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Entre
os mais variados assuntos dos quais trata, o livro de Provérbios, tem lições
preciosas sobre a oração. Nele descobrimos exemplos de um coração cheio de
sinceridade: Agur expressa o que deseja o seu coração.
"Duas
coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade
e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for
necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o
SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus"
(Pv 30:7-9).
Há
neste versículo uma frase que demonstra um tremendo anseio em ter uma vida de
acordo com a vontade de Deus: "antes que eu morra". Os dois pedidos
apontam para uma só coisa: Enquanto vivendo neste corpo, estar em perfeita
sintonia com a vontade do Senhor. O que fazemos, enquanto vivendo neste
corpo, pode honrar ou desonrar a pessoa do nosso Deus; pode exaltá-lo ou
envergonhá-lo.
A
seguir Agur passa aos pedidos propriamente ditos e nos põe em contato com o
desejo mais singelo de um coração crente.
Ele
pede a Deus que faça dele um homem integro como Jó. Que Ele lhe dê um caráter
verdadeiro. Primeiro pede que Deus afaste dele a falsidade, o fingimento.
Falsidade aqui é traduzida da palavra hebraica shâw que denota aquela
falsidade premeditada que age irresponsavelmente levando a um comportamento
fútil.
Em
outras palavras, ele pede a Deus que faça dele um homem legitimo com atitudes
legitimas. Que não permita que ele seja um "duas caras", que suas
palavras sejam sinceras, que seus relacionamentos sejam sinceros, que seus
negócios sejam sinceros, que suas atitudes sejam sinceras etc., etc.
Falsidade
e mentira andam de mãos dadas. Onde uma se faz presente a outra também está.
O servo de Deus deve orar pedindo que ele o livre destes dois terríveis
pecados, pois caso contrário, até mesmo as suas orações não serão ouvidas.
(ex.:
Pv 28:9: "O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração
será abominável"; Pv 15:8: "O sacrifício dos perversos é abominável
ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento" e Pv 15:29
"O Senhor está longe dos perversos, mas atende à oração dos justos").
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As circunstancias nas quais vivemos irmãos, são
um perigo para o nosso caráter. Principalmente no que diz respeito à nossa
situação financeira. Este homem desejava ter uma vida simples sem dinheiro e
luxo desnecessários.
Não queria ser rico, pois sabia que a riqueza
é um perigo para o servo de Deus. O abastado passa a confiar na sua riqueza e
se esquece de depender de Deus. A riqueza é um laço que amarra o nosso coração
às coisas deste mundo (ex.: O jovem rico e o fazendeiro rico). Assim somos impedidos
de vivermos como cidadãos dos céus, como peregrinos em terra estranha. A igreja de Deus precisa clamar ao Senhor: não
me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não
suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que,
empobrecido, “venha a furtar e profane o nome de Deus” (Pv 30:7-9).