“Tudo o que eu te ordeno, observarás; nada lhe acrescentarás nem diminuirás.” - Deuteronômio 12.32
“Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando.” - Deuteronômio 4.2
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.” - Gálatas 1.8
Anglada, mais uma vez, corrobora com a veracidade da suficiência: "Embora as Escrituras não sejam exaustivas, elas são suficientes em matéria de fé e prática. Nelas o homem encontra tudo o que deve crer e tudo o que Deus requer dele para que seja salvo, sirva-o, adore-o e viva de modo que lhe seja agradável. Damo-nos por satisfeitos com as Escrituras e repudiamos as tradições humanas e supostas novas revelações do Espírito". [6]
Na Confissão Belga, de forma uníssona concordamos e afirmamos: "Cremos que a sagrada Escritura contém perfeitamente a vontade de Deus e que ensina suficientemente tudo aquilo que o homem precisa saber para ser salvo. Nela está detalhado e escrito cabalmente o modo de adoração que Deus requer de nós. Por isso, não é lícito a ninguém, nem mesmo a apóstolos, nada ensinar que seja diferente daquilo que agora nos ensina a Sagrada Escritura.; sim, nem que seja 'um anjo vindo do céu', como afirma o apóstolo Paulo (Gl 1.8). A proibição de acrescentar ou retirar qualquer coisa da Palavra de Deus (Dt 12.32), é evidência que a doutrina nela contida é perfeitíssima e completíssima em todos os sentidos. Não nos é permitido considerar quaisquer escritos de homens, por mais santos que tenham sido, como de igual valor ao das Escrituras Divinas; nem devemos considerar que costumes, maiorias, antigüidade, sucessão de tempos e de pessoas, concílios, decretos ou estatutos tenham o mesmo valor de verdade de Deus, porque a verdade está acima de tudo." [7]
E, diante desse contexto, onde a igreja já não valorizava as Escrituras, que os reformadores bradaram o Sola Escriptura e Tota Scriptura, lutaram e viveram com esse ardor, essa chama que não apagava dia após dia. Martirizados, ou levados às últimas instâncias, marcaram seu tempo e sua época com a sua vida. A piedade acompanhava a práxis. Para nós, um grade exemplo de fé e prática, sejamos desafiados a restaurar as antigas verdades, um dever de cada geração.
“E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Pois se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla no espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esquece de como era. Entretanto aquele que atenta bem para a lei perfeita, a da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas executor da obra, este será bem-aventurado no que fizer.” - Tiago 1.22-25
Seguindo um lema dos reformadores: “Ecclesia reformata, semper reformanda”.
próprio Apóstolo Paulo, falando a Timóteo, enfatizou a suficiência das Escrituras. Apontando para o seu proveito no ensino, na repreensão, na correção, na instrução em justiça, dessa forma o cristão esta preparado para toda boa obra.
Fonte:
Mon. Pr. J Miranda
ANGLADA, Paulo. Sola Scriptura. p.188.
Confissão de Fé de Westminster, capítulo I-VIII.