segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Clamor de Agur pr. J Miranda

A                                                                         

Entre os mais variados assuntos dos quais trata, o livro de Provérbios, tem lições preciosas sobre a oração. Nele descobrimos exemplos de um coração cheio de sinceridade: Agur expressa o que deseja o seu coração.
"Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus" (Pv 30:7-9).
Há neste versículo uma frase que demonstra um tremendo anseio em ter uma vida de acordo com a vontade de Deus: "antes que eu morra". Os dois pedidos apontam para uma só coisa: Enquanto vivendo neste corpo, estar em perfeita sintonia com a vontade do Senhor. O que fazemos, enquanto vivendo neste corpo, pode honrar ou desonrar a pessoa do nosso Deus; pode exaltá-lo ou envergonhá-lo.
A seguir Agur passa aos pedidos propriamente ditos e nos põe em contato com o desejo mais singelo de um coração crente.
Ele pede a Deus que faça dele um homem integro como Jó. Que Ele lhe dê um caráter verdadeiro. Primeiro pede que Deus afaste dele a falsidade, o fingimento. Falsidade aqui é traduzida da palavra hebraica shâw que denota aquela falsidade premeditada que age irresponsavelmente levando a um comportamento fútil.
Em outras palavras, ele pede a Deus que faça dele um homem legitimo com atitudes legitimas. Que não permita que ele seja um "duas caras", que suas palavras sejam sinceras, que seus relacionamentos sejam sinceros, que seus negócios sejam sinceros, que suas atitudes sejam sinceras etc., etc.
Falsidade e mentira andam de mãos dadas. Onde uma se faz presente a outra também está. O servo de Deus deve orar pedindo que ele o livre destes dois terríveis pecados, pois caso contrário, até mesmo as suas orações não serão ouvidas.
(ex.: Pv 28:9: "O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável"; Pv 15:8: "O sacrifício dos perversos é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento" e Pv 15:29 "O Senhor está longe dos perversos, mas atende à oração dos justos").
As circunstancias nas quais vivemos irmãos, são um perigo para o nosso caráter. Principalmente no que diz respeito à nossa situação financeira. Este homem desejava ter uma vida simples sem dinheiro e luxo desnecessários.

Não queria ser rico, pois sabia que a riqueza é um perigo para o servo de Deus. O abastado passa a confiar na sua riqueza e se esquece de depender de Deus. A riqueza é um laço que amarra o nosso coração às coisas deste mundo (ex.: O jovem rico e o fazendeiro rico). Assim somos impedidos de vivermos como cidadãos dos céus, como peregrinos em terra estranha. A igreja de Deus precisa clamar ao Senhor: não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, “venha a furtar e profane o nome de Deus” (Pv 30:7-9).