sábado, 25 de dezembro de 2010

COMO SE DEVE ORAR DE FORMA CORRETA

1 João 5.13-17)
"E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve". (v. 14)
A necessidade que leva o Senhor a fazer esse pedido é uma necessidade terrena, corporal. Agora, em tudo que diz respeito ao corpo devemos submeter nossa vontade à vontade de Deus, pois, como diz São Paulo, não sabemos orar como convém. Assim, muitas vezes nos é altamente necessário que Deus nos mantenha sob a cruz e em situação de aperto. E porque somente Deus sabe o que é bom e necessário para nós, devemos colocar sua vontade em primeiro plano e a nossa em segundo e, por meio da paciência, demonstrar nossa obediência.Mas quando não se trata de coisas corporais, e sim, do que é eterno: que Deus nos conserve em sua palavra, nos santifique e perdoe pecados e nos conceda o Espírito Santo e a vida eterna, aí a vontade de Deus é clara e certa: ele deseja que todas as pessoas reconheçam seu pecado e, por meio de Cristo, creiam no perdão dos mesmos.

Por essa razão, quando se trata de pedir isso, não é necessário que a gente submeta isso à vontade de Deus, como se ele pudesse tanto querer quanto não querer. Devemos saber e crer que ele no-lo quer dar de boa vontade e sem vacilar.



M Lutero

Aproveitando o Tempo

Desejamos ler a Bíblia, queremos estudá-la, queremos ler um comentário. Mas não temos disposição para isso no momento, achamos que é ruim tentar fazer essas coisas quando não nos sentimos na melhor forma, que é bom deixar isso para quando estivermos em melhores condições, e que haverá melhor oportunidade mais tarde...


Ou não temos tempo, ou nos falta oportunidade... É fora de discussão que a maioria de nós leva uma vida em que há grave falta de disciplina, ordem e planejamento... Há demasiadas coisas que nos distraem. Você começa com o jornal da manhã... poucas horas depois chega a folha da tarde... Não é preciso que eu tome tempo para pormenorizar todas aquelas coisas – o rádio, a televisão e nosso quefazeres, reuniões de que temos que participar, incidentes aqui e ali... O fato é que cada um de nós LUTA PELA VIDA PRESENTE, LUTA PARA POSSUIR, DOMINAR e viver a própria vida.
Pois bem, a resposta simples para isso é: é pura falta de disciplina, é falha no arranjo da nossa vida, falta de prioridades... De nada vale lamentar as circunstâncias... TODOS TEMOS TEMPO!! Se temos tempo pra fazer estas outras coisas, temos tempo , e o segredo do sucesso... é apenas tomar aquele tempo e insistir em que ele seja dedicado para o que envolve a alma, e não para essas outras coisas...
Qual o tratamento receitado pelo apóstolo para tal condição?... Primeiramente e acima de tudo, ele salienta “toda a vossa diligência” (2Pe 1.5). “Fazei todo esforço”, como diz outra tradução. É isso mesmo – “fazei todo esforço”... é aplicar toda a diligência, ou, como diz o versículo dez, ter diligência cada vez maior, ou, ser mais zeloso que nunca na prática dessas coisas. Aqui, pois, está o tratamento: o exercício da disciplina e diligência.

NÃO PREGAMOS A NÓS MESMOS

Deixaram bem claro a seguinte verdade: Aquele que veio para morrer pelos pecadores não era um dentre os anjos, era Alguém superior a eles — o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Acima de tudo, há uma coisa a respeito dos anjos que não devemos esquecer: eles se interessam profundamente pela obra de Jesus e pela salvação que Ele providenciou. Cantaram louvores sublimes quando o Filho de Deus veio para estabelecer a paz entre Deus e o homem, por intermédio de seu sangue. Regozijam-se quando pecadores se arrependem, quando homens se tornam filhos na família do Pai celestial. Deleitam-se em ministrar aos herdeiros da salvação. Enquanto estamos nesta terra, esforcemo-nos para ser como os anjos, tendo a maneira de pensar deles e compartilhando de suas alegrias. Este é o modo de estar em sintonia com o céu. As Escrituras afirmam sobre aqueles que lá entram: são "como os anjos" (Mc 12.25).

Finalmente, observemos nesta passagem o efeito que o aparecimento do anjo produziu na mente de Zacarias. Esse homem justo "turbou-se, e apoderou-se dele o temor". A sua experiência é exatamente a mesma de outros santos que passaram por situações semelhantes. Moisés diante da sarça ardente, Daniel às margens do rio Tigre, as mulheres no sepulcro de Jesus e o apóstolo João na ilha de Patmos — todos demonstraram temor semelhante ao de Zacarias. Assim como ele, esses outros santos tremeram e sentiram medo, quando contemplaram visões de coisas pertencentes ao outro mundo.
Como explicar esse temor? Existe apenas uma resposta: esse temor surge de nosso senso íntimo de fraqueza, culpa e corrupção. A visão de um habitante celestial inevitavelmente nos faz lembrar de nossa própria imperfeição e inconveniência natural para nos apresentarmos diante de Deus. Se os anjos são excessivamente grandes e tremendos, como será o Senhor deles?
Devemos bendizer a Deus porque temos um poderoso Mediador entre Ele e nós, Jesus Cristo, homem. Crendo nEle, podemos nos aproximar de Deus com intrepidez, esperando sem temor o Dia do Juízo. Quando os anjos poderosos saírem para ajuntar os eleitos de Deus, esses não terão motivo para ficar com medo. Os anjos são conservos e amigos dos eleitos de Deus (Ap 22.9).
Devemos tremer ao pensar no terror que sobrevirá aos ímpios naquele dia! Se mesmo os justos sentem-se perturbados por uma aparição súbita de espíritos amáveis, qual será a reação dos ímpios quando os anjos vierem para recolhê-los como palha destinada à fogueira? Os temores dos justos não têm fundamento e são efêmeros. Quando se manifestarem os temores dos perdidos, ficará comprovado que os ímpios tinham motivos corretos para esses temores, que permanecerão para sempre.
Por - J. C. Ryle.

Quando os Sofrimentos se Tornam Bênçãos

Texto: Lucas 1.5-12
O primeiro acontecimento narrado neste evangelho é a súbita aparição de um anjo a um sacerdote judeu chamado Zacarias. O anjo anuncia-lhe que milagrosamente ele se tomará pai de um menino e que esse menino será o precursor do Messias prometido há muito tempo. A Palavra de Deus havia predito claramente que, na vinda do Messias, alguém O precederia, a fim de preparar-Lhe o caminho (Ml 3.1). A sabedoria de Deus providenciou as coisas de tal modo que o precursor nasceria na família de um sacerdote.
Não podemos compreender claramente, em nossos dias, a imensa importância do anúncio feito por esse anjo. Para um judeu piedoso deve ter sido boas-novas de grande alegria! Foi o primeiro comunicado de Deus para Israel desde a época de Malaquias. O longo silêncio de quatrocentos anos foi quebrado. O anúncio do anjo dizia ao crente israelita que as semanas proféticas de Daniel se cumpriam completamente (Dn 9.25), que a mais preciosa promessa de Deus finalmente estava para se cumprir e que estava para surgir "a semente" por meio da qual todas as nações da terra seriam abençoadas (Gn 22.18 - ARC). Precisamos nos colocar no lugar de Zacarias, a fim de tributarmos a estes versículos o seu devido valor.
Primeiramente, observemos nesta passagem o belo testemunho proferido sobre o caráter de Zacarias e de Isabel. Somos informados que "ambos eram justos diante de Deus" e viviam "irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor". Pouco importa se interpretamos a expressão "eram justos" como uma referência à justiça imputada ao crente no ato de sua justificação ou à justiça realizada no íntimo dos crentes por operação do Espírito Santo, no processo de santificação. Esses dois tipos de justiça nunca estão dissociados. Não existe qualquer "justo" que não seja santifícado e qualquer "santo" que não seja justificado. Basta saber que Zacarias e Isabel possuíam a graça divina, quando esta era muito rara, e observaram com devoção consciente todos os exaustivos preceitos da lei cerimonial, em uma época quando poucos israelitas se importavam com eles, exceto na aparência.
O que realmente chama a nossa atenção é o exemplo que esse casal santo oferece aos crentes. Todos devemos nos esforçar para servir a Deus fielmente e fazer brilhar toda a nossa luz, assim como eles o fizeram. Não esqueçamos as claríssimas palavras das Escrituras: "Aquele que pratica a justiça é justo" (1 Jo 3.7). Felizes são as famílias cristãs das quais podemos testemunhar que ambos, marido e mulher, são "justos" e se empenham para ter uma consciência livre de ofensas diante de Deus e dos homens (At 24.16).
Em segundo, observemos nesta passagem a árdua provação que Deus se agradou em trazer a Zacarias e Isabel. Eles "não tinham filhos". Um crente moderno dificilmente pode compreender o significado completo dessas palavras. Ao judeu da antigüidade elas transmitiam a idéia de uma aflição bastante severa. A esterilidade era uma das mais amargas experiências (1 Sm 1.10). A graça de Deus não torna uma pessoa imune a qualquer problema. Ainda que esse sacerdote santo e sua esposa eram "justos", eles tinham um "espinho na carne". Lembremos isto, se servimos a Cristo, e não nos assustemos com as provações. Ao invés disso, creiamos que uma mão de perfeita sabedoria está avaliando qual deve ser a nossa porção e que, ao disciplinar-nos, Deus visa fazer-nos "participantes da sua santidade" (Hb 12.10). Se as aflições nos levam para mais perto de Jesus, da Bíblia e da oração, elas são bênçãos! Talvez não pensemos assim. Mas pensaremos, quando acordarmos no mundo vindouro.
Em terceiro, observemos nesta passagem o instrumento pelo qual Deus anunciou o nascimento de João Batista. "Apareceu um anjo do Senhor" a Zacarias. Sem dúvida alguma, o ministério dos anjos é um assunto profundo. Em nenhuma outra parte da Bíblia encontramos menção tão freqüente aos anjos quanto na época do ministério terreno de nosso Senhor. Em nenhuma outra época lemos sobre tantas aparições de anjos quanto durante a encamação de Jesus e sua vinda ao mundo. O significado dessa circunstância é muito claro: a igreja deveria compreender que o Messias não é um anjo; é o Senhor dos anjos e dos homens. Os anjos anunciaram a sua vinda, proclamaram o seu nascimento, regozijaram-se quando Ele surgiu. E, ao fazerem tais coisas, deixaram bem claro a seguinte verdade: Aquele que veio para morrer pelos pecadores não era um dentre os anjos, era Alguém superior a eles — o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Acima de tudo, há uma coisa a respeito dos anjos que não devemos esquecer: eles se interessam profundamente pela obra de Jesus e pela salvação que Ele providenciou. Cantaram louvores sublimes quando o Filho de Deus veio para estabelecer a paz entre Deus e o homem, por intermédio de seu sangue. Regozijam-se quando pecadores se arrependem, quando homens se tornam filhos na família do Pai celestial. Deleitam-se em ministrar aos herdeiros da salvação. Enquanto estamos nesta terra, esforcemo-nos para ser como os anjos, tendo a maneira de pensar deles e compartilhando de suas alegrias. Este é o modo de estar em sintonia com o céu. As Escrituras afirmam sobre aqueles que lá entram: são "como os anjos" (Mc 12.25).
Finalmente, observemos nesta passagem o efeito que o aparecimento do anjo produziu na mente de Zacarias. Esse homem justo "turbou-se, e apoderou-se dele o temor". A sua experiência é exatamente a mesma de outros santos que passaram por situações semelhantes. Moisés diante da sarça ardente, Daniel às margens do rio Tigre, as mulheres no sepulcro de Jesus e o apóstolo João na ilha de Patmos — todos demonstraram temor semelhante ao de Zacarias. Assim como ele, esses outros santos tremeram e sentiram medo, quando contemplaram visões de coisas pertencentes ao outro mundo.
Como explicar esse temor? Existe apenas uma resposta: esse temor surge de nosso senso íntimo de fraqueza, culpa e corrupção. A visão de um habitante celestial inevitavelmente nos faz lembrar de nossa própria imperfeição e inconveniência natural para nos apresentarmos diante de Deus. Se os anjos são excessivamente grandes e tremendos, como será o Senhor deles?
Devemos bendizer a Deus porque temos um poderoso Mediador entre Ele e nós, Jesus Cristo, homem. Crendo nEle, podemos nos aproximar de Deus com intrepidez, esperando sem temor o Dia do Juízo. Quando os anjos poderosos saírem para ajuntar os eleitos de Deus, esses não terão motivo para ficar com medo. Os anjos são conservos e amigos dos eleitos de Deus (Ap 22.9).

Devemos tremer ao pensar no terror que sobrevirá aos ímpios naquele dia! Se mesmo os justos sentem-se perturbados por uma aparição súbita de espíritos amáveis, qual será a reação dos ímpios quando os anjos vierem para recolhê-los como palha destinada à fogueira? Os temores dos justos não têm fundamento e são efêmeros. Quando se manifestarem os temores dos perdidos, ficará comprovado que os ímpios tinham motivos corretos para esses temores, que permanecerão para sempre.



Por - J. C. Ryle.

Libertos de Uma Vez por Todas

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Romanos 8.1


Os que estão em Cristo não entram mais em condenação. “Condenação” é algo totalmente contrário da Justificação. “...a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação.” Rm 5.6b. Ou seja, no caso da justificação, Deus perdoa os que têm cometido muitos pecados, embora não mereçam esse perdão. Quem acusará aqueles que Deus escolheu? Ninguém! Porque o próprio Deus declara que eles não são culpados. Será que alguém poderá condená-los? Ninguém! Pois foi Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem foi ressuscitado e está à direita de Deus. De forma singular, quem é justificado jamais será condenado, e quem é condenado nunca receberá justificação.

A justificação é completa e irreversível. Éramos naturalmente filhos da ira de Deus, ímpios odiosos e odiávamos aos outros (Ef 2.1-5). Mas, houve uma reconciliação que trouxe consigo a anulação de toda a condenação. Não se trata de uma meia anulação, porém uma completa ausência de condenação. E o mais impressionante nesta operação do Espírito de Deus é que Ele não só nos liberta da condenação e da culpa, mas do poder da culpa do pecado.

O Santo Espírito de Deus implanta no justificado uma inclinação para as coisas santas. Isto é, a santificação que é inseparável da justificação. A santificação é o grande livramento do poder do pecado. “Nenhuma condenação” do poder escravizante do pecado. Romanos 6.6-8:

“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.”

Alegramos-nos porque o pecado não tem domínio sobre nós “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça”. Rm 6.14. O Povo de Deus é chamado a prosseguir diante de tão grande libertação.



Pr. J Miranda

O Fruto do Espírito

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra tais coisas não existe lei” (Gálatas 5:22,23).




Talvez possamos dividir estes noves preciosos dons em três grupos, perfazendo três frutos e cada grupo. Se este for o correto — de forma alguma tem-se certeza! —, o primeiro grupo estaria referindo-se às qualidades espirituais mais básicas: amor, alegria, paz. O segundo grupo indicaria aquelas virtudes que se manifestam nas relações sociais. Pressupomos que considera os crentes em seus diversos contatos uns com os outros e com aqueles que não pertencem à comunidade cristã: longanimidade, benignidade, bondade. No último grupo, se bem que aqui há bastante espaço para divergência de opinião, o primeiro fruto poderia referir-se à relação dos crentes com Deus e sua vontade revelada na Bíblia: fidelidade ou lealdade. O segundo, presume-se, teria a ver com seu contato com os homens: mansidão. O último, à relação que cada crente tem consigo mesmo, ou seja, com seus próprios desejos e paixões: domínio próprio.

Encabeçando o primeiro grupo temos “o maior dos três maiores”, ou seja, o amor (1 Coríntios 13; Efésios 5:2; Colossenses 3:14). Para esta virtude, ver 5:6 e 5:13, acima. Não somente Paulo, mas também João estabelece prioridade a esta graça de abnegação (1 João 3:14; 4:8,19). E igualmente Pedro (1 Pedro 4:8). E assim eles estão seguindo o claro exemplo que lhes deu Cristo (João 13:1,34; 17:26). Apesar de que, assim como estas passagens o revelam, dificilmente seria legítimo limitar estritamente esta virtude tão básica ao “amor pelos irmãos”, todavia, por outro lado, no presente contexto (que fala de contendas, disputas e ciúmes, etc., ver também v.14) a referência pode muito bem ser especialmente a este afeto mútuo. Quando o amor se faz presente, a alegria não pode estar muito longe. Não nos disse o autor que o amor é o cumprimento da lei, e que fazer o que a lei de Deus manda traz deleite? (Salmos 119:16,24,35,47,70,174). Além disso, a verdade desta afirmação torna-se ainda mais clara quando se tem em mente que a capacidade para observar esta ordenança divina é um dom de Deus, sendo um elemento daquela maravilhosa salvação que em seu grande amor concedeu gratuitamente a seus filhos. Além disso, já que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28), faz-se evidente que os crentes podem alegrar-se mesmo diante de circunstâncias as mais dolorosas, assim como Paulo mesmo comprovou muitas vezes (Atos 27:35; 2 Coríntios 6:10 “entristecidos, mas sempre alegres”; 12:9; Filipenses 1:12,12; 4:11; 2 Timóteo 4:6-8). Além do mais, sua alegria não é a deste mundo, que é uma diversão superficial e que fracassa em satisfazer as necessidades mais profundas da alma, mas a de Deus é uma “alegria indizível cheia de glória” (1 Pedro 1:8), e um antecipação da alegria radiante que está reservada para os seguidores de Cristo. A paz também é um resultado natural do exercício do amor, pois “grande paz têm os que amam a tua lei” (Salmos 119:165; cf. 29:11 ; 37:11; 85:8). Esta paz é a serenidade de coração, a porção de todos quantos, tendo sido justificados mediante a fé (Romanos 5:1), aspiram ser instrumentos nas mãos de Deus para fazerem que outros também possam compartilhar desta tranqüilidade. Portanto, o possuidor da paz torna-se também um promotor da paz (Mateus 5:9). Portanto, aquele que está realmente consciente desta grandiosa dádiva da paz, a qual recebeu de Deus como resultado da amarga morte de Cristo na cruz, envidará todo esforço para “preservar — dentro da comunidade cristã — a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Efésios 4:3).

A menção da paz é, por assim dizer, um liame natural entre o primeiro e o segundo grupo, porquanto esta virtude é com freqüência contrastada com as contendas entre os homens, e porque este segundo grupo descreve aquelas virtudes que os crentes revelam em seus contatos entre si e com os demais homens. O primeiro dos frutos do Espírito mencionados neste segundo grupo é a longanimidade. Ela caracteriza a pessoa que, em relação àqueles que a aborrecem, se lhe opõem ou a molestam, exerce a paciência. Ela se recusa a entregar-se à paixão ou às explosões de ira. A longanimidade ou paciência não é apenas um atributo humano, mas também divino, visto que o mesmo é atribuído a Deus (Romanos 2:4; 9:22) e a Cristo (1 Timóteo 1:16), bem como ao homem (2 Coríntios 6:6; Efésios 4:2; Colossenses 3:12,13; 2 Timóteo 4:2). Como atributo humano, é inspirado pela confiança de que Deus cumprirá suas promessas (2 Timóteo 4:2,8; Hebreus 6:12). Os gálatas necessitavam muitíssimo de que se pusesse ênfase nesta virtude, já que eles, como já vimos, provavelmente estavam se dividindo pelas contendas e por um espírito partidário. Por outro lado, a longanimidade é uma grande arma contra a hostilidade do mundo em sua atitude para com a igreja. De mãos dadas com essa virtude está a benignidade. Esta é suave e terna. Os primeiros cristãos se recomendavam por meio dela (2 Coríntios 6:6). Este fruto, tal como exercido pelos crentes, nada mais é do que um pálido reflexo da benignidade primordial manifestada por Deus (Romanos 2:4; cf. 11:22). Além disso, somos admoestados a tornar-nos como Ele neste aspecto (Mateus 5:43-48; Lucas 6:27-38). Os Evangelhos contêm numerosas ilustrações da benignidade que Cristo demonstrou para com os pecadores. Para mencionar apenas algumas, ver Marcos 10:13-16; Lucas 7:11-17, 36-50; 8:40-56; 13:10-117; 18:15-17; 23:34; João 8:1-11; 19:25-27. A virtude que completa este grupo é a bondade, que é a excelência moral e espiritual, em todos os aspectos, criada pelo Espírito. No presente contexto, visto que é mencionada depois da benignidade, se refere especialmente à generosidade de coração e de ações.

Finalmente, o apóstolo menciona as três graças que concluem todo o sumário. Primeiro está a fidelidade. O termo como usado no original com freqüência se traduz corretamente pela palavra fé. Todavia, uma vez que aqui aparece depois de “benignidade” e “bondade”, parece ser mais correto traduzir-se por “fidelidade”. O seu significado é lealdade, fidelidade. Uma vez que nesta mesma carta Paulo se queixa da falta de fidelidade para com ele, o que foi demonstrado através da conduta de muitos dos gálatas (4:16), percebemos que a menção desta virtude, aqui, é algo bastante apropriado. Contudo, em última análise não era tanto para com o próprio Paulo que havia falta de lealdade, e, sim, para com o evangelho — e, assim, para com Desu e sua Palavra —, e tinha estado faltando em proporção elevada, como fica evidenciado por 1:6-9; 3:1; 5:7. Conseqüentemente, com toda probabilidade o que Paulo está recomendando aqui, como um fruto do Espírito, é a fidelidade a Deus e à sua vontade. Contudo, isto não exclui, antes inclui, a lealdade para com os homens. Parece-nos apropriado interpretar aqui o próximo item, ou seja, a mansidão, como sendo a gentileza uns para com os outros e para com todos os homens, principalmente se levarmos em consideração o contexto precedente, o qual fala das dissensões em suas várias manifestações (ver vv. 20 e 21). Cf. 1 Coríntios 4:21. Esta virtude também nos faz lembrar de Cristo (Mateus 11:29; e 2 Coríntios 10:1). A mansidão é o oposto extremo da veemência, da violência e da agressividade ou explosões de ira. A última virtude que Paulo menciona, e por implicação recomenda, é o domínio próprio, que é uma relação que alguém mantém consigo mesmo. A pessoa que tem a bênção de possuir esta qualidade, possui “o poder de conter-se a si mesma”, que é o sentido do termo usado no original. O fato de terem sido mencionadas previamente, entre os vícios enumerados (v. 19), a imoralidade, a impureza e a indecência, revela que era apropriado mencionar o domínio próprio como a virtude oposta. Fica claro que aqui temos referência a muito mais coisas que simplesmente a sexo. Aqueles que realmente exercem esta virtude levam todo o pensamento à submissão e obediência a Cristo (2 Coríntios 10:5).

E prossegue: contra tais coisas não existe lei. Uma vez que Paulo aqui completou uma lista de virtudes, que são coisas, não pessoas, é natural interpretar suas palavras como significando: “contra tais coisas — tais virtudes — não existe lei”. A gramática não proíbe tal construção. Também é óbvio que, à semelhança dos vícios enumerados, esta lista de virtude é apenas representativa. Não podemos mesmo afirmar que todas as excelências cristãs estão incluídas na lista. Portanto, Paulo diz: “contra tais... Ao dizer que contra tais coisas não existe lei, ele está encorajando a cada crente a manifestar estas qualidades, a fim de que, assim procedendo, os vícios possam ser aniquilados”.

O incentivo de que precisamos para exibir estes excelentes traços do caráter foi fornecido por Cristo, pois é devido à gratidão que os crentes sentem para com Cristo que os usam para adornar sua conduta. O exemplo, também, em conexão com todos eles, foi dado por ele. E as próprias virtudes, associadas ao poder para exercê-las, são doadas pelo seu Espírito.

Embora Paulo tenha qualificado as virtudes enumeradas de “o fruto do Espírito”, agora ele desvia a ênfase do Espírito para Cristo. Se ele pôde fazer isso tão prontamente, é devido ao fato de que quando o Espírito ocupa o coração, Cristo também o faz (Efésios 3:16,17). Cristo e o Espírito não podem ser separados entre si. Cristo mesmo habita a vida interior dos crentes “no Espírito” (Romanos 8:9,10). O Espírito não foi dado por Cristo? (João 15:26; 2 Coríntios 3:17). A razão para esta mudança de ênfase é que o apóstolo lembrará os gálatas de que eles crucificaram a carne. Isso, naturalmente, chama a atenção imediatamente para Cristo e sua cruz. E assim Paulo prossegue [...]

William Hendriksen

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Perseguição aos Cristãos

Perseguição aos cristãos começou com o próprio Jesus. Fizeram-Lhe a seguinte pergunta durante o seu julgamento: "És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?" Jesus não deixou espaço para a ambiguidade - Suas duas primeiras palavras foram: "Eu sou". A elite religiosa em Jerusalém sabia o que Jesus estava dizendo - era muito claro para eles que Ele estava afirmando ser Deus. Como tal, Jesus foi condenado à morte em uma cruz romana pelo crime de blasfêmia, tornando-se assim o primeiro mártir para o que viria a ser a igreja Cristã.


Perseguição aos Cristãos: Muitos dos primeiros discípulos morreram pela sua fé
Perseguição aos cristãos foi uma parte dramática da história da igreja primitiva. A pessoa que defende que a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo foram uma farsa conspirada por um grupo de discípulos deve estudar o legado do martírio. Onze dos 12 apóstolos, e muitos dos outros discípulos primitivos, morreram por sua adesão a esta história. Isto é dramático, visto que todos eles testemunharam os alegados fatos de Jesus e ainda enfrentaram a morte defendendo a sua fé. Por que isso é dramático, quando muitos ao longo da história têm sofrido o martírio por causa de sua crença religiosa? Porque as pessoas não morrem por uma mentira. Olhe para a natureza humana ao longo da história. Nenhuma conspiração pode ser mantida quando a vida ou a liberdade estão em jogo. Morrer pelo que se acredita é uma coisa, mas inúmeras testemunhas oculares morrendo por uma mentira conhecida é outra coisa completamente diferente.

Perseguição aos Cristãos: Uma lista dos primeiros mártires que foram testemunhas da vida de Jesu
Aqui está uma narrativa da perseguição aos Cristãos primitivos. Essa lista foi compilada de várias fontes fora da Bíblia, a mais famosa das quais é a obra de John Fox, intitulada O Livro dos Mártires:

Cerca de 34 AD, um ano depois da crucificação de Jesus, Estêvão foi expulso da cidade de Jerusalém e apedrejado até a morte. Cerca de 2.000 cristãos sofreram o martírio durante este tempo. Mais ou menos 10 anos depois, Tiago, filho de Zebedeu e irmão mais velho de João, foi morto quando Herodes Agripa chegou como governador da Judeia. Agrippa detestava os judeus, e muitos discípulos da antiguidade foram martirizados sob o seu regime, inclusive Timão e Pármenas. Filipe, um discípulo de Betsaida, na Galileia, sofreu o martírio em Heliópolis, na Frígia. Ele foi açoitado, lançado na prisão e depois crucificado. Cerca de seis anos depois, Mateus, o cobrador de impostos de Nazaré que escreveu um evangelho em hebraico, estava pregando na Etiópia quando sofreu o martírio pela espada. Tiago, irmão de Jesus, administrou a igreja primitiva em Jerusalém e foi o autor de um livro da Bíblia com o seu nome. Na idade de 94, ele foi espancado e apedrejado, até que finalmente teve seu cérebro esmagado com um porrete.
Matias foi o apóstolo que substituiu Judas Iscariotes. Ele foi apedrejado em Jerusalém e depois decapitado. André, irmão de Pedro, pregou o evangelho por toda a Ásia. Em sua chegada a Edessa, foi preso e crucificado em uma cruz, duas extremidades da qual foram fixadas transversalmente no chão (daí o termo, Cruz de Santo André). Marcos converteu-se ao Cristianismo por influência de Pedro, e depois transcreveu no seu Evangelho a narrativa de Pedro sobre Jesus. Marcos foi arrastado aos pedaços pelo povo de Alexandria, na frente de Serapis, seu ídolo pagão. Aparenta ser o caso que Pedro foi condenado à morte e crucificado em Roma. Jerônimo afirma que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, a seu pedido, porque ele disse que era indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor. Paulo sofreu a primeira perseguição sob Nero. A fé de Paulo era tão forte mesmo à face do martírio, que as autoridades o levaram a um lugar privado fora da cidade para executá-lo com a espada. Em cerca de 72 AD, Judas, o irmão de Tiago comumente conhecido como Tadeu, foi crucificado em Edessa. Bartolomeu pregou em vários países e traduziu o Evangelho de Mateus na Índia. Ele foi cruelmente espancado e crucificado pelos idólatras de lá. Tomé, chamado de o Dídimo, pregou na Pártia e na Índia. Ele foi morto por sacerdotes pagãos com uma lança que atravessou o seu corpo. Lucas foi o autor do Evangelho em seu nome. Ele viajou com Paulo através de diversos países e foi supostamente enforcado em uma oliveira pelos sacerdotes idólatras da Grécia. Barnabé, de Chipre, foi morto sem muitos fatos conhecidos em 73 AD. Simão, de sobrenome Zelote, pregou na África e na Grã-Bretanha, onde foi crucificado em cerca de 74 dC. João, o "discípulo amado", era o irmão de Tiago. De Éfeso, ele foi levado à Roma, onde afirma-se que ele foi jogado em um caldeirão fervente. Ele escapou por um milagre, sem ferimentos. Depois disso, Domiciano o exilou à ilha de Patmos, onde escreveu o livro do Apocalipse. Ele foi o único apóstolo que escapou de uma morte violenta.

Perseguição aos Cristãos: A Igreja cresceu drasticamente apesar das mortes horríveis

A perseguição aos Cristãos não retardou o crescimento da fé cristã durante os primeiros séculos depois de Cristo. Mesmo com seus primeiros líderes sofrendo mortes horríveis, o Cristianismo floresceu em todo o Império Romano. Como pode este registro histórico de martírio ser visto como algo diferente do que a evidência dramática da verdade absoluta da fé Cristã - uma fé que não se iguala a qualquer outra, fundada sobre eventos históricos e narrativas de testemunhas oculares.

Profecia Messiânica

Profecia messiânica foi cumprida pelo Messias, Jesus Cristo. Embora muitos judeus não tenham aceitado Jesus como o Messias, muitos O aceitaram, e eles se tornaram o grupo judaico que mais tarde passaria a ser conhecido como os Cristãos. O Cristianismo, baseado em grande parte no cumprimento da profecia histórica, espalhou-se rapidamente por todo o Império Romano do século 1. Examine por você mesmo as profecias e calcule a probabilidade de um só homem poder cumprir apenas algumas das profecias mais específicas, e você ficará surpreso.
“A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.” (Lucas 24:44)
Os versículos do Antigo Testamento são a profecia; os versículos do Novo Testamento proclamam a realização. Avalie-os você mesmo!

• Nascido de uma virgem (Isaías 7:14, Mateus 1:21-23)

• Um descendente de Abraão (Gênesis 12:1-3; 22:18, Mateus 1:1, Gálatas 3:16)

• Da tribo de Judá (Gênesis 49:10, Lucas 3:23, 33; Hebreus 7:14)

• Da casa de Davi (2 Samuel 7:12-16, Mateus 1:1)

• Nascido em Belém (Miquéias 5:2, Mateus 2:1, Lucas 2:4-7)

• Levado para o Egito (Oseías 11:1, Mateus 2:14-15)

• A matança dos recém-nascidos por parte de Herodes (Jeremias 31:15, Mateus 2:16-18)

• Ungido pelo Espírito Santo (Isaías 11:2, Mateus 3:16-17)

• Anunciado pelo mensageiro do Senhor (João Batista) (Isaías 40:3-5, Malaquias 3:1, Mateus 3:1-3)

• Executaria milagres (Isaías 35:5-6, Mateus 9:35)

• Pregaria as boas novas (Isaías 61:1, Lucas 4:14-21)

• Teria um ministério na Galileia (Isaías 9:1, Mateus 4:12-16

• Purificaria o Templo (Malaquias 3:1, Mateus 21:12-13)

• Apresentar-se-ia como Rei 173.880 dias depois do decreto de reconstruir Jerusalém (Daniel 9:25, Mateus 21:4-11)

• Entraria em Jerusalém como um rei montado em um jumento (Zacarias 9:9, Mateus 21:4-9)

• Seria rejeitado pelos judeus (Salmo 118:22, I Pedro 2:7)

• Teria uma morte humilhante(Salmo 22, Isaías 53) que envolveria:

1. rejeição (Isaías 53:3, João 1:10-11; 7:5,48)

2. traição por um amigo (Salmo 41:9, Lucas 22:3-4, João 13:18)

3. ser vendido por 30 moedas de prata (Zacarias 11:12, Mateus 26:14-15)

4. silêncio diante de Seus acusadores (Isaías 53:7, Mateus 27:12-14)

5. sendo ridicularizado (Salmo 22: 7-8, Mateus 27:31)

6. espancado (Isaías 52:14, Mateus 27:26)

7. cuspido (Isaías 50:6, Mateus 27:30)

8. perfuração de Suas mãos e pés (Salmo 22:16, Mateus 27:31)

9. sendo crucificado com os ladrões (Isaías 53:12, Mateus 27:38)

10. orando pelos seus perseguidores (Isaías 53:12, Lucas 23:34)

11. perfuração do Seu lado (Zacarias 12:10, João 19:34)

12. foi dado vinagre para beber (Salmo 69:21, Mateus 27:34, Lucas 23:36)

13. Seus ossos não seriam quebrados (Salmos 34:20, João 19:32-36)

14. enterrado no túmulo de um homem rico (Isaías 53:9, Mateus 27:57-60)

15. tirariam a sorte por Suas vestes (Salmos 22:18, João 19:23-24)

Ressuscitaria dos mortos! (Salmo 16:10, Marcos 16:6; Atos 2:31)

• Subiria ao Céu (Salmo 68:18, Atos 1:9)

• Sentar-se-ia à direita de Deus (Salmo 110:1, Hebreus 1:3)

Depois de tantos testemunhos, só nos resta, adornarmos como igreja de Cristo para o grande Dia. Amados, não podemos esquecer que Jesus Cristo está mais perto de volta como nunca.

Fonte: Bíblia de Estudos de Genebra; Estudos da Profecia Messiânica

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AJUDANDO OS QUE LUTAM COM A DEPRESSÃO


Esta folha de tarefas que segue abaixo tem por propósito auxiliar àqueles que

lutam com a depressão na sua jornada cristã e, também, aos conselheiros bíblicos

que buscam recursos úteis para a tarefa de promover o temor do Senhor na vida

daqueles a quem ministram (Pv 1.7).


1. Ler Salmo 102 e fazer as seguintes perguntas ao texto:

Observação:
 
a) Que sintomas emocionais e físicos o salmista apresenta em sua depressão?
(versículos 3-7, 11)

b) Que fatores influenciaram a depressão do salmista? Dentro disso, há alguma responsabilidade pessoal dele em sua depressão?
(versículos 8-10, 23)

c) Em quem o salmista busca socorro em sua depressão? Quem é o único capaz de ajudá-lo?
(versículos 1-2, 16-22, 28)

d) Quais os atributos de Deus que ele constantemente lembra neste texto?
(versículos 12, 25-27)

e) Observe no texto versículos que destacam a compaixão de Deus para com aqueles que sofrem.


Aplicação:


f) Consigo perceber sintomas semelhantes aos do salmista em minha vida?

g) Percebo, também, fatores semelhantes que contribuem para a minha depressão? Há algum pecado pessoal que tem provocado a ira de Deus sobre minha vida, o qual necessito confessar e me arrepender?

h) Ao olhar para trás e ver o cuidado de Deus para comigo, como isso me conforta, especialmente quando me lembro de que ele não muda em Seu caráter?

i) A quem, portanto, devo recorrer, pedindo ajuda nesse momento difícil de minha vida?

j) Memorizar e lembrar de Salmo 102.16, 17, sempre que pensamentos de desânimo e ansiedade ameaçarem dominar-me: "Porque o Senhor... Responderá à oração dos desamparados, as suas súplicas não desprezará".

2. Memorizar três textos bíblicos por semana, relacionados à depressão, tais como:

a
Filipenses 4.6-8
b
Salmo 42.5
c
Salmo 32.1-3
d
Salmo 32.4-7
e
Salmo 121.1, 2
f
Romanos 8.28, 29.3

3.Avaliar suas expressões de depressão diante das situações da vida, diariamente:

a) Escolha e descreva uma situação em seu dia que influencie em sua depressão. Neste contexto, responda às perguntas abaixo:

I. Que pensamentos pecaminosos me dominam?
II. Que desejos e anseios errados me controlam?
III. Que crenças e afirmações corrompidas tenho em meu coração?
IV. Que ações erradas pratico?
V. Quais são as conseqüências do meu pecado?

b) Pense em textos bíblicos que lidam com sua dificuldade e, então, responda às questões:

I. O que devo pensar?
II. O que desejar e esperar?
III. Quais devem ser minhas crenças?
IV. Que ações glorificam a Deus e me aproximam dEle?
V. Quais as conseqüências de uma conduta bíblica?

Razões pelas quais os Crentes em Cristo não precisam Temer

Não morreremos à parte do decreto gracioso de Deus para os seus filhos.
Tiago 4:14-15.
Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.

Mateus 10:29-30
Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.

Deuteronômio 32:39
Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão (Veja Jó 1:21; 1 Samuel 2:6; 2 Reis 5:7).

Maldições e adivinhações não têm força contra o povo de Deus.

Números 23:23
Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem realizado!
Os planos de terroristas e nações hostis não acontecem à parte do nosso Deus gracioso.

Salmo 33:10
O SENHOR desfaz o conselho dos gentios, quebranta os intentos dos povos.

Isaías 8:9-10
Tomai juntamente [vós, povos] conselho, e ele será frustrado; dizei uma palavra, e ela não subsistirá, porque Deus é conosco.
(Veja 2 Samuel 7:14; Neemias 4:15).

O homem não pode nos fazer mal além do que a vontade graciosa de Deus determinou para nós.

Salmo 118:6
O SENHOR está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem.

Salmo 56:11
Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem.

Deus promete proteger os seus de tudo o que não seja bom para eles no final.

Salmo 91:14
Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.

Deus promete nos dar tudo o que precisamos para obedecer, desfrutar e honrá-lo para sempre.

Mateus 6:31-33
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?… De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Filipenses 4:19
O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.

Deus nunca abaixa a guarda.

Salmo 121:4
Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.

Deus estará conosco, nos ajudará, e amparará na tribulação.

Isaías 41:10
Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.

Isaías 41:13
Porque eu, o SENHOR teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo.


Coisas terríveis acontecerão, alguns de nós morreremos, mas nenhum cabelo da nossa cabeça perecerá.

Lucas 21:10-11, 18 Então lhes [Jesus] disse:… haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu… e matarão alguns de vós… Mas não perecerá um único cabelo da vossa cabeça.

Nada acontece, senão na hora determinada por Deus.

João 7:30
Procuravam, pois, prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele, porque ainda não era chegada a sua hora.

(Veja João 8:20; 10:18)
Quando o Deus todo-poderoso é o seu auxílio, ninguém pode prejudicá-lo além do que Ele decretou.

Hebreus 13:6
E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem.

Romanos 8:31
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

A fidelidade de Deus é baseada sobre o firme valor do Seu nome, não a medida instável da nossa obediência.

1 Samuel 12:20-22
Então disse Samuel ao povo: Não temais; vós tendes cometido todo este mal… Pois o SENHOR, por causa do seu

grande nome não desamparará o seu povo. O Senhor, nosso protetor, é grande e terrível. Neemias 4:14

“Não os temais; lembrai-vos do grande e terrível Senhor”.

Com você, confiando nas firmes promessas em tempos frágeis,

Pastor- John Piper
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Condenação Eterna – Mateus 25.41


Contra a opinião dos que afirmam que não serão perpétuos os suplícios quer do Diabo quer dos homens maus.

Convém, antes de tudo, investigar e saber porque é que a Igreja não pôde admitir a opinião dos homens que anunciam a purificação e o perdão, mesmo ao Diabo, depois das maiores e mais prolongadas penas.



Não é que tantos santos e tantos homens instruídos nas Sagradas Escrituras, Antigas e Novas, vejam com maus olhos a purificação e a felicidade do Reino dos Céus, após suplícios seja de que natureza e de que intensidade forem, aos anjos qualquer que seja o seu gênero e dignidade, mas viram antes que não podia ser anulada nem enfraquecida a decisão divina que o Senhor anunciou que virá a proferir e a estabelecer no julgamento – “E será atormentado com fogo. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum...” (Apocalipse 14.10-11). É uma realidade o juízo de Deus!



Pr J Miranda

Você Jejua?

Você jejua? Dê-me prova disto por suas obras.


Se você vê um homem pobre, tenha piedade dele.

Se você vê um amigo sendo honrado, não o inveje.

Não deixe que somente a sua boca jejue, mas também o olho e o ouvido e o pé e as mãos e todos os membros de nossos corpos.

Que as mãos jejuem, sendo livres de avareza.

Que os pés jejuem, cessando de correr atrás do pecado.

Que os olhos jejuem, disciplinando-os a não fitarem o que é pecaminoso.

Que os ouvidos jejuem, não ouvindo conversas más e fofocas.

Que a boca jejue de palavras vis e de criticismo injusto.

Porque, qual é o proveito se nos abstemos de aves e peixes, mas mordemos e devoramos os nossos irmãos?

Possa Aquele que veio ao mundo para salvar pecadores nos fortalecer para completarmos o jejum com humildade, tendo misericórdia de nós e nos salvando.



________________________________________

João Crisóstomo - Tradução de Felipe Sabino de Araújo Neto

Deus Tem o Controle de Tudo

A. W. Pink


"Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos." 1 Crônicas 29:11

Você compreende o que implicam as palavras "Soberania de Deus"? Na introdução vimos que, embora exista muita maldade no mundo, a bíblica afirma que Deus está em completo controle de tudo. Isto é o que implicam as palavras "Soberania de Deus". Quando dizemos que ES é soberano, queremos dizer que Deus tem poder absoluto sobre tudo. Ele é o Supremo, o Grande Rei; Ele é Deus. Ele faz a sua vontade no céu e na terra, e não existe mas ninguém que possa deter a sua mão e Lhe dizer: "O que fazes?". Quando dizemos que Deus é soberano, queremos dizer que Ele é o Deus Todo Poderoso, que possui todo poder no céu e na terra e que ninguém pode resistir a sua vontade. Este é o Deus da Bíblia.

Freqüentemente, o ensino moderno nos dá um conceito muito diferente acerca de Deus. a miúdo apresenta um "deus" impotente e ineficaz, um "deus" de aflição mais do que um Deus digno de ser temido. A maioria do ensino moderno diz que Deus "o Pai" quer salvar a todo mundo, e que "o Filho" morreu para salvar a "todos", e que Deus o Espírito Santo está tentando agora ganhar a todos os homens no mundo. Mas, não resulta obvio que muitas pessoas estão morrendo sem ter sido salvas por Cristo, e sem esperança alguma? Então, se muitos morrem sendo perdidos e se acreditamos que Deus queria salvá-los a todos, com certeza o Pai deve estar desapontado, o Filho deve sentir-se insatisfeito e o Espírito Santo tem sido derrotado.

Não podemos dizer que Deus tenha sido surpreendido pelo pecado humano, porque isto deixaria a Deus no nível dos seres humanos que são falíveis e cheios de erros. Também não podemos dizer que Deus fique impotente diante do sofrimento e do pecado no mundo, porque então estaríamos passando por alto o que a Bíblia diz: que Deus controla até os maus atos que os homens cometem. Em verdade, se negamos a soberania de Deus, pronto já não teremos espaço para Deus em nossos pensamentos.

Deus é completamente soberano. Ele possui o direito de governar tudo tal como Ele quer. Deus é como o oleiro que tem o controle completo sobre o barro. Deus é soberano na forma em que usa o seu poder. Ele o usa como, quando e onde deseja. Todo o testemunho da Bíblia afirma esta verdade. Quando o Faraó, rei do Egito, tentou deter os israelitas para que não fossem adorar a Deus no deserto, Deus usou o seu poder e os israelitas foram salvos, enquanto que os egípcios foram vencidos.

Depois, quando os israelitas entraram na terra de Canaã e acharam que a cidade de Jericó era um obstáculo, Deus usou seu poder e os muros da cidade forram derrubados. O poder de Deus salvou Davi de Golias.

Deus fechou as bocas dos leões para que não ferissem Daniel. Ainda assim, em ocasiões Deus não mostra o seu poder por um longo tempo, e então repentinamente o manifesta e todos podem vê-lo.

O poder de Deus nem sempre resgata seu povo dos perigos. Em Hebreus 11:36-37, nos diz como alguns que creram em Deus foram apedrejados e ainda mortos, e outros andaram errantes cobertos com peles de animais e suportando muito sofrimento. Por que não foram resgatadas estas pessoas pelo poder de Deus como as outras? A única resposta é que Deus é soberano na maneira em que usa o seu poder. Ele faz o que sabe que é melhor.

Deus é soberano também na maneira em que outorga o seu poder a outros. Concedeu poder a Matusalém para que vivesse muito mais tempo que ninguém. Deus concede a alguns a capacidade de ganhar muito dinheiro, porém não faz a todos ricos. Isto se deve a que Deus exerce sua soberania ao conceder o seu poder às pessoas. Ele não dá o mesmo poder a todos.

Deus é soberano também no outorgamento de sua misericórdia. Quando Jesus foi ao tanque de Betesda em Jerusalém, havia muitos doentes ali e entre eles estava um homem que tinha estado enfermo por trinta e oito anos. João capítulo 5 nos fala que Jesus disse a este homem: "Levanta-te, toma o teu leito, e anda" (versículo 8). Imediatamente o homem foi sarado; levantou seu leito e se foi. Então, por que foi curado este homem em particular?

Não nos diz que fosse devido a que merecesse ser sarado. Ou seja, a misericórdia de Deus manifestou-se nele de uma maneira soberana, porque Jesus poderia ter sarado a toda a multidão tão facilmente como o fez com este homem. Porém Jesus usou seu poder divino para curar um único homem.

Deus é soberano na maneira em que outorga a sua misericórdia. Ele mostra sua misericórdia como a Ele apraz.

Deus é soberano na forma em que mostra a sua graça. A graça é o favor divino mostrado àqueles que não a merecem (senão que, ao contrário, merecem ser enviados para o inferno). A graça é o oposto à justiça, já que a justiça nos dá só o que merecemos. A graça é a bondade de Deus para as pessoas que não a merecem, uma vez que ela tem odiado e desobedecido a Deus e Sua lei. A graça é um dom (um presente) de Deus, de maneira tal que ninguém pode exigi-la como se fosse um direito, pois então deixaria de ser graça. Deus não deve graça a ninguém, senão que a concede aos que Ele quer pela sua própria soberana vontade. Podemos regozijar-nos nisso, porque os pecadores são salvos pela graça.

Isto significa que a pessoa mais pecaminosa pode ser alcançada por esta graça. A graça exclui toda arrogância humana e dá a Deus toda a glória da salvação.

Quase cada página da Bíblia nos lembra que Deus é soberano no outorgamento de sua graça. Quando Jesus nasceu, as boas novas não foram anunciadas a todo mundo, senão que foram dadas aos pastores de Belém e aos homens sábios do Oriente. Deus poderia tê-lo dito a todos, porém não o fez, porque Ele é soberano na forma em que exerce a sua graça.

Percebe você que Deus tem outorgado a sua graça a pessoas com poucas probabilidades de serem alcançadas? Ele a mostrou aos pastores e a homens que nem sequer eram judeus. Freqüentemente, desde aquele momento até o dia de hoje, Deus tem feito exatamente o mesmo, mostrando a sua graça às pessoas mais desprezíveis e indignas. Tem Ele mostrado a sua graça para você?

Temos visto que tudo na Bíblia nos diz que Deus é soberano. No próximo capítulo veremos que todas as coisas que Deus tem criado também nos mostram que Ele é o Deus soberano.

TEXTOS BÍBLICOS:

Daniel 11:32: "E aos violadores da aliança ele com lisonjas perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas."

Isaias 55:8-9: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos."

Romanos 11:33: "O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!".

Efésios 1:1: "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus."

Romanos 11:36: "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém
Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org/soberania-de-deus/deus-tem-o-controle-de-tudo-a-w-pink.html#ixzz16ujpVHF3

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Cruz de Cristo

O que você pensa acerca da cruz de Cristo? Talvez você considere esta questão como algo de somenos importância; não obstante, dela depende intensamente o bem-estar eterno de sua alma.


Há mil e oitocentos anos atrás, houve um homem que disse gloriar-se na cruz de Cristo. Foi alguém que revirou o mundo de cabeça para baixo pelas doutrinas que pregava. De todos os homens que já viveram neste mundo, foi ele quem mais contribuiu para o estabelecimento do Cristianismo. E mesmo assim, foi este homem quem disse aos Gálatas:

“Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”, Epístola de Paulo Aos Gálatas 6.14

Leitor, a “cruz de Cristo” deve ser um assunto verdadeiramente importante para que um apóstolo inspirado fale de tal forma sobre ela. Deixe-me tentar demonstrá-lo o verdadeiro significado desta expressão. Uma vez reconhecendo o que significa a cruz de Cristo, com a ajuda de Deus você se tornará capaz de perceber a importância dela para a sua alma.

A palavra cruz, na Bíblia, algumas vezes faz referência à cruz de madeira na qual o Senhor Jesus foi cravado e posto para morrer, no Calvário. Isto é precisamente o que São Paulo tinha em sua mente quando falou aos Filipenses que Cristo “foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.8). Contudo, esta não era a cruz na qual São Paulo se gloriava. Ele esquivar-se-ia com horror da idéia de gloriar-se em um mero pedaço de madeira. Eu não tenho quaisquer dúvidas de que ele denunciaria a adoração católica romana do crucifixo como profana, blasfema e idolátrica.

A cruz, em outras vezes, é atinente às aflições e provações que os crentes atravessam pela causa da religião que professam, quando seguem a Cristo fielmente. Este é o sentido no qual nosso Senhor usa a palavra, quando diz: “Aquele que não toma a sua cruz, e segue-me, não é digno de mim” (Mt 10.38). Este também é o sentido no qual Paulo usa a palavra quando escreve aos Gálatas. Ele conhecia bem esta cruz. Deveras, ele a carregava pacientemente; no entanto, também não é sobre isto que ele está falando aqui.

Mas a palavra cruz também se refere, em alguns outros lugares da Escritura, à doutrina de que Cristo morreu pelos pecadores sobre a cruz, - a expiação que Ele fez pelos pecadores, por Seus sofrimentos em favor deles sobre a cruz – o completo e perfeito sacrifício pelo pecado que Jesus ofereceu quando deu Seu próprio corpo para ser crucificado. Em suma, este termo, “a cruz”, aponta para Cristo crucificado, o único Salvador. Este é o significado no qual Paulo usa a expressão, quando fala aos coríntios: “A pregação da cruz é loucura para os que perecem” (1 Co 1.18). E este também é o significado do que ele escreveu aos Gálatas: “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Ele está dizendo simplesmente isto: “Eu não me glorio em nada mais, exceto em Cristo crucificado, como a salvação de minha alma”.

Leitor, Jesus Cristo crucificado era a alegria e o deleite, o conforto e a paz, a esperança e a confiança, a fundação e o lugar de descanso, a arca e o refúgio, o alimento e o remédio da alma de Paulo. Ele não considerava que teria de executar algo por si mesmo ou padecer por si mesmo. Ele não era mediado por sua própria bondade e nem por sua própria retidão. Ele amava pensar naquilo que Cristo havia feito, e naquilo que Cristo havia sofrido - a morte de Cristo, a justiça de Cristo, a expiação de Cristo, o sangue de Cristo, a obra finalizada de Cristo. Nisto, sim, ele se gloriava. Este era o sol de sua alma.

Este era o assunto que sobre o qual ele amava pregar. O apóstolo Paulo foi um homem que percorreu a terra proclamando aos pecadores que o Filho de Deus havia derramado o sangue de Seu próprio coração para salvar-lhes. Ele caminhou por todos os lugares neste mundo falando às pessoas que Jesus Cristo as amava, a ponto de morrer pelos seus pecados sobre a cruz. Observe como ele diz aos coríntios: “Eu vos entreguei o que primeiro recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados” (1 Co 15.3); “eu me determinei a não saber de qualquer coisa entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.2). Ele – um blasfemo, fariseu perseguidor – havia sido lavado no sangue de Cristo; de tal modo a não poder deixar de sustentar sua paz sobre este sangue. Por isso ele nunca se cansava de falar da história da cruz.

Este foi o tema sobre o qual ele amava alongar-se quando escrevia aos crentes. É maravilhoso observar como suas epístolas geralmente são repletas dos sofrimentos e da morte de Cristo - como elas discorrem sobre "pensamentos que inspiram e palavras que ardem" sobre o amor e o poder das agonias de Cristo. Seu coração parece cheio deste assunto: ele discorre sobre isto constantemente e retoma o tema continuamente. É o fio de ouro que perpassa todo seu ensino doutrinário, e todas as exortações práticas. Ele parece pensar que mesmo para o cristão mais maduro nunca é demais ouvir sobre a cruz.

Foi sobre isto que ele viveu toda sua vida, desde o tempo de sua conversão. Ele diz aos gálatas: “A vida que agora eu vivo na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, o qual me amou, e a si mesmo se deu por mim” (Gl 2.20). O que o faz tão forte para o labor? O que o faz tão disposto para a obra? O que o faz tão incansável em esforçar-se para salvar alguns? O que o faz tão perseverante e paciente? Eu vou dizê-lo, qual o segredo disto tudo. Ele sempre se alimentava pela fé do corpo de Cristo e do sangue de Cristo. Jesus Cristo foi a comida e a bebida de sua alma.

E leitor, você pode estar convicto de que Paulo estava correto. Confiar nela, isto é, na cruz de Cristo, - a morte de Cristo sobre a cruz para fazer a expiação pelos pecadores – é a verdade central ao longo de toda a Bíblia. Esta é a verdade que encontramos logo ao abrirmos no livro do Gênesis. A semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente - isto não é outra coisa senão uma profecia de Cristo crucificado. Deveras, esta é a verdade que brilha, por trás do véu, em toda a lei de Moisés e na história dos judeus. Os sacrifícios diários, o cordeiro pascal, o contínuo derramamento de sangue no tabernáculo e no templo - tudo isto são sombras do Cristo crucificado. E esta é a verdade que também vemos ser honrada na visão do céu, antes do fechamento do livro das Revelações: “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto”(Ap 5.6). De fato, mesmo em meio à glória celestial nós encontramos uma visão de Cristo crucificado. Tire a cruz de Cristo, e a Bíblia será um livro obscuro. Ela seria como os hieróglifos egípcios, sem a chave que interpreta o seu significado – curiosa e maravilhosa, mas sem qualquer serventia real.

Leitor, observe bem o que eu lhe digo. Você pode conhecer uma boa porção da Bíblia. Pode conhecer os contornos das histórias nela contidas, e até a data dos eventos que a Bíblia descreve, assim como alguém pode conhecer a história da Inglaterra. Você pode conhecer os nomes dos homens e mulheres nela mencionados, assim como um homem conhece César, Alexandre o Grande, ou Napoleão. Você pode conhecer vários preceitos da Bíblia, e os admirar, assim como um homem admira Platão, Aristóteles, ou Sêneca. Mas se você ainda não descobriu que Cristo crucificado é o fundamento de cada livro, você tem lido a Bíblia até agora de modo muito pouco proveitoso. Sua religião é um céu sem um sol, um arco sem um fecho, um compasso sem uma agulha, um relógio sem molas ou valores, um candeeiro sem óleo. Ela não o confortará. Ela não livrará a sua alma do inferno.

Leitor, observe mais uma vez o que eu lhe digo. Você pode conhecer bastante acerca de Cristo, tendo alguma espécie de conhecimento intelectual. Você pode conhecer bem quem Ele foi, e onde Ele nasceu, e o que Ele fez. Você pode conhecer Seus milagres, Suas falas, Suas profecias, e Suas ordenanças. Você pode saber como Ele viveu, como Ele sofreu, e como Ele morreu. Contudo, pode-se conhecer o poder da cruz de Cristo experimentando-o; deveras - a menos que você saiba e reconheça que aquele sangue derramado sobre a cruz lavou seus próprios pecados particulares, e a menos que você esteja disposto a confessar que sua salvação depende inteiramente da obra que Cristo realizou sobre a cruz -, se não for esse o seu caso, Cristo não lhe será em nada proveitoso. Sim, o mero conhecimento do nome de Cristo jamais o salvará. Você deve conhecer a Sua cruz e o Seu sangue, ou então acabará morrendo em seus próprios pecados.

Leitor, enquanto você viver, tome cuidado com uma religião na qual não se ouve muito da cruz. Você vive em tempos nos quais a cautela, lamentavelmente, é necessária. Cuidado, eu repito, com uma religião sem a cruz.

Há centenas de lugares de adoração nestes dias, nos quais se encontram quase todas as coisas, exceto a cruz. Há carvalhos gravados, e pedras esculpidas; há vidros coloridos, e pinturas esplêndidas; há serviços solenes, e uma constante série de ordenanças; mas a cruz real de Cristo não há. Jesus crucificado não é proclamado no púlpito. O Cordeiro de Deus não é exaltado, e a salvação mediante a fé n’Ele não é livremente proclamada. E, por conseguinte, todos estes lugares estão em erro. Leitor, acautele-se de tais lugares de adoração. Eles não são apostólicos. Eles não haveriam de satisfazer a São Paulo.

Há milhares de livros religiosos publicados hodiernamente, nos quais se acham quase todas as coisas, exceto a cruz. Eles são plenos de direcionamentos sobre os sacramentos, e louvores da Igreja; eles abundam em exortações para uma vida santa, e em regras para a consecução da perfeição; eles apresentam fartura de fontes e cruzes, tanto interna quanto externamente; mas a cruz real de Cristo é deixada de fora. O Salvador e Seu amor agonizante tampouco são mencionados, ou o são de um modo anti-escriturístico. E, por conseguinte, todos estes livros são piores do que imprestáveis. Eles são não apostólicos. Eles jamais satisfariam a São Paulo.

Leitor, São Paulo não se gloriava em nada mais, a não ser na cruz. Esforce-se para também ser assim. Coloque Jesus crucificado sempre diante dos olhos de sua alma. Não ouça qualquer ensino que interponha algo entre você e Ele. Não caia no antigo erro dos gálatas. Não pense que alguém nestes dias seja melhor guia do que os apóstolos. Não se envergonhe das antigas veredas, nas quais percorreram homens que foram inspirados pelo Espírito Santo. Não deixe que a conversa vazia de homens que proferem grandes palavras dilatadas sobre a catolicidade, e a igreja, e o ministério, perturbem a sua paz, e o façam despreender-se da cruz. As igrejas, os ministros e os sacramentos são todos importantes a seu próprio modo, mas eles não são Cristo crucificado. Não dê a glória de Cristo a nenhum outro. “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.

Leitor, pus tais pensamentos diante de sua mente. O que você pensa agora sobre a cruz de Cristo? Eu não posso dizer; mas não posso desejar a você algo melhor do que isto – que você possa ser capaz de dizer com o apóstolo Paulo, antes de você morrer ou apresentar-se ao Senhor, “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Amém.

J.C. Ryle - Fonte: Site "Em Espírito" - http://www.emespirito.hpg.ig.com.br/

O Único Mediador

O verdadeiro evangelho é aquele que fala sobre o único Mediador entre Deus e os homens - Cristo


Se a morte de Cristo na cruz é o verdadeiro significado de sua encarnação, não existe evangelho sem a cruz. O nascimento de Cristo, por si mesmo, não é a essência do evangelho. Mesmo a ressurreição, embora seja importante no plano geral da salvação, não é o cerne do evangelho. As boas-novas não consistem apenas no fato de que Deus se tornou homem, ou de que Ele falou com o propósito de revelar-nos o caminho da vida, ou de que a morte, o grande inimigo, foi vencida. As boas-novas estão no fato de que Deus lidou com nosso pecado (do que a ressurreição é uma prova); que Jesus sofreu o castigo como nosso Representante, de modo que nunca mais tenhamos de sofrê-lo; e que, por isso mesmo, todos os que crêem podem antegozar o céu. Gloriar-se na Pessoa e nos ensinos de Cristo somente é possível para aqueles que entram em um novo relacionamento com Deus, por meio da fé em Jesus como seu Substituto. A ressurreição não é apenas uma vitória sobre a morte, mas também uma prova de que a expiação foi satisfatória aos olhos do Pai (Rm 4.25) e de que a morte, o resultado do pecado, foi abolida por causa desta satisfação. Qualquer evangelho que proclama somente a vinda de Cristo ao mundo, significando a encarnação sem a expiação, é um falso evangelho. Qualquer evangelho que proclama o amor de Deus sem ressaltar que seu amor O levou a pagar, na pessoa de seu Filho, na cruz, o preço final pelos nossos pecados, é um falso evangelho. O verdadeiro evangelho é aquele que fala sobre o “único Mediador” (1 Tm 2.5-6), que ofereceu a Si mesmo por nós. E, assim como não pode haver um evangelho que não apresenta a expiação como o motivo para a encarnação, assim também sem a expiação não pode haver vida cristã. Sem a expiação, o conceito de encarnação facilmente se degenera num tipo de deificação do homem, levando-o a arrogância e auto-exaltação. E além disso, com a expiação (ou sacrifício) como a verdadeira mensagem da vida de Cristo e, por conseguinte, também da vida do cristão, quer homem ou mulher, esta deverá conduzi-lo à humildade e ao auto-sacrifício em favor das reais necessidades de outros. A vida cristã não demonstra indiferença àqueles que estão famintos e doentes ou têm qualquer outra dificuldade. A vida cristã não consiste em contentar-nos com as coisas que temos, ou com um viver da classe média, desfrutando de uma grande casa, carros novos, roupas finas e boas férias, ou com uma boa formação educacional, ou com a riqueza espiritual de boas igrejas, Bíblias, ensino correto das Escrituras, amigos ou uma comunidade cristã. Pelo contrário, a vida cristã envolve a conscientização de que outros carecem de tais coisas; portanto, precisamos sacrificar nossos próprios interesses, para nos identificarmos com eles, comunicando-lhes cada vez mais a abundância que desfrutamos...Viveremos inteiramente para Cristo somente quando estivermos dispostos a empobrecer, se necessário, para que outros sejam ajudados.



Pr. J Miranda- Fonte: Fé para Hoje

Comunhão com Deus

“O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo” (1 João 1:3) .

Mas vocês sabem, irmão, que palavra “comunhão” não significa somente concórdia de coração, como também implica no cuidado de levar essa concórdia um pouco mais longe, na conversação ou na mútua comunhão. Queira o Espírito Santo conceder que não digamos uma palavra que não se verifique estritamente pela nossa experiência! Mas espero que possamos dizer que temos conversado com o divino Pai. Não O vimos jamais, nem contemplamos Sua forma. Não nos foi dado, como o foi a Moisés, ser colocados na fenda da rocha e vê-lo por trás, ou ver o séquito do invisível Jeová; contudo, temos falado com Ele; temos dito a Ele:“Aba, Pai”; temo-lO saudado com aquele tratamento que veio do nosso coração: “Pai nosso, que estás no céu”. Temos tido acesso a Ele de tal maneira que não é possível que nos tenhamos enganado. Nós O encontramos e, pelo precioso sangue de Cristo, chegamos até os Seus pés, expusemos a nossa causa diante dEle e enchemos a nossa boca de argumentos; e não foi só do nosso lado que houve fala, pois a Ele aprouve derramar, por Seu Espírito, o Seu amor em nosso coração. Enquanto nós sentimos o Espírito de adoção, Ele, por outro lado, mostrou-nos a amorosa bondade de um terno Pai. Sentimos, embora não se ouvisse nenhum som; sabemos, embora nenhum mensageiro angélico nos tenha dado testemunho algum, que o Seu Espírito deu “testemunho com o nosso espírito de que nascemos de Deus”. Fomos abraçados por Ele — não mais estando à distância; fomos “trazidos para perto pelo sangue de Cristo”. Espero, meus irmãos e minhas irmãs, que vocês podem, que cada um de vocês pode dizer, — ainda que preferindo ser mais profundos que isso — Em todas essas coisas tenho tido comunhão com o Pai, pois tenho conversado com Ele, e Ele tem falado comigo”.*



Charles Haddon Spurgeon - Citado por Lloyd-Jones

O Poder de sua Ressurreição

“Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição...” (Fp. 3:10, RA)
A doutrina da ressurreição do Salvador é extremamente preciosa. A ressurreição é a pedra angular do edifício do cristianismo. É o pilar do arco da nossa salvação. Seria necessário um livro inteiro para mostrar todas as correntes de água viva que fluem desta fonte sagrada, a ressurreição de nosso querido Senhor e Salvador Jesus Cristo; mas saber que Ele ressuscitou, e ter comunhão com Ele como tal - relacionar-se com o Salvador ressurreto em conseqüência de uma vida restaurada; vê-lo deixar o túmulo como resultado de nós mesmos termos deixado o túmulo do mundanismo - é ainda mais precioso. A doutrina é o fundamento da prática, mas, tal como a flor é mais encantadora do que a raiz, assim também a prática da comunhão com o Salvador ressuscitado é muito mais encantadora do que a própria doutrina. Gostaria de fazê-lo crer que Cristo ressuscitou dos mortos para que cantasse isto, e de dar-lhe todo o consolo possível para que entendesse este fato com certeza e testemunho; mas, até lá, eu lhe imploro, não se dê por satisfeito.  Embora você não possa, como os discípulos, vê-Lo visivelmente, mesmo assim eu lhe digo para desejar ver Jesus Cristo com os olhos da fé; e, embora não possa, como Maria Madalena, "tocá"-Lo, mesmo assim você pode ter o privilégio de conversar com Ele, e saber que Ele ressuscitou, e que você mesmo foi ressuscitado Nele em novidade de vida. Conhecer o Salvador crucificado porque Ele crucificou todos os meus pecados, é muito bom; mas, conhecer o Salvador ressuscitado porque Ele me justificou, e entender que Ele me deu nova vida, tornando-me uma nova criatura por meio de Sua própria novidade de vida, é uma experiência ainda mais sublime: sem isto, ninguém ouse ficar satisfeito. Que você possa "conhecê-Lo e o poder da Sua ressurreição." Por que razão as almas ressuscitadas com Jesus vestiriam mortalhas mundanas e incrédulas? Ressuscita, pois o Senhor ressuscitou.

Charles Haddon Spurgeon   - Tradução: Mariza Regina Souza