A observância do dia do Senhor é
uma expressão do amor de Deus por nós e uma oportunidade para estreitarmos
nossa comunhão com ele e nos deleitarmos nele. Devemos nos alegrar em Deus mais
do que nas bênçãos de Deus. Deus é melhor do que suas dádivas.
CAPÍTULO
XIII
DA ADORAÇÃO E DO DIA DE DESCANSO (= sábado)
Cap. XIII
- Artigo 26 da C Fé da IECCM-
Cremos que é dever do povo de Deus prestar-Lhe adoração. Essa adoração
deve ser prestada segundo os princípios das Sagradas Escrituras e nunca
conforme a imaginação e invenção humanas. A adoração que prestamos a Deus
através dos cultos deve constar de Cânticos, Orações (de louvor,
intercessórias, de consagração, de confissão, de gratidão), pregações,
instruções e aconselha-mentos, sempre dentro de princípios bíblicos,
evidenciando um culto racional, segundo o ensino do apóstolo Paulo. (1)
(1) Rm 12.1,2; Cl 3.16
(1) Rm 12.1,2; Cl 3.16
A substituição do
dia do Senhor
O sábado judaico foi substituído
pelo domingo, o dia do Senhor. O sábado marca o fim da obra da criação e o
domingo o fim da obra da redenção. Deus designou um dia inteiro em cada sete
(Is 56.2-7), que era o sábado desde o princípio do mundo até a ressurreição de
Cristo (Gn 2.3) e o domingo desde então, e há de assim continuar até o fim do
mundo (At 20.7; 1Co 16.2). Cristo consumou a obra da redenção na cruz e
ressuscitou no domingo (Mt 28.1-6). Ele apareceu aos seus discípulos no domingo
(Jo 20.19-29). Num domingo, o Espírito Santo foi derramado (At 2.1-4). Num
domingo, a igreja cristã se reunia para ofertar e adorar (1Co 16.2) e celebrar
a ceia (At 20.7). Num domingo Jesus apareceu a João na Ilha de Patmos para
trazer-lhe a revelação apocalíptica (Ap 1.10). Desde então, a igreja cristã, ao
longo dos séculos tem separado o primeiro dia da semana, o dia do Senhor, para
dedicar-se e consagrar-se a Deus e à sua obra.
O legado deixado
pelos nossos pais na observância desse dia
Os apóstolos, os nossos primeiros
pais, os reformadores, os puritanos e aqueles que nos legaram o evangelho tiveram
um santo zelo na observância do dia do Senhor. Entretanto, a secularização que
invadiu a nossa cultura tem influenciado de tal forma a igreja, que os cristãos
contemporâneos estão desprezando essa observância. Poucos são os crentes que se
preparam espiritualmente para virem à Casa de Deus no domingo. Muitas vezes,
enchemos de tal maneira a nossa agenda no sábado à noite, que no domingo
ausentamo-nos da igreja, ou chegamos atrasados ou até mesmo comparecemos, mas
com uma séria indisposição físico-mental para estudar as Escrituras. Há aqueles
que substituem o culto do dia do Senhor por quaisquer outros compromissos,
dando clara evidência de que relegam a um plano secundário a observância desse
preceito bíblico. Na verdade, temos pecado contra Deus neste aspecto.
Precisamos nos arrepender e voltarmo-nos ao ensino das Escrituras. Precisamos
preparar os nossos corações e de antemão ordenar os nossos negócios ordinários
(Ex 16.22-30; Ne 13.15-22; Lc 23.56), a fim de descansarmos de nossos labores
seculares (Ex 20.8-11; Jr 17.21,22) e recreações (Is 58.13,14) para nos
ocuparmos em exercícios públicos e particulares de culto e também nos deveres
de necessidade e misericórdia (Lc 4.16; Lv 23.3; At 20.7).
O desprezo do dia do
Senhor
O desprezo do dia do Senhor traz
consequências graves para a família e
para a igreja. As diversões, a televisão, os esportes, ou mesmo a
ociosidade no dia do Senhor estão levando os crentes à indolência espiritual.
Estamos sendo engolidos pelo secularismo que despreza a Deus e sua Santa Palavra.
Precisamos nos voltar para o Senhor, lembrarmo-nos do dia do Senhor com Santo deleite e profusa alegria. Na
geração do descompromisso, do relativismo moral, da apatia espiritual, do misticismo heterodoxo, é preciso que a
igreja se arrependa, se humilhe e se levante no poder do Espírito para viver de
modo digno de Deus. É tempo de resgatarmos a observância fiel e zelosa do dia
do Senhor!
Na Inglaterra puritana o dia de feira era o principal dia de negócios e atividade social.
Fazendeiros. Na crença de que Deus destinou o dia
do Senhor para celebração.
O puritano John Owen observa que esse dia foi tomado pelo secularismo barato. Essa era a continuação de uma nova prática
estabelecida pelos apóstolos após o ... que o primeiro dia da semana é 'o dia da feira da alma'.