sábado, 30 de junho de 2012


A cada dia um vento de doutrina


Nós somos assaltados por todo tipo de doutrinas novas. A velha fé é atacada por assim-chamados “reformadores” que adorariam reformá-la completamente. Eu espero ouvir notícias de alguma doutrina nova uma vez por semana. Tão freqüentemente como a lua muda, um ou outro profeta é movido a propor alguma nova teoria, e acreditem, ele lutará mais bravamente por sua novidade do que jamais fez pelo Evangelho. O descobridor se acha um Lutero moderno, e da sua doutrina ele pensa como Davi pensou da espada de Golias: "Não há outra semelhante."

Como Martinho Lutero disse de alguns nos seus dias, estes inventores de novas doutrinas encaram suas descobertas como uma vaca diante de um portão novo, como se não houvesse nada mais no mundo para se encarar. Eles esperam que todos nós fiquemos loucos por seus modismos e marchemos de acordo com o seu apito. Ao que nós damos ouvidos? Não, nem por uma hora.

Charles H. Spurgeon

Ladrões de ovelhas - Por C.H. Spurgeon (1834)



Por C.H. Spurgeon (1834-1892)
Não consideramos como ganhar almas roubar membros de outras igrejas já estabelecidas, e ensinar-lhes nosso shiboleth peculiar, isto é, as coisas que caracterizam nossa igreja ou denominação. Nosso objetivo é levar almas a Cristo, antes que conseguir adeptos para nossa igreja.
Não faltam ladrões de ovelhas. Deles nada direi, exceto que não são “irmãos” ou, pelo menos, não agem de maneira fraternal. A juízo de seu Mestre, permanecem ou caem. Achamos que é suma baixeza construir nossa casa com os escombros das mansões de nossos vizinhos. Preferimos mil vezes extrair nós mesmos as pedras da pedreira.
Desejamos que as igrejas prosperem porque Deus abençoa os homens por meio delas, e não por causa das igrejas em si. Há uma espécie de egoísmo em nossa avidez pelo engrandecimento do nosso grupo. Que Deus nos livre deste mau espírito! O crescimento do reino é mais desejável do que aumento de um grupo sectário.
O nosso grande objetivo não é a revisão de opiniões, mas sim a regeneração da natureza das pessoas. Queremos levar os homens a Cristo, e não aos nossos conceitos particulares do cristianismo. Nosso primeiro cuidado é no sentido de que as ovelhas se reúnam com o grande Pastor. Haverá tempo depois para mantê-las seguras em nossos diversos apriscos. Fazer prosélitos é bom trabalho para fariseus; conduzir almas a Deus é o honroso propósito dos ministros de Cristo

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Palavrão? @#%*!!!! Como assim?! Postado por Augustus Nicodemus Lopes



O Solano Portela já escreveuaqui sobre palavrão. Acredito que ele já mostrou com clareza os argumentos bíblicos para que os seguidores de Jesus não fiquem usando palavrões em suas comunicações, faladas ou escritas. Há outros argumentos baseados no bom senso, educação e etc.

É que de vez em quando leio os murais e comentários de alguns dos mais de 3 mil "amigos" que tenho no Facebook e não poucas vezes me deparo com murais compartilhando fotos meio-eróticas, palavrões, para não falar de comentários cheios de palavras chulas e palavrões do pior tipo. Sei que boa parte destes amigos não são crentes em Jesus Cristo. Mas estou me referindo aos que se identificam como crentes, que postam tanto declarações de fé e amor a Jesus quanto material chulo.

Os argumentos a favor do uso de palavrões pelos crentes podem parecer bons: todo mundo usa, trabalho ou estudo num ambiente de descrentes e não quero parecer um ET, não tenho nenhuma intenção maligna ou pornográfica, etc.

O problema - para os crentes que tomam a Bíblia como regra de fé e prática e como o referencial de Deus para suas vidas - é o que fazer com estas passagens:

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem" (Ef 4:29).

"3 Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos;  4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças.  5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.  6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.  7 Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef 5:3-7).

"34  Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.  35 O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.  36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;  37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mat 12:34-37).

"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1Cor 15:33)".

"Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar" (Col 3:8).

"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um" (Col 4:6).

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". (Filip 4:8).

As interpretações destes versículos podem variar entre si, mas resta pouca dúvida de que o conjunto deles traz uma mensagem uniforme: o filho de Deus é diferente do mundo, no que pensa e no que fala. A pureza e a santidade requeridas na Bíblia para os cristãos abrange não somente seus atos como também seus pensamentos e suas palavras.

Eu sei que muitos vão dizer que o problema é a definição de palavrão. Entendo. Sei que palavras que ontem arrepiavam os cabelos de quem as ouviam, hoje viraram parte do vocabulário normal. Sei também que palavras que são palavrão numa região do Brasil não são em outra. Mesmo considerando tudo isto, ainda há muitos cristãos que usam palavrões no sentido geral e normal. É só ler blogs, comentários em blogs, murais e comentários no Facebook, tuítes da parte de gente que se diz crente.

Acho que a vulgarização do vocabulário dos evangélicos é simplesmente o reflexo do que já temos dito aqui muitas outras vezes: o cristianismo brasileiro é superficial, tem muita gente que se diz evangélica mas que nunca realmente experimentou o novo nascimento, as igrejas evangélicas estão cedendo ao mundanismo e ao relativismo da nossa sociedade. em vez de sermos sal e luz estamos nos tornando iguais ao mundo no viver, agir, pensar e falar

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tópicos para Conversação Quando um Homem e uma Mulher Estão Considerando Casar



Em cada uma dessas seções poderia ser adicionado um item que eu não listei, a saber: Como você lida e vive com diferenças? Como você decide quais diferenças podem permanecer sem arriscar o relacionamento? À medida que você lida com cada subtítulo, incluía isso na discussão.

Teologia
  • O que você crê sobre… tudo?
  • Tente ler, por exemplo, a Confissão de Fé de Westminster para ver onde cada um diverge nas várias doutrinas bíblicas.
  • Descubra como você forma suas visões. Qual é o processo de raciocínio e crença? Como você manuseia a Bíblia?
Adoração e Devoção
  • Quão importante é a adoração coletiva? E outra participação na vida da igreja?
  • Quão importante é ser parte de um pequeno grupo de apoio e supervisão?
  • Qual é a importância da música na vida e na adoração?
  • Quais são as suas práticas diárias devocionais? Oração, leitura, meditação, memorização.
  • Com o que nossas devoções familiares pareceriam? Quem dirigirá isso?
  • Estamos fazendo isso agora de uma forma apropriada: orando juntos sobre as nossas vidas e futuro, lendo a Bíblia juntos?
Marido e Esposa
  • Qual é o significado de liderança e submissão na Bíblia e em nosso casamento?
  • Quais são as expectativas sobre as situações onde um de vocês possa estar sozinho com alguém do sexo oposto?
  • Como as tarefas são divididas em casa: limpeza, cozinha, lavar os pratos, cuidar do quintal, manutenção do carro, reparos, compra de alimentos e coisinhas da casa?
  • Quais as expectações sobre a sensação de estar juntos?
  • O que é uma noite não-especial ideal?
  • Como você entende por quem e como o sexo deve freqüentemente ser iniciado?
  • Quem ica com o talão de cheques — ou existem dois?
Filhos
  • Deveríamos ter filhos? Por quê? Quando?
  • Quantos?
  • Distância entre um e outro?
  • Consideraremos a adoção?
  • Quais são os padrões de comportamento?
  • Quais são as formas apropriadas de discipliná-los? 
  • Quais são as expectativas de tempo gasto com eles e que horário eles irão para a cama?
  • Quais sinais de afeições você mostrará para eles?
  • E a escola? Home school? Escola cristã? Escola pública?
Estilo de vida
  • Casa própria ou não? Por quê?
  • Que tipo de vizinhança? Por quê?
  • Quantos carros? Novo? Usado?
  • Visão de dinheiro em geral. Quanto para a igreja?
  • Como você toma decisões com respeito a dinheiro.
  • Onde você comprará suas roupas: Loja de departamentos? Brechó? Em ambos? Por quê?
Entretenimento
  • Quanto deveríamos gastar com entretenimento?
  • Quão freqüente devemos comer fora? Onde?
  • Que tipo de férias são apropriadas e úteis para nós?
  • Quantos brinquedos? Sky, bote, barraca?
  • Deveríamos ter uma televisão? Onde? O que é apropriado assistir? Quanto tempo?
  • Quais são os critérios para cinema, teatro e filmes de DVD? Qual será a nossa linha de direção para as crianças?
 Conflito
  • O que lhe deixa irado?
  • Como você lida com sua frustração ou ira?
  • Deveríamos levantar um assunto que é desagradável?
  • O que fazer se discordarmos sobe o que deveria ser feito, E seja sobre algo sério?
  • Iremos nos deitar irado um com o outro?
  • Qual é a nossa visão de conseguir ajuda de amigos ou conselheiros?
Trabalho
  • Quem é o principal sustentador?
  • A esposa deveria trabalhar fora de casa? Antes de ter filhos? Com os filhos em casa? Após os filhos crescerem?
  • Qual é a sua visão de babá para os filhos?
  • O que determina onde você irá morar? Trabalho? Qual trabalho? Igreja? Família?
Amigos
  • É bom fazer coisas com amigos, mas sem o noivo ou sem o cônjuge?
  • O que vocês fariam se um de vocês realmente desejasse passear com certa pessoa, e o outro não?
Saúde e Doença
  • Você tem ou teve alguma doença ou problema físico que poderia afetar o nosso relacionamento? (Alergias, câncer, apetite desordenado, doença venérea, etc.)
  • Você crê na cura divina? Como você oraria com relação ao cuidado médico?
  • O que você pensa sobre exercício e comida saudável?
  • Você tem algum hábito que afete a sua saúde?

terça-feira, 26 de junho de 2012

Um Inferno Fácil - Thomas Watson



“Aprendi a viver  contente em toda e qualquer situação. Sei estar
abatido, e sei também ter abundância. Em todas e quaisquer
circunstâncias, aprendi o segredo de estar contente – seja na fartura ou na
fome, quer na abundância ou em necessidade.” (Filipenses 4:11-12,
versão do autor)
Não importa qual aflição ou tribulação um filho de Deus possa
enfrentar – esse é todo o inferno que ele terá!  Qualquer que seja o eclipse sobre o
seu nome ou bens – é apenas uma pequena nuvem que em breve se dissipará – e
então o seu inferno será passado!
A morte começa o inferno do ímpio.
A morte termina o inferno do piedoso.
Pense consigo mesmo: “O que é a minha aflição? É somente um
inferno temporário. Na verdade, se todo o meu inferno está aqui na terra – ele é
apenas um inferno fácil. O que é o cálice da aflição, quando comparado com
o da condenação?”
Lázaro não conseguia nem migalhas de pão; estava tão doente que os
cães tinham piedade dele; e como se fossem seus médicos, lambiam suas
feridas. Mas esse foi um inferno fácil – os anjos logo tiraram Lázaro dali!
Se todo o nosso inferno está nesta vida – e no meio desse inferno,
temos o amor de Deus – então não é mais inferno, mas paraíso! Se todo o nosso
inferno está aqui sobre a terra, podemos ver o fim dele; ele toca apenas a
nossa pele, mas não pode tocar a alma. É um inferno de curta duração. Após uma
sombria noite de aflição, surge a brilhante manhã de glória!
Visto que nossas  vidas são curtas, nossas tribulações não podem ser
longas!
Assim como nossas riquezas tomam asas e voam, assim se dá com os
nossos sofrimentos!
Aprendamos então, a estarmos contentes, em toda e qualquer situação.

Fonte: Extraído do excelente livro The Art of Divine
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

domingo, 24 de junho de 2012

Utilize Métodos, mas não confie neles, confie em Deus


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Onze Conselhos aos Pastores Iniciantes - Dr. Joel Beeke



Dr. Joel Beeke

1. Ore, ore, ore. Jamais tome sobre si mesmo nenhuma responsabilidade da igreja sem temperá-la com oração. Lembre-se do conselho de John Bunyan: “Você pode fazer mais do que orar depois de ter orado, mas você não pode fazer nada mais do que orar até ter orado”. 

2. Estude, estude, estude. Mantenha-se nos pastos verdejantes da verdade em seus estudos. Conserve o seu hebraico e o seu grego. Prepare os seus sermões com muito cuidado. Escreva alguns artigos ou alguns livros para aprimoramento pessoal. Participe de algumas das conferências e seminários de que vale a pena participar, tão comuns em vários locais hoje. Volte ao seminário para estudar um pouco mais. Faça questão de trabalhar de forma que sua mente seja expandida. 

3. Pregue, pregue, pregue. Empregue o melhor da sua energia e vida, como Paulo, pregando Jesus Cristo (1 Co 2.2). Pregue com frequência. E quando o fizer, pregue de forma bíblica, doutrinária, experimental e prática. Pregue com paixão, apresentando a Palavra da vida “como um moribundo falando com outros moribundos”. 

4. Seja um modelo, seja um modelo, seja um modelo. Seja um modelo da verdade bíblica para com sua esposa, sua família, para com os que trabalham com você na igreja, sua congregação, e para com seus vizinhos. Decida-se, como Thomas Boston, a espalhar o perfume de Cristo onde quer que você vá. Como Robert Murray M’Cheyne, ore que o Espírito Santo possa torná-lo tão santo na terra quanto é possível que um pecador perdoado seja santo. Ore para que sua vida seja uma “carta viva”, seus sermões sejam escritos em sua vida prática. 

5. Delegue, delegue, delegue. Não dê aulas a todas as classes na sua igreja. Não seja o responsável pelo boletim dominical. Não tente regular e supervisionar todas as atividades dos seus colegas de trabalho. Delegue tudo o que for possível, de forma que você possa concentrar-se na oração, na pregação, no ensino, e no cuidado espiritual do rebanho. 

6. Treine, treine, treine. Treine o seu povo para as funções de liderança nos diversos ministérios da igreja. Gaste tempo extra com os jovens que podem servir como futuros presbíteros e diáconos, ou como líderes de diferentes atividades. Pela graça do Espírito, “desenvolva” futuros líderes. À medida que você os treina, dê-lhes liberdade para usar os dons e oriente a visão deles tanto quanto possível. Todo o tempo empregado nisso será muito bem gasto. 

7. Visite, visite, visite. Visite o seu rebanho fielmente – no hospital, em casa, e em toda hora de necessidade. Esteja presente quando precisarem de você. Sempre leia a Palavra e fale algumas poucas palavras edificantes sobre o texto, e ore em cada visita. Se você falhar nesse assunto, falhará em tudo mais. 

8. Ame, ame, ame. Muitos ministros falham porque negligenciam o amor às ovelhas. Ame e continue amando o seu povo por aquilo que são, e não pelo que você pensa que deveriam ser. Aceite-os como são e onde estão, e trabalhe com eles a partir desse ponto, sempre com paciência, lembrando que, se você não pode associar-se de forma amorosa com as pessoas onde elas estão, com o passar do tempo elas o rejeitarão. Considere-se como o tutor espiritual e o cuidador de uma grande família. Seja bondoso com cada um deles. Leve-os a sentir a sua preocupação por eles e por suas famílias. Faça perguntas que mostram o seu cuidado por eles. Regue-os com compaixão, quando estiverem em necessidade. À medida que o seu relacionamento cresce, sempre que for apropriado, não se acanhe de dizer-lhes que você os ama. E se você tiver inimigos na igreja, faça de tudo para amá-los também, como Jesus ordenou. 

9. Desfrute, desfrute, desfrute. Considere como inacreditável honra e alegria o fato de ser embaixador de Deus. Edward Payson (1783-1827) disse que com frequência batia palmas de alegria durante seu estudo particular porque Deus o tinha chamado para o ministério sagrado da Sua Palavra. A obra do ministério é uma tarefa pesada, mas também é cheia de alegria. Aprenda a considerar como sua força a alegria do Senhor, em Cristo (Ne 8.10). 

10. Renove, renove, renove. Preste atenção à sua saúde. Viva em intimidade com Deus, alimente-se de Cristo, beba intensamente do Espírito. Tire tempo para descansar, para deixar de lado todos os fardos, e para abrir-se à luz da Palavra e à direção do Espírito Santo. Lembre-se de que você é um mero receptáculo ou vaso, e não a fonte das águas vivas. Você não consegue dar aos outros aquilo que não apanhou primeiro para si mesmo. 

11. Persevere, persevere, persevere. Quando chegarem as tribulações e os inimigos perseguirem, não seja um mercenário que abandona as ovelhas. Persevere no cuidado por elas. Fique firme. Confie em Eclesiastes 11.1: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás”.


Dr. Joel Beeke
Em: Os Puritanos

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Provando da Bondade de Deus - Por Pr. J Miranda


Deus faz o bem a você porque ele ama muito fazer isso! Ele insiste no ato de amar você com todo o Seu coração e com toda a Sua alma. A felicidade de Deus transbordando em amor alegre é o fundamento e o exemplo de Hedonismo Cristão.
Eu fecho com um convite. Estas promessas preciosas e impressionantes não pertencem a todos. Existe uma condição. Não é uma condição de trabalho ou pagamento. Um Soberano infinitamente feliz não precisa de seu trabalho e já possui todos os recursos. A condição é que você se torne um Hedonista Cristão – que você pare de tentar pagar ou trabalhar para Ele ou de fugir Dele e, ao invés disso, comece a buscar com todo o seu coração a alegria incomparável da comunhão com o Deus Vivo.
Não faz caso da força do cavalo, nem se compraz nos músculos do guerreiro. 11 Agrada-se o SENHOR dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia. (Salmo 147:10-11)
A condição para herdar todas as promessas de Deus é que toda a esperança por felicidade que você tem posto sobre você, sua família, seu emprego e seu lazer seja transferida para Ele. “Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração” (Salmo 37:4).
Mesmo sem merecimento o Senhor se compadece de nós .

Exemplos Bíblicos de Hedonismo Cristão - POR J PIPER



 

Algumas vezes, uma ilustração vale mais que as mil palavras de uma definição abstrata. Então, ao invés de lhe dar uma definição precisa de Hedonismo Cristão, deixe-me começar oferecendo alguns exemplos bíblicos disso. Davi aconselha o Hedonismo Cristão quando ele ordena, “Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração” (Salmo 37:4, ACRF). E ele demonstra a essência do Hedonismo Cristão quando ele clama, “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Salmo 42:1-2). Moisés era um Hedonista Cristão (de acordo com Hebreus 11:24-27) porque ele rejeitou os “prazeres transitórios” do pecado, mas “considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão”. Os santos em Hebreus 10:34 eram Hedonistas Cristãos porque eles escolheram arriscar suas vidas ao visitar prisioneiros cristãos e aceitaram alegremente a confiscação de suas propriedades, uma vez que sabiam que eles mesmos possuíam algo melhor e permanente. O apóstolo Paulo recomendou o Hedonismo Cristão quando ele disse em Romanos 12:8, “quem exerce misericórdia, com alegria”. E Jesus Cristo, o pioneiro e aperfeiçoador de nossa fé, estabeleceu o melhor padrão de Hedonismo Cristão porque Seu deleite estava “no temor do SENHOR” (Isaías 11:3), e pela alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz a despeito da vergonha e agora está assentado à destra do trono de Deus (Hebreus 12:2).
O Hedonismo Cristão ensina que o desejo de ser feliz é dado por Deus e, portanto, não deve ser negado ou resistido, mas direcionado a Deus para sua satisfação. O Hedonismo Cristão não prega que qualquercoisa que você desejar será bom. Pelo contrário, que Deus lhe mostrou o que é bom e que está operando para lhe trazer alegria (Miquéias 6:8). E, uma vez que fazer a vontade de Deus lhe trará alegria, a busca da felicidade é uma parte essencial de todo esforço moral. Se você abandonar a busca por alegria (e assim se recusar a ser um hedonista, como uso o termo), você não poderá realizar a vontade de Deus. O Hedonismo Cristão afirma que os santos mais piedosos de cada era não descobriram  qualquer contradição ao dizer, por um lado, “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Filipenses 4:4). O Hedonismo Cristão não une a cultura da auto-gratificação que torna você um escravo de seus impulsos pecaminosos. O Hedonismo Cristão exige que não nos conformemos com este mundo, mas que sejamos transformados pela renovação de nossas mentes (Romanos 12:2), para que possamos desfrutar de fazer a vontade de nosso Pai Celestial. De acordo com o Hedonismo Cristão, alegria em Deus não é cereja opcional sobre o sorvete do cristianismo. Se você parar para pensar, verá que a alegria em Deus é uma parte essencial da fé salvadora.
Hoje, quero desvendar o fundamento do Hedonismo Cristão: a felicidade de Deus. Tentarei apoiar três observações das Escrituras: 1) Deus é feliz porque Ele Se deleita em Si mesmo. 2) Deus é feliz porque Ele é soberano. 3) A felicidade de Deus é o fundamento do Hedonismo Cristão porque ela transborda misericórdia sobre nós.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Santificando o Primeiro Dia da Semana - Pr. J Miranda


Qual o dia de descanso – sábado ou domingo?

Sempre que estudamos o quarto mandamento surge a pergunta: quem está certo? São os Adventistas, que indicam o sábado como o dia que ainda deveríamos estar observando, ou a teologia da Reforma, apresentada na Confissão de Fé de Westminster, e em outras confissões, que encontra aprovação bíblica e histórica para a guarda do domingo? Alguns pontos podem nos ajudar a esclarecer a questão:
1. Os pontos centrais de cumprimento ao quarto mandamento são: o descanso, a questão da separação de um dia para Deus, e a sistematização, ou repetibilidade desse dia. O dia, em si, é uma questão temporal, principalmente por que depois de tantas e sucessivas modificações no calendário é impossível qualquer seita ou religião afirmar categoricamente que estamos observando exatamente o sétimo dia. Nós usamos o calendário Gregoriano, feito no século 16. Os judeus atuais usam o calendário ortodoxo, estabelecido no terceiro século, e assim por diante.
2. Os principais eventos da era cristã ocorreram no domingo:
• Jesus ressuscitou (Jo 20.1)
• Jesus apareceu aos dez discípulos (Jo 20.19)
• Jesus apareceu aos onze discípulos (Jo 20.26)
• O Espírito Santo desceu no dia de pentecostes, que era um domingo (Lv 23.15, 16 – o dia imediato ao sábado), e nesse mesmo domingo o primeiro sermão sobre a morte e ressurreição de Cristo foi pregado por Pedro (At 2.14) com 3000 novos convertidos.
• Em Trôade os crentes se juntaram para adorar (At 20.7).
• Paulo instruiu aos crentes para trazerem as suas contribuições (1 Cr 16.2).
• Jesus apareceu e João, em Patmos (Ap 1.10).
3. Os escritos da igreja primitiva, desde a Epístola de Barnabé (ano 100 d.C.) até o historiador Eusébio (ano 324 d.C.) confirmam que a Igreja Cristã, inicialmente formada por Judeus e Gentios, guardavam conjuntamente o sábado e o domingo. Essa prática foi gradativamente mudando para a guarda específica do domingo, na medida em que se entendia que o domingo era dia de descanso apropriado, em substituição ao sábado. Semelhantemente, a circuncisão e o batismo foram conjuntamente inicialmente observados, existindo, depois, a preservação somente do batismo, na Igreja Cristã. O domingo não foi estabelecido pelo imperador Constantino, no 4º século, como afirmam os adventistas. Constantino apenas formalizou aquilo que já era a prática da igreja.
4. Cl 2.16-17 mostra que o aspecto do sétimo dia era uma sombra do que haveria de vir, não devendo ser ponto de julgamento de um cristão sobre outro. Está escrito amados! O que está escrito não podemos mudar.



Os Princípios Reformados



1. Base BíblicaA Fé Reformada considera a Bíblia com a maior seriedade. Esta não é senão outra maneira de dizer: “Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Rm. 11.36). A Fé Reformada busca manter corretamente entendido o ensino integral da Bíblia. Não temos espaço aqui para desenvolver as ênfases específicas da Fé Reformada.
Mas esperamos que apenas através deste breve estudo o leitor poderá: (1) ver que há uma profunda diferença entre a Fé Reformada e todas as demais formulações menos consistentes da Fé Cristã e (2) ser desafiado a investigar com mente aberta nossa reivindicação de que esta Fé Reformada é nada mais nada menos, que o ensino que a Bíblia consistentemente expressou.
a. Suficiência
A Fé Reformada encontra toda a sua autoridade no ensino da Palavra de Deus. A Bíblia é a única regra infalível sobre o que devemos crer e como devemos viver. Revelações carismáticas contínuas, profecias ou línguas estranhas não mais são necessárias porque Deus falou Sua Palavra final e toda suficiente ao completar-se o cânon das Escrituras Sagradas. A Bíblia e apenas a Bíblia - esta é a nossa confissão!
b. Necessidade
A Bíblia é a revelação da vontade e da pessoa de Deus. “o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8.3). Mas as pessoas tentam por natureza viver de pão apenas sem aquela Palavra; eles tentam viver pela sua própria sabedoria (cf. Sl. 36.1-4). A verdade, entretanto, é que homem nenhum pode viver sem a luz da revelação especial de Deus. Isto era verdade para o primeiro homem criado, Adão, mesmo antes de ele cair em pecado ao negar a luz de Deus e desobedecê-LO. Adão, embora criado perfeito e com a lei de Deus inscrita em seu coração, mesmo assim necessitava de que uma luz exterior brilhasse sobre ele para habilitá-lo a andar de acordo com as ordens de Deus. Adão ainda necessitava de que Deus falasse com ele. Ele sabia muito, em virtude de ter sido feito à imagem de Deus, mas ainda necessitava da voz divina. E é também assim com todos os descendentes de Adão, gostem eles ou não de ouvir isto. Em Romanos 1.21, o apóstolo Paulo faz a surpreendente afirmação de que por natureza todos sabem a respeito da existência e poder de Deus devido ao Seu trabalho na criação do universo, e ainda assim rejeita e despreza essa luz que eles têm. Desde a queda da humanidade, a vontade humana foi grosseiramente pervertida. Cada um de nós, afastados da ação salvadora de Deus, quer seguir seu próprio caminho, ao invés do caminho de Deus. Este caminho, expresso na lei de Deus, é parte do íntimo do nosso ser. Ninguém pode escapar da consciência, a qual gera uma constante atividade de acusar ou desculpar. Mas a linha básica é que, afastados do trabalho regenerador de Deus, todos nós odiamos a lei de Deus porque somos descendentes do Adão caído (cf. Jo 3.19-20). Conseqüentemente, nossa única esperança é o Evangelho. Após declarar que o homem ama a escuridão, Jesus disse “21 Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas em Deus.” (Jo 3.21). As Escrituras Sagradas são “indispensáveis” porque somente através dela vem “aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação” (Confissão de Fé de Westminster I.1). Os cristãos precisam da Bíblia também. Disse Jesus “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos;” (Jo 8.31). Como conheceremos esse ensino a menos que nosso caminho seja iluminado? Os crentes mostram-se serem felizes portadores da graça de Deus ao obedecer a Sua Palavra e andar na Sua luz.
Inerrância
A Bíblia está livre de erros, uma vez que foi entregue pelas mãos de Deus. O salmista diz o seguinte: “A lei do Senhor é perfeita... Os estatutos do Senhor são dignos de confiança... Os preceitos do Senhor são justos... O temor [objeto de referência, chamado, a Palavra de Deus] do Senhor é puro” (19:7-9). A ultima característica significa “sem defeito”. Será que nós imaginávamos de outra forma, sabendo que a Bíblia é o sopro de Deus? (Ref. 2 Tim. 3:16, “Toda escritura é inspirada por Deus” e 2 Pe. 1:21, “Pois a profecia nunca teve sua origem na vontade humana, mas os homens falaram de Deus sendo levados pelo Espírito Santo.”- O verbo grego para “sendo levados” algumas vezes descreve o efeito que o vento faz em um barco a velas.). A Bíblia não caiu do céu. Homens escreveram, mas com sua forma de escrita, com toda variedade de vocabulário e estilo próprio, o Espírito Santo, pela sua palavra e exposição, foi determinante para o resultado da Palavra. Os autores humanos foram levados pelo seu poder, assegurando que o produto seria sem defeito. Conseqüentemente, como a Fé Reformada insiste, a Bíblia é infalível e absolutamente digna de confiança.
Clareza
A Bíblia é clara e isso é fruto de sua inerrância. Salmo 19:8 diz, “Os mandamentos do Senhor são radiantes, trazendo luz aos olhos.” A analogia (trazer luz) é: sem mácula, pura, que não se mistura com outro material conflitante ou controverso. A Bíblia não seria clara se houvesse uma mistura de verdades e erros. Isso não quer dizer que tudo o que contém na Bíblia está igualmente formado. Existem doutrinas nas Sagradas Escrituras que confundem a mente. Nos sabemos o que a doutrina da Trindade não significa (a igreja primitiva gastou centenas de anos para definir as “explicações”!). Nós sabemos como a Bíblia nos apresenta esse assunto: existe um só Deus; esse Deus único existe em três pessoas; cada pessoa é distinta. As crenças reformadas não declaram poder esclarecer isto. Mas eles firmemente crêem nisto. Não há uma necessidade para que “experts” no assunto, nos guiem através “caminhos obscuros”. Pois como diz nossa confissão de fé: “Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.” (CFW, I-7).
 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Falsa "Unidade" e o Dever da Separação - C.H. Spurgeon


Em tempos antigos, quando algumas das Igrejas de Cristo começaram a livrar-se do jugo do Papado que pesava sobre seus pescoços, o argumento usado contra a reforma era a necessidade de manter a unidade. "Você precisa ser paciente com esta ou aquela cerimônia e com este ou aquele dogma; não importa quão anticristão e profano. Você precisa ser paciente quanto a isso, 'esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz'".

Assim falou a velha serpente naqueles dias antigos: "A Igreja é una; ai daqueles que semeiam o cisma! Pode até ser verdade que Maria tenha sido posta no lugar de Cristo, que as imagens são adoradas, que vestimentas e trapos podres são reverenciados, e que o perdão é comprado e vendido para crimes de todo tipo; pode ser que a assim chamada igreja tenha se tornado uma abominação e uma moléstia sobre a face da terra; mas ainda assim, ' esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz ', você deve curvar-se, reprimir o testemunho do Espírito de Deus dentro de você, esconder a Sua verdade sob um alqueire, e deixar a mentira prevalecer."
"Efésios 4:3 insta para que nos esforcemos em manter a unidade do Espírito, mas não nos diz para manter a unidade do mal, a unidade da superstição, ou a unidade da tirania espiritual."
Este foi o grande sofisma da Igreja de Roma. Porém, quando ela não pôde mais seduzir os homens falando de amor e união, ela passou a usar o seu tom mais natural de voz, e amaldiçoou diretamente, a torto e a direito, de todo coração: e manteve a maldição até que ela mesma expire!
Irmãos, não havia nenhuma força no argumento dos Papistas. Efésios 4:3 insta para que nos esforcemos em manter a unidade do Espírito, mas não nos diz para manter a unidade do mal, a unidade da superstição, ou a unidade da tirania espiritual. A unidade do erro, da falsa doutrina, da tirania dos bispos, pode incluir o espírito de Satanás; não temos nenhuma dúvida disso; mas que esta seja a unidade do Espírito de Deus nós negamos veementemente. A unidade do mal nós devemos demolir com todas as armas que nossas mãos puderem agarrar. A unidade do Espírito, a qual devemos manter e nutrir, é outra coisa completamente diferente.
Lembrem-se que somos proibidos de fazer o mal para que venha o bem. Mas conter o testemunho do Espírito de Deus dentro de nós, esconder qualquer verdade que tenhamos aprendido pela revelação de Deus, refrear-nos de testemunhar pela verdade de Deus e da Sua Palavra contra o pecado e a tolice das invenções dos homens, todos estes seriam pecados dos mais imundos. Não ousamos cometer o pecado de extinguir o Espírito Santo, ainda que seja com a intenção de promover a unidade.
"Certamente a unidade do Espírito nunca requer algum apoio pecaminoso; ela não é mantida suprimindo a verdade, e sim apregoando-a por toda parte."
Certamente a unidade do Espírito nunca requer algum apoio pecaminoso; ela não é mantida suprimindo a verdade, e sim apregoando-a por toda parte. A unidade do Espírito tem como sustentação, dentre outras coisas, o testemunho de santos espiritualmente iluminados com relação à fé que Deus revelou em Sua Palavra. Aquela unidade, é uma unidade totalmente diferente que amordaçaria nossas bocas e nos transformaria em gado imbecilmente dirigido, para ser alimentado e depois abatido ao bel prazer de mestres sacerdotais.
O Dr. McNeil disse, acertadamente, que dificilmente um homem pode ser um Cristão sério em nossos dias sem ser um controversista. Somos enviados hoje como ovelhas para o meio de lobos. Pode haver acordo? Somos acesos como luminares no meio da escuridão. Poder haver conciliação? Não foi o próprio Cristo que disse, "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada"? Vocês compreendem como esse é o mais verdadeiro método de esforçar-se para manter a unidade do Espírito; porque Cristo o homem de guerra, é Jesus o Pacificador; mas para a criação de paz duradoura, espiritual, as falanges do mal devem ser destruídas, e a unidade das trevas arrojada em tremor.
"O Dr. McNeil disse, acertadamente, que dificilmente um homem pode ser um Cristão sério em nossos dias sem ser um controversista."
Peço sempre a Deus que nos preserve de uma unidade na qual a verdade seja considerada sem valor, na qual princípios dêem lugar à políticas, na qual as virtudes nobres e varonis que adornam o herói Cristão tenham que ser completadas por uma afetação efeminada de amor. Que o Senhor possa nos livrar da indiferença para com a Sua Palavra e vontade; porque isso cria a unidade fria de massas de gelo unidas em um iceberg, esfriando o ar por milhas ao redor, a unidade dos mortos enquanto dormem nas sepulturas, lutando por nada, porque não têm parte nem herança em tudo aquilo que pertence aos viventes. Há uma unidade que raramente é quebrada: a unidade dos demônios que, sob o serviço do seu grande mestre e senhor, nunca discordam nem disputam. Protege-nos desta terrível unidade, ó Deus dos céus! A unidade dos gafanhotos que têm um objetivo comum, com a sua glutonaria que arruína tudo ao seu redor; a unidade das ondas de fogo de Tofete, que arrasta miríades para a miséria mais profunda. Disso também, ó Rei dos céus, livra-nos para sempre!
"A destruição de todo tipo de unidade que não está baseada na verdade é uma preliminar necessária à edificação da unidade do Espírito."
Que Deus perpetuamente nos envie algum profeta que clame em alta voz para o mundo: "Sua aliança com a morte será anulada, e seu acordo com inferno não permanecerá". Que sempre tenhamos alguns homens, mesmo que sejam ásperos como Amós, ou austeros como Ageu, que denunciem sempre de novo qualquer associação com o erro e qualquer acordo com o pecado, e declarem que estas coisas são abomináveis para Deus.
Nunca imaginem que a contenda santa seja uma violação de Efésios 4:3. A destruição de todo tipo de unidade que não está baseada na verdade é uma preliminar necessária à edificação da unidade do Espírito. Precisamos primeiro derrubar estas paredes feitas de argamassa ruim – estes muros cambaleantes construídos pelo homem – para que possa haver espaço para as excelentes rochas dos muros de Jerusalém colocadas umas sobre as outras para uma permanente e duradoura prosperidade.

domingo, 17 de junho de 2012

A Graça Comum por - Wayne Grudem


Os evangélicos de hoje, em sua maioria, rejeitam o estudo da teologia sistemática. Como consequência, acabam formulando sua própria teologia, que, quase sempre, é superficial e sem fundamento bíblico. Um assunto muito mal entendido é a questão das obras dos incrédulos. Tudo o que eles fazem é ruim? Uma música, um livro... são todos eles instrinsecamente maus? Deus abençoa os ímpios? São assuntos que serão tratados nesse artigo de autoria de Wayne Grudem, um dos principais teólogos contemporâneos. Pelo fato de ser muito grande, o texto será dividido em partes.

A Graça Comum

I. EXPLICAÇÃO E BASE BÍBLICA

A. Introdução e definição


Quando Adão e Eva pecaram, tornaram-se réus da punição eterna e da separação de Deus (Gênesis 2:17). Do mesmo modo, hoje, quando os seres humanos pecam, eles se tornam sujeito à ira de Deus e à punição eterna: “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Isso significa que, uma vez que as pessoas pecam, a justiça de Deus requer somente uma coisa — que elas sejam eternamente separadas de Deus, alienadas da possibilidade de experimentar qualquer bem da parte dEle, e que elas existam para sempre no inferno, recebendo eternamente apenas a Sua ira. De fato, isso foi o que aconteceu aos anjos que pecaram e poderia ter acontecido exatamente conosco também: “Pois Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo” (2 Pedro 2:4).

Mas, de fato, Adão e Eva não morreram imediatamente (embora a sentença de mortecomeçasse a ser aplicada na vida deles no dia em que pecaram). A execução plena da sentença de morte foi retardada por muitos anos. Além disso, milhões de seus descendentes até o dia de hoje não morrem nem vão para o inferno tão logo pecam, mas continuam a viver por muitos anos, desfrutando bênçãos incontáveis nesta vida. Como pode ser isso? Como Deus pode continuar a conferir bênçãos a pecadores que merecem somente a morte — não somente aos que finalmente serão salvos, mas também a milhões que nunca serão salvos, cujos pecados nunca serão perdoados?

A respostas a essas perguntas é que Deus concede-lhes graça comum. Podemos definir graça comum da seguinte maneira: Graça comum é a graça de Deus pela qual Ele dá às pessoas bênçãos inumeráveis que não são parte da salvação. A palavra comum aqui significa algo que é dado a todos os homens e não é restrito aos crentes ou aos eleitos somente.

Diferentemente da graça comum, a graça de Deus que leva pessoas à salvação é muitas vezes chamada “graça salvadora”. Naturalmente, quando falamos a respeito da “graça comum” e da “graça salvadora”, não estamos sugerindo que há duas diferentes espécies de graça no próprio Deus, mas apenas estamos dizendo que a graça de Deus se manifesta no mundo de duas maneiras diferentes. A graça comum é diferente da graça salvadora quanto aos resultados (ela não traz salvação), seus destinatários (é dada aos crentes e descrentes igualmente) e sua fonte (ela não flui diretamente da obra expiatória de Cristo, visto que a morte dEle não obtém nenhuma medida de perdão para os descrentes e, portanto, nem os crentes nem os descrentes fazem jus às suas bênçãos). Contudo, sobre o último ponto, deve ser dito que a graça comum flui indiretamente da obra redentora de Cristo, porque o fato de Deus não julgar o mundo assim que o pecado entrou nele talvez seja apenas porque Ele planejou finalmente salvar alguns pecadores por meio da morte de Seu Filho.


B. Exemplos de graça comum

Se olhamos para o mundo ao nosso redor e o contrastamos com o fogo do inferno que ele merece, podemos ver imediatamente a abundante evidência da graça comum de Deus em milhares de exemplos na vida diária. Podemos distinguir diversas categorias específicas nas quais essa graça comum pode ser vista.

1. A esfera física.
 Os descrentes continuam a viver neste mundo somente por causa da graça comum de Deus — cada vez que as pessoas respiram é pela graça, pois o salário do pecado é a morte, não a vida. Além disso, a terra não produz somente espinhos e ervas daninhas (Gênesis 3:18), nem permanece um deserto ressequido, mas a graça comum de Deus provê comida e material para roupa e abrigo, muitas vezes em grande abundância e diversidade. Jesus disse: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5:44,45). Aqui Jesus apela para a abundante graça comum de Deus como encorajamento aos seus discípulos, para que eles também concedam amor e orem para que os descrentes sejam abençoados (cf. Lucas 6:35,36). Semelhantemente, Paulo disse ao povo de Listra: “No passado [Deus] permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios caminhos. Contudo. Deus não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e um coração cheio de alegria” (Atos 14:16,17).

O Antigo Testamento também fala da graça comum de Deus que vem aos descrentes tanto quanto aos crentes. Um exemplo específico é o de Potifar, o capitão da guarda do Egito que comprou José como escravo: “o Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no campo” (Gênesis 39:5). Davi fala de modo muito mais geral a respeito das criaturas que o Senhor fez:

“O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas. [...] Os olhos de todos estão voltados para ti, e tu lhes dás o alimento no devido tempo. Abres a tua mão e satisfazes os desejos de todos os seres vivos” (Salmos 145:9,15,16).


Estes versículos são outro lembrete de que a bondade que é encontrada em toda a criação não acontece automaticamente — ela se deve à bondade de Deus e Sua compaixão.

Nossa Apologética Deve Apontar Para Cristo - Por Nathan Busenitz



Nossa Apologética Tem De Apontar Para Cristo
O alvo da apologética deve ser evangelístico e, assim sendo, sua mensagem deve estar centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo. Ele é a resposta a todos os males sociais e a cada coração que o busca. “Mas nós pregamos a Cristo crucificado”, Paulo explicou aos coríntios, “escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Co 1.23). De maneira semelhante, disse aos crentes de Colossos: “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28). Armado com o lema “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21), Paulo enfrentou o mundo como embaixador de Cristo, rogando aos ouvintes “em nome de Cristo, vos reconcilieis com Deus” (2 Co 5.20). Ele jamais tomou uma posição apologética que não apontasse para Cristo. Quer no Areópago (At 17) quer no tribunal diante do governador romano (At 26), a defesa da fé feita por Paulo sempre era centrada no evangelho (1 Co 15.3-4).
Uma apologética que deixa de apresentar o evangelho por inteiro deixa no mesmo lugar os pecadores: ainda perdidos. Até confessarem Jesus como Senhor e crer que Deus o ressuscitou da morte, eles permanecem mortos em seus pecados (Rm 10.9). Sua eternidade depende do que farão com Jesus Cristo. À pergunta: “O que devo fazer para ser salvo?” Jesus é a única resposta (At 16.30-31). Para o problema do pecado, ele é a única solução. Como disse João Batista a respeito de Jesus: “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36). [...]

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Todo dia de volta ao Éden!! - Por J Bessa



Pense por um instante na poluição incontrolável do meio ambiente no mundo, florestas destruídas, mares, terras, lagos, rios... e toda vida selvagem que vive neles. Quanta morte... é terrível, mas há um tipo de poluição infinitamente pior.
Se essa fosse toda a devastação produzida pelo ser humano, seria uma tragédia controlável e contornável. Mas chegue mais perto e olhe no coração das cidades, sentes a poluição? Sentes o que de fato está matando a sociedade? Pense profundamente na poluição moral que está matando a própria sociedade. Os homens estão perecendo. Esta poluição atingiu tudo, nada ficou entocado. Ele têm permeado a música em todos os lugares, bares, raves, boates, escolas... tua casa? Como na natureza paisagens belas se tornam desolação, deserto, morte... Assim é.
Você ouve um clamor generalizado contra a poluição moral que mata nesse mundo e no outro? Conhece Ongs se preocupando e lutando por causa dela? Bilhões sendo gastos para reverter? É claro que não. O homem está perecendo e ama tanto o que lhe mata que cria eufemismos para o veneno que o destrói.
Numa geração que abandonou Deus e por Ele foi abandonada, dúvida agora é "humildade", desprezo pela Verdade é "tolerância", apatia moral é "amor", não mais corar de vergonha é "honestidade" – De um geração assim disse o profeta Jeremias: "Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se; portanto cairão entre os que caem; no tempo em que eu os visitar, tropeçarão, diz o SENHOR".Jeremias 6:15 – Isto sim é devastação irrecuperável, nesta vida e na eternidade.
Paulo descreve todos os homens que “estão perecendo” – ele não se foca simplesmente no estilo de vida desesperado que caracteriza o mundo que vai perecendo, o estilo de vida e a ruína de bilhões de pessoas. Ele está fazendo algo maior, está trazendo toda a humanidade diante de Deus, o Criador, e diz como Deus vê nossa sociedade em sua poluição moral, o fator gravitacional para o mal que capturou todos os que nasceram neste mundo. Ele diz que Deus está olhando para nós e nós estamos perecendo porque nosso relacionamento com Ele pereceu, está perdido, a vida se foi... A “luz veio ao mundo” (Jo 3.19), mas o homem amou a escuridão da poluição mortal da alma humana.
1)  Por que os homens estão perecendo? Por que a poluição moral é incontrolável? A mente, o problema está na mente: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos... 2 Coríntios 4:4 – Essa é a causa da poluição mortal. INCREDULIDADE! Não a pobreza, ou a desigualdade social, ou deficiências biológicas, mas o pecado de se recusar acreditar no único Deus eterno. E não apenas o crer mental que nada muda, mas a operação do Espírito que tira a cegueira produzida pelo “deus desse século”. Esta é a raiz, a incredulidade é o pecado raiz principal. Todo o resto flui naturalmente dele, e enquanto ele existir, os outros são imortais. É o desafio a Deus começado no Éden e que é perpetuado por toda a sociedade em sua poluição moral irreversível.
Onde os espinhos, cardos, suor, dor, morte começaram? Nesta poluição fatal. Recusaram a acreditar em Deus. Essa é a raiz de TODA a maldade. Por isso, o homem está perecendo. Mas o alarme da poluição moral jamais soou no sociedade humana. O Deus vivo, o Criador, se revelando tão claramente: “Não fala isso!” – mas eles naquele jardim, o que tem sido repetido por toda a sociedade humana  disse: nós sabemos melhor. A incredulidade não é uma falha, mas crueldade, um amor ao engano, um amor as trevas.
Pense que um tribunal que ouvir e viu provas claras de um crime hediondo que o réu cometeu abertamente. Imagine se esse tribunal mesmo diante de todas as evidências e provas claras, declare o homem inocente. O júri viu as provas, são irrefutáveis, mas ele NÃO quer acreditar, eles rejeitam a verdade.
o júri se recusaram a acreditar. É um aborto terrível da justiça. Os ímpios têm sido justificada. Agora a sua raiva é um aumento de cem vezes. Sua filha perdeu sua vida em circunstâncias inexplicáveis ​​eo homem culpado foi livre. É uma coisa terrível para os homens rejeitam a verdade. Ou pense em uma casa em que o marido se recusa a acreditar nas palavras de sua esposa, que só fala a verdade para ele, mas ele é suspeito e cuidado com ela, constantemente cínico sobre suas explicações. A rejeição da verdade, tem as conseqüências mais desastrosas.
Este é o fato da poluição mortal da alma humana: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si” Romanos 1:20-24 - "Eu não posso acreditar, eu não vou me submeter" -  Essa atitude é a mais ousada, decisiva e condenável de todos os pecados. Não acreditar nele é se apegar a auto-suficiência humana.
Estamos todos os dias de volta ao Éden e a atitude dos nossos primeiros pais são repetidas com ousadia e desprezo – O nome disso? Poluição moral, é mortal. Nada mudou. Aqui está enraizada toda a vida vivida sem Deus e sem esperança, uma vida cujo fim inevitável é trevas, destruição, desespero e morte. É por isso que os homens estão perecendo. Então, eles perderam o contato com a fonte do sentido da vida e esperança.
A poluição moral devia nos fazer ver a poluição natural como um cisco, sendo a poluição moral um universo.
De fato, estamos todos os dias de volta ao Éden e todos os dias repetimos nossos pais da maneira mais desprezível possível – Essa é a verdadeira poluição, esta é a morte se avizinhando, por isso, os homens estão perecendo!
“Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”. 2 Coríntios 4:4.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Muito para fazer, muito para sofrer! – C. H. Spurgeon




"Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir" (1Pe 5.2). Que esses cordeiros se tornem o que podem, a glória será do Mestre e não do servo, e todo o tempo gasto, o trabalho dispensado e a energia gasta serão em cada partícula para redundar em louvor dele de quem são esses cordeiros.


Contudo, enquanto isso é uma ocupação de abnegação, e honrada também, podemos cuidar dela sentindo que é uma das mais nobres formas de serviço. Jesus diz: "Meus cordeiros; Minhas ovelhas." Pense neles, e admire-se de Jesus tê-los entregue a nós. Pobre Pedro! Certamente, quando aquela refeição matinal começou, ele se sentia desajeitado. Eu me coloco no lugar dele e sei que mal poderia olhar para Jesus do outro lado da mesa, enquanto me lembrava de que eu o havia negado com imprecações e maldições. Nosso Senhor quis deixar Pedro bem à vontade ao levá-lo a falar sobre seu amor, que tão seriamente fora colocado em dúvida. Como um bom médico, ele pôs o bisturi onde a ansiedade estava inflamada, e ele pergunta: "Você me ama?" (Jo 21.13).


Não era porque Jesus não conhecesse o amor de Pedro; mas para que Pedro soubesse com certeza e fizesse uma nova confissão, dizendo: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo." O Senhor estava prestes a ter uma discussão delicada com o errante por alguns minutos, para que nunca mais houvesse uma controvérsia entre ele e Pedro. Quando Pedro disse: "Sim, Senhor; tu sabes que te amo", você quase pensou que o Senhor responderia: "Oh, Pedro, e eu te amo"; mas ele não disse isso, embora tenha dito isso, sim.


Talvez Pedro não tenha entendido o que ele queria dizer; mas nós podemos entender porque nossa mente não está confusa como estava a de Pedro naquela manhã memorável. Em outras palavras, Jesus disse: "Eu te amo tanto que confio a você aquilo que eu comprei com o sangue de meu coração. A coisa mais preciosa que tenho em todo o mundo é o meu rebanho: veja, Simão, eu tenho tanta confiança em você, dependo inteiramente da sua integridade como sendo uma pessoa que me ama sinceramente, que eu lhe faço um pastor de meus cordeiros. São tudo que eu tenho na Terra, dei tudo por eles, até minha vida; e agora, Simão, filho de Jonas, cuide deles por mim." Ah, foi "falado bondosamente". Foi o grande coração de Cristo dizendo: "Pobre Pedro, entre já e compartilhe comigo os meus mais estimados protegidos." Jesus acreditou de tal modo na declaração de Pedro que não lhe disse isso com palavras, e sim com atos. Três vezes, ele o disse: "Cuide de meus cordeiros: pastoreie as minhas ovelhas, cuide das minhas ovelhas", para mostrar o quanto o amou. Quando o Senhor Jesus ama muito uma pessoa, ele lhe dá muito para fazer ou muito para sofrer.

O que é o árbitro do teu Coração? (Uma característica essencial dos Eleitos)



                                - Paulo mostra uma característica essencial dos Eleitos -
Se pensarmos na frequência com que um termo é usado como referência a maneira que Deus deve ser honrado a gratidão está no topo da lista: “Não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças...” (Romanos 1.21). A Bíblia nos apresenta muitos como alegria aos servir a Deus... mas não existe um conceito mencionado mais do que a gratidão.
Nos Salmos nós vemos, por exemplo, gratidão na oração, no louvor, nos cânticos, em culto público, em nossos momentos de solitude... O que isso nos ensina? O que Deus está enfatizando como característica essencial do viver que o glorifica? Que a característica da gratidão deve ser algo proeminente, deve ser óbvia em nossas vidas para todos os homens contemplarem, deve ser exibida abundantemente.
Por que isso é fundamental? O por causa do que a verdadeira gratidão forçosamente mostra estar acontecendo no interior do ser humano. Quando de fato somos gratos, estamos reconhecendo uma dívida. Quando falamos “obrigado” no dia a dia, por gentilezas e apoio por coisas mínimas ou grandes, sendo uma expressão sincera de agradecimento, é um reconhecimento de que estamos em dívida com alguém – Nós abreviamos a frase para um breve “obrigado” – mas a frase original queria dizer: “Me sinto em dívida ( obrigado ) com você” – Me sinto obrigado a retribuir... Se é benéfico expressar gratidão uns com os outros, imagine quão infinitamente benéfico é ter uma verdadeira gratidão para com Deus
Ao darmos graças a Deus, reconhecemos numa escala inimaginável, nossa dívida para com Ele por tudo que temos e somos – cada esperança que sustenta nossas vidas, cada promessa que dependemos, cada pedaço de pão, a lista simplesmente não tem fim, ela pode ser expandida ao infinito... “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração” (Atos 17.28).
Paulo nos coloca diante de uma lista de características dos eleitos de Deus: “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Colossenses 3:15-17
Nos três versos o tema fala da atitude que adotamos – nos três versos acima o tema comum é a gratidão. Cada verso mostra uma perspectiva ligeiramente diferente sobre a gratidão.
No 15 Paulo fala sobre submetermos nosso coração, mostrando que a paz de Deus então dominará nossos corações – e então “sejamos agradecidos”.
No 16, Paulo diz que a Palavra de Cristo deve habitar em nós, e particularmente aqui, através do nosso louvor, música... E ele então conclui “cantando ao Senhor com gratidão”
Já no verso 17, Paulo nos dá um princípio que domina todo nosso viver – Tudo o que fazemos, o que falamos... deve ser feito em nome de Cristo, nosso Senhor – ou seja, de uma maneira que tenhamos certeza de que Cristo esteja sendo Honrado. E então Paulo conclui – “Dando por Ele graças ao Pai”.
Vamos olhar hoje apenas a primeira, que a “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos”.Colossenses 3:15
Essa é a grande característica do reinado do Messias – Paz! Ele, como diz Isaías 9.6, é o “Príncipe da Paz!” – Quantas vezes em seu ministério terreno nós vemos sair dos lábios de Cristo: “Vá em paz!” – Ou quando falando aos seus discípulos  temerosos disse: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo”. João 14:27
Paulo em todas as suas cartas inclui a saudação – “Paz” – Aqui ele está dizendo que eles deixem a paz de Cristo ser o juiz em seus corações. Ou seja, ela vai estar dirigindo, vai ser a base de meus pensamentos e opiniões, dos planos e das ações – O que é essa paz de Cristo? Um outro texto de Paulo nos dá uma boa resposta: “Tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo” (Romanos 5.1).
Na alienação da criatura com seu Criador, rompendo completamente a comunhão entre eles, os colocou em inimizade, na qual a paz é impossível. Já nascemos no mundo debaixo da ira, em estado de condenação, é só por meio da graça podemos ser libertos, e Deus só faz isso através de Cristo. Fora de Cristo todo homem só conhece Deus como seu inimigo. Nele toda violação a santidade de Deus é curada, todo preço é pago, toda justiça é satisfeita, todo medo desaparece, e podemos comparecer diante dEle não só sabendo que a ira se foi, mas que agora em Cristo somos amados por Ele. E sabemos mais, que esse amor é eterno.
Sabemos que Ele triunfou da morte em nosso lugar e agora vivemos em seu Reino. Que essa paz com Deus, diz Paulo, governe em tudo os seus corações num viver santo que em tudo o honre agora. Essa paz nos guia e nos faz viver de modo completamente diferente de todo o mundo. Não vivemos mais na expectativa deste mundo, mas de outro. Essa paz muda completamente a forma como pensamos, agimos, planejamos... como reagimos a adversidade, como trabalhamos, criamos filhos... TUDO! Não somos mais inimigos de Deus.
Que essa paz seja o árbitro, diz Paulo (brabeou) – Ou seja, ela está em você para corrigir, controlar, dirigir... Essa paz, que nos colocou de novo em comunhão com Deus, deve ser o fator determinante em nossos corações. Sendo assim, nossas vidas vão ser vividas de modo que essa comunhão em Santa obediência nos dominará em tudo.
A maneira que vamos reagir a todas as circunstâncias, a esperança, o que tende a nos amedrontar, as preocupações... todas essas coisas vão estar subjugadas a verdade maravilhosa de que nós temos paz com Deus em Cristo, e como resultado veremos que não há nada que possa vir contra nós que possa nos tirar da presença amorosa e dos braços eternos do Pai. Um coração governada por essa paz, jamais vai ser um coração dado ao desespero, ação precipitado...
O governo dessa paz faz dos eleitos homens e mulheres estáveis, úteis e que em tudo honram a Deus. Todas as situações que causam destruição em outros, os construirá e edificará. Essa paz necessariamente tira o foco de sobre nós mesmos e coloca ele em Deus. “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos”. Colossenses 3:15
Gratidão flui abundantemente do coração em que essa paz reina e é o árbitro de todas as coisas. Um coração ingrato revela não ter entendido o básico dessa grande salvação.
O que está governando sua vida? A Palavra que Paulo usou significa “Dirigir, controlar”!!!