam viver uma vida (quase) normal ao ponto de se recuperarem. 

A história é bonita e engraçada, mas o que podemos aprender com isso? 

Namoro não é evangelismo! 

Se Julie deu o seu amor ao "R" (o zumbi) e esse amor fez com que um morto voltasse a vida, tenha certeza que não é o seu amor que irá fazer com que seu namorado ou namorada venha à Cristo para ser salvo(a). Este filme não é um modelo a ser seguido e aplicado à nossa vida cristã achando que no final o descrente se converterá. 

Há dois trechos no filme que me chamou a atenção:

• Como mostrei acima, após a cena onde "R" leva Julie consigo para outro local, ela teve que se esconder (no avião) e até se comportar como uma morta, para que os outros zumbis não descobrissem que ela estava viva e fosse devorada. A cena é bem cômica quando Julie começa a fazer barulhos estranhos com a garganta, no entanto, você já parou para refletir que as pessoas que namoram descrentes elas nunca agem como crentes e sim como descrentes, pois elas não querem ser tachadas de caretas e, assim, não sofrerá nenhuma represaria por isso. 

Desde o momento que o General, pai de Julie, descobre que sua filha se uniu aos zumbis, ele foi contra. No entanto, no final, após a cena do tiro seu pai aceita o fato e percebe que houve uma mudança em "R". Essa cena parece que irá descer lagrimas do olhos e ascende a chama no coração. Mas já parou para imaginar que mesmo que pela infinita misericórdia de Deus, o seu (ou sua) namorado(a) venha a se converter você ficou todo esse tempo debaixo da desobediência de Deus? 

Mas o que a Bíblia tem a dizer sobre isso? 

Na Lei

Deuteronômio 7.1-4: "Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria."

Nos livros históricos

Esdras 9.1-4: "Acabadas, pois, estas coisas, vieram ter comigo os príncipes, dizendo: O povo de Israel, e os sacerdotes, e os levitas não se separaram dos povos de outras terras com as suas abominações, isto é, dos cananeus, dos heteus, dos ferezeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos moabitas, dos egípcios e dos amorreus, pois tomaram das suas filhas para si e para seus filhos, e, assim, se misturou a linhagem santa com os povos dessas terras, e até os príncipes e magistrados foram os primeiros nesta transgressão. Ouvindo eu tal coisa, rasguei as minhas vestes e o meu manto, e arranquei os cabelos da cabeça e da barba, e me assentei atônito. Então, se ajuntaram a mim todos os que tremiam das palavras do Deus de Israel, por causa da transgressão dos do cativeiro."

Neemias 13.23-27: "Vi também, naqueles dias, que judeus haviam casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. Seus filhos falavam meio asdodita e não sabiam falar judaico, mas a língua de seu respectivo povo. Contendi com eles, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os conjurei por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos. Não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Todavia, entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado. Dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?" 

Nos profetas

Malaquias 2.10-12: "Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que agimos aleivosamente cada um contra seu irmão, profanando a aliança de nossos pais? Judá tem sido desleal, e abominação se cometeu em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele ama, e se casou com a filha de deus estranho. O Senhor destruirá das tendas de Jacó o homem que fizer isto, o que vela, e o que responde, e o que apresenta uma oferta ao Senhor dos Exércitos."

No Novo Testamento

2 Coríntios 6.14-18: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? 15 Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? 16 Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 17 Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, 18 serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."

2 Coríntios 7.1: "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus."

Veja que em todas as passagens que proíbe a união mista tem em vista a Lei de Deus e a nossa aliança com Ele. Perceba que o argumento "se eu namorar com um descrente eu posso trazer ele para a igreja" é falho, porque diz a Lei: "não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filho; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses" (Dt 7.3,4). Ou seja, Deus alerta o Seu povo de que, quem na verdade é evangelizado é o crente e não o descrente. É mais fácil o crente se desviar da aliança e servir outros deuses do que o descrente servir a Deus. Mesmo que você conheça casos que deram certos de pessoas descrentes que casaram com crentes e depois de um tempo vieram à Cristo, saiba que não foi o seu amor por ela(e) que fez isso, mas a eleição de Deus e Sua misericórdia. No entanto, você se arriscaria a estar em desobediência com Deus por causa deste amor? Obedecer é melhor do que sacrificar. 

Não somente isso, mas as consequências futuras existem. Por exemplo, se uma crente casar-se com um descrente a quem os filhos, que nascerão deste matrimônio, seguirão? Ou seja, como cumprir com o mandamento dado aos pais de instruírem os seus filhos na Lei do Senhor? 

Se você tem um namorado ou namorada não cristã, termine esse relacionamento - mesmo que seja uma decisão difícil -, pois a vontade de quem devemos cumprir é a vontade de Deus. Continue amigo desta pessoa e, ai sim, evangelize-a (sem namorar) e, se Deus converte-la verdadeiramente e o seu amor por ela continuar, casem-se e tenham uma família debaixo da aliança de Deus, fazendo a vontade do Senhor e um santificando o outro.

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Fonte: Bereianos
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