segunda-feira, 2 de junho de 2014

O Poder Regenerador do Espírito Santo - Pr. J Miranda




Assim como o caráter de cada indivíduo é formado desde o berço, nosso caráter cristão também passa a ser moldado desde o primeiro passo de nossa caminhada com Cristo, ou seja, no ato regenerador do Espírito Santo (II Coríntios 5.17). Os valores do Reino de Deus passam a ser impressos em nós, tomando o primeiro lugar em nosso íntimo, para que verdadeiramente possamos ser seguidores de Jesus Cristo genuinamente no meio de uma geração corrupta.
Deus usa de muitos meios e formas para que o caráter de seus filhos seja formado, mas sem dúvida alguma, o principal fator de influência é o agir da Palavra dEle na vida de cada um, bem como o consolo e direção que o Espírito Santo dá aos seus (Ef 1.13). Afinal, o que pode ser considerado como um caráter cristão? Podemos relacionar alguns pontos, que evidentemente, não serão os únicos:
Não se trata apenas de bons valores morais. Apesar do cristianismo carregar implicitamente um forte viés moral, pois a Bíblia nos dá parâmetros morais – o caráter cristão não está repousando apenas sobre o fato de ser “bom”. A boa moral está contida, mas de modo algum é o todo. Cada um de nós pode dar exemplos de pessoas que confessam ser cristãs, mas que não são bons exemplos de conduta digna, bem como pessoas não-cristãs que são cidadãos de bem.
O cristão genuinamente bíblico admite suas falhas. Cada um de nós, sem exceção, é um pecador (Rm 3.23). Todos temos o pecado dentro de nós, e isso produz limitações e consequentemente falhas. A virtude dos regenerados é de ter um caráter novo e ser transparente, é ter dignidade suficiente para admitir que é limitado e que depende completamente da misericórdia e graça do Senhor.
Enfim, o poder regenerador do Espírito Santo molda, cria e controla os impulsos pecaminosos e traz um censo de maturidade, assim amados conseguiremos controlar situações que de algum modo podem manchar a marca de Jesus em nós, afetando nosso testemunho cristão. Neste ponto de plenitude, não haverá espaço para amargura, ira, discórdia, egoísmo, arrogância, discussões, facções. Apesar de eventualmente tais coisas ocorrerem, precisam ser enfrentadas e enfraquecidas. Nosso ser por completo, mente, atitude, palavras, precisa ser um meio de culto e adoração permanente com efeitos do fruto do Espírito de Cristo (Gl 5.22).