quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Autoridade de Jesus Cristo. – M. Lloyd-Jones


Os evangelhos foram escritos com um definido e deliberado objetivo em vista. Não foram escritos apenas como registros ou meras coletâneas de fatos. Não. . . Todos eles apre¬sentam o Senhor Jesus Cristo como o Senhor, como Autoridade final.

A mensagem de João Batista era essencialmente idêntica. Ei-lo sozinho, depois de pregar e de batizar o povo no Jordão. . . o povo diz: «Certamente este há de ser o Cristo. Nunca antes ouvimos pregação como esta. Por certo este deve ser o Messias que aguardamos. João se volta para eles... e diz : «Eu não sou o Cristo» ...(Lucas 3.16-18). «Eu sou o precusor, o arauto. Ele é a Autoridade. Ele ainda está por vir.» Como os Evangelhos são cuidadosos quanto a levar avante essa reivindicação!

Há algo mais. . . É o relato que os Evangelhos dão do que aconteceu por ocasião do batismo de nosso Senhor. Ali Ele se submete ao batismo ministrado por João. . . Mas. ... o Espírito Santo desce sobre Ele, como pomba. Mais impor¬tante ainda é aquela Voz. . . «Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo» (Mateus 3.17). ..No Monte da Transfiguração é empregada uma linguagem parecida, mas há um acréscimo da maior significação e importância. . . «. . .a ele ouvi» (Mateus 17.5). . . «Este é Aquele a quem deveis ouvir.

Estais aguardando uma palavra. Estais esperando resposta às vossas perguntas. Estais procurando solução para os vossos problemas. Haveis consultado os filósofos; tendes estado a ouvir; tendes levantado a pergunta: «Onde podemos encon¬trar a autoridade final? Eis a resposta oriunda do Céu, de Deus: «A Ele ouvi». Outra vez, como se vê, Ele é indicado, Ele é posto diante de nós como a última palavra, a Autoridade final, Aquele a quem  nos  devemos  submeter,  a quem devemos ouvir

A disciplina da vida cristã – M. Lloyd-Jones



É-nos da máxima importância apercebermo-nos de que existe o que se chama «disciplina da vida cristã». Não basta dizer. . . que, o que quer que nos suceda, temos apenas de «olhar para o Senhor», que tudo nos irá bem. . . Esse ensino é antibíblico. Se fosse só isso que tivéssemos que fazer, muitas porções das Escrituras seriam completamente desnecessárias . . .não haveria motivo para existirem as Epístolas; mas elas foram escritas. . . por homens inspirados pelo Espírito Santo . . .o que nos dizem. . . é que há uma disciplina essencial na vida cristã.

Um dos aspectos mais lamentáveis da vida de certos tipos de cristãos hoje em dia é que parecem ter perdido de vista esse aspecto da fé. Infelizmente, isso acontece sobretudo com relação aos que se empenham por maior fidelidade ao Evangelho. . . Em primeiro lugar e sobretudo, houve uma reação contra o ensino católico-romano. No sistema católico-romano dá-se muita importância a certa espécie de disciplina. Foram produzidos muitos livros e manuais sobre o assunto. De fato, alguns dos maiores mestres desse tipo de ensino são católicos-romanos como, por exemplo, Bernardo de Claraval, ou o bem conhecido Fénélon, cujas famosas Cartas para Homens e Cartas para Mulheres foram muito populares em certa época.

Pois bem, os protestantes reagiram contra isso, e em certa medida fizeram bem. . . Mas deduzir do mau uso da disciplina que não há nenhuma necessidade dela na vida cristã, é algo totalmente errado.

Na verdade, os períodos realmente grandiosos do protestantismo sempre se caracterizaram pelo reconhecimento da necessidade de tal disciplina. . . Por que homens como os dois irmãos Wesley e Whitefield foram chamados metodistas? Porque tinham vida metódica. Eram metodistas porque tinham método em suas reuniões. . . O próprio termo metodista. . . salienta o fato de que criam na disciplina, em como as pessoas devem disciplinar sua vida e como se deve tratar e lidar com cada personalidade, nas circunstâncias e situações com que nos defrontamos no mundo em que vivemos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Experiência da Presença de Deus – M. Lloyd-Jones


Precisamos dar-nos conta de que estamos na presença de Deus. Que significa isso? Significa a percepção de algo de quem Deus é e do que Ele é. Antes de começar a proferir palavras, devemos sempre  proceder assim.

Devemos dizer-nos a nós mesmos: «Estou entrando agora na sala de audiências daquele Deus, o Todo-poderoso, o absoluto, o eterno e grande Deus, com todo o Seu poder, força e majestade, aquele Deus que é fogo consumidor, aquele Deus que é luz, e não há nele treva nenhuma, aquele perfeito, absoluto e Santo Deus.

É isso que estou fazendo» . . . Mas, acima de tudo, nosso Senhor insiste em que devemos aperceber-nos de que, além de tudo aquilo, Ele é nosso Pai. Oh, que compreendamos essa verdade! Se tão-somente entendêssemos que este Deus onipotente é nosso Pai mediante o Senhor Jesus Cristo! Se tão-somente compreendêssemos que . . .toda vez que oramos é como um filho dirigindo-se a seu pai! Ele sabe todas as coisas que nos dizem respeito; Ele conhece cada uma de nossas necessidades antes que Lhas contemos.

Ele deseja abençoar-nos muitíssimo mais do que desejamos ser abençoados. Ele tem opinião formada a nosso respeito, Ele tem um plano e um programa para nós, Ele tem uma ambição a favor de nós, digo-o com reverência, uma inspiração que transcende o nosso mais elevado pensamento e imaginação. . .

Ele cuida de nós. Ele já contou os cabelos de nossa cabeça. Ele disse que nada nos pode suceder fora dEle. Depois, é preciso que lembremos o que Paulo declara tão gloriosamente em Efésios 3. Ele é «poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos,, ou pensamos». Esse é o verdadeiro conceito da oração, diz. Cristo. Não se trata de ir fazer girar a roda de orações.

Não basta contar as contas. Não diga: «Devo passar horas em oração; decidi-me a fazê-lo e tenho que fazê-lo»  Temos que despojar-nos dessa noção matemática da oração. O que devemos fazer, antes de tudo, é dar-nos conta de quem é Deus, do que Ele é, e de nossa relação com Ele.

Studies in the Sermon on the Mount, ii, p. 30,1

terça-feira, 28 de junho de 2011

Vencido pela Incredulidade - C. H. Spurgeon



Agora mesmo, verás se se cumprirá ou não a minha -palavra! Números 11.23

Deus prometeu a Moisés que Ele alimentaria aquela multidão no deserto com alimento para um mês inteiro. Moisés, vencido pela incredulidade, olhou para as circunstâncias exteriores e deixou de perceber como a promessa de Deus poderia ser cumprida. Ele olhou para a criatura e não para o Criador. O Criador espera que a criatura cumpra as promessas em lugar dEle?

Não, Aquele que fez a promessa, Ele mesmo a cumpriu por intermédio de sua onipotência. Se Deus fala alguma coisa, isso está feito. A promessa divina não depende da insignificante força do homem para que seja cumprida.

Podemos facilmente perceber o erro que Moisés cometeu. Apesar disso, quão freqüentemente cometemos esse mesmo erro! Deus prometeu suprir nossas necessidades; todavia, nós olhamos para as criaturas, a fim de que elas façam o que Ele prometeu. Então, depois de compreendermos que a criatura é frágil e incapaz, damos lugar à incredulidade. Por que nos preocupamos em olhar para os homens?

Por acaso, vamos ao topo dos Alpes para sentir o calor do verão? Viajaremos ao pólo Norte para colher frutos amadurecidos ao sol? Estas atitudes não constituem tolices maiores do que olhar para os fracos em busca de força e esperar que a criatura faça a obra do Criador.

A fé não se fundamenta em instrumentos visíveis para realizar a promessa. Pelo contrário, ela depende da plena suficiência do Deus invisível, que certamente fará aquilo que prometeu. Após perceber com clareza que a responsabilidade está com o Senhor, ousaremos ceder à incredulidade? A pergunta que Deus nos dirige com intenso vigor é esta: "Ter-se-ia encurtado a mão do SENHOR? Agora mesmo, verás se se cumprirá ou não a minha palavra!" (Números 11.23)

Tudo é vosso, inclusive a morte – John Piper



Nem a morte, nem a vida... poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8.38, 39). De fato, a morte não é somente incapaz de separar-nos do amor de Deus, ela é também, juntamente com todas as outras dificuldades, uma dádiva do evangelho. Ouçam o que Paulo disse em 1 Coríntios 3.21-23: "Ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus". Tudo é vosso — inclusive a morte! A morte está incluída em nosso cofre de tesouro dos dons de Deus por meio do evangelho. Por isso, Paulo disse que somos "mais do que vencedores" na morte. Disse também que tudo é nosso, inclusive a morte. Entendo que ele estava afirmando que, por causa das verdades de Romanos 8. 28 e 32, Deus toma cada dificuldade e faz com que ela nos sirva, inclusive a morte. A morte é "nossa" — nossa serva. O fato de que somos "mais do que vencedores" significa que a morte não apenas jaz morta aos nossos pés, depois do combate — ela é levada cativa e tornada nossa serva.

E como a morte nos serve? Como a servidão da morte, comprada por sangue, abençoa os filhos de Deus? Paulo responde: "Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Fp 1.21). Por que o morrer é lucro? Ele responde em seguida: "Tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23). Estar com Cristo, depois da morte, é "incomparavelmente melhor" do que estar na terra. Esta é a razão por que somos mais do que vencedores quando a morte parece triunfar. Ela se torna uma porta para uma melhor comunhão com Cristo.

O grande mistério do casamento – John Piper



Paulo olha para isso e o chama um "grande mistério". Por quê?

Ele aprendera de Jesus que a igreja é o corpo de Cristo (Ef 1.23).Pela fé, as pessoas são ligadas a Jesus Cristo. O novo crente, assim, se torna um com todos os outros crentes, de modo que "somos um em Cristo Jesus" (Gl 3.28). Os crentes em Cristo são o corpo de Cristo. Nós somos o organismo por meio do qual ele manifesta a sua vida, e no qual mora o seu Espírito.

Sabendo isso sobre o relacionamento entre Cristo e a igreja, Paulo vê um paralelo com o casamento. Ele vê que marido e esposa se tornam uma só carne e que Cristo e a igreja se tornam um só corpo. Por isso ele diz à igreja, por exemplo em 2Coríntios 11.2: "Zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo". Ele retrata Cristo como o marido, a igreja como a noiva, e a conversão como o momento do noivado, que Paulo ajudara a concretizar. A apresentação da noiva ao seu marido provavelmente acontecerá por ocasião da segunda vinda do Senhor, mencionada em Efésios 5.27("para a apresentar a si mesmo Igreja gloriosa").

A impressão é que Paulo usa o relacionamento no casamento humano, tirado de Gênesis 2, para descrever e explicar o relacionamento entre Cristo e a igreja. Contudo, se fosse esse o caso, o casamento não seria um mistério, como Paulo o chama em Efésios 5.32; seria a coisa clara e óbvia que explica o mistério de Cristo e a igreja. Portanto, há mais no casamento do que o que se vê à primeira vista. O que é?

O mistério é este: Deus não criou a união entre Cristo e a igreja conforme o padrão do casamento humano; é o contrário! Ele criou o casamento humano segundo o padrão da relação de Cristo com a igreja.
O mistério de Gênesis 2.24 é que o casamento descrito é uma parábola ou símbolo do relacionamento de Cristo com seu povo. Havia mais coisas acontecendo na criação da mulher do que se percebe à primeira vista. Deus não faz as coisas à toa. Tudo tem propósito e sentido. Quando Deus se propôs criar homem e mulher e ordenar a união do casamento, ele não jogou dados nem palitos nem lançou uma moeda no ar para determinar como eles deveriam se relacionar. Ele organizou o casamento intencionalmente de acordo com o relacionamento entre seu Filho e a igreja, que ele já tinha planejado lá na eternidade.

Por isso o casamento é um mistério — ele contém e oculta um sentido muito maior do que se vê de fora. Deus criou o ser humano macho e fêmea, e preparou o casamento para que essa união servisse de imagem do relacionamento da aliança eterna entre Cristo e sua igreja. Como escreveu Geoffrey Bromiley, "assim como Deus fez o ser humano à sua própria imagem, ele fez o casamento à imagem do seu próprio matrimônio eterno com seu povo".

A inferência que Paulo tira desse mistério é que os papéis de marido e esposa no casamento não foram atribuídos arbitrariamente, mas estão fundados nos papéis distintos de Cristo e sua igreja. Os casados precisam ponderar repetidamente como é misterioso e maravilhoso que Deus nos concede, no casamento, o privilégio de servir de imagem de realidades divinas estupendas, infinitamente maiores e melhores do que nós mesmos.

Essa é a base do padrão de amor que Paulo descreve para o casamento. Não é suficiente dizer que cada cônjuge deve buscar sua alegria na alegria do outro. Também é importante dizer a maridos e esposas que devem copiar conscientemente o relacionamento pretendido por Deus para Cristo e a igreja

domingo, 26 de junho de 2011

Resoluções sobre o Envelhecer com Deus – John Piper


Desfrutando da fé exercida por um salmista velho Reflexões sobre Salmos 71

Não quero ser um velho rabugento. Deus anuncia coisas terríveis para aqueles que murmuram (SI 106.25-26). A murmuração desonra o Deus que promete fazer com que todas as coisas cooperem para o nosso bem (Rm 8.28). O queixume abafa a luz de nosso testemunho cristão (Fp 2.14-15). Um espírito crítico e ansioso esgota a paz e a alegria. Esta não é a maneira como que desejo envelhecer.

Desejo ser como o ancião de Salmos 71. Sabemos que ele estava envelhecendo, porque orou: "Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs" (v. 18); e: "Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares" (v. 9).

Ao considerar a maneira como este homem se aproximou da velhice, formulei algumas resoluções:

1. Recordarei, com admiração e gratidão, as milhares de vezes em que confiei em Deus, desde a minha mocidade.

Pois tu és a minha esperança, SENHOR Deus, a minha confiança desde a minha mocidade (v. 5). Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocida¬de; e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas (v. 17).

2.         Eu me refugiarei em Deus, em vez de me ofender por causa de meus problemas.

Em ti, SENHOR, me refugio (v. 1).

3.         Falarei com Deus cada vez mais (e não cada vez menos) sobre toda a sua grandeza, até que não haja, em meus lábios, lugar para a murmuração.

Tu és motivo para os meus louvores constantemente (v. 6).

Quanto a mim... te louvarei mais e mais (v. 14).

4.         Esperarei (resolutamente) e não cederei ao desespero, mesmo no lar de idosos e mesmo se viver mais do que todos os meus amigos.

Quanto a mim, esperarei sempre (v. 14).

5.         Encontrarei pessoas para falar-lhes sobre os maravilhosos atos da salvação de Deus e nunca acabarei, porque esses atos são inumeráveis.

A minha boca relatará a tua justiça e de contínuo os feitos da tua salvação, ainda que eu não saiba o seu número (v. 15).

6.         Ficarei atento aos jovens e lhes falarei sobre o poder de Deus. Eu lhes direi que Deus é forte e podemos confiar nEle, quer na juventude, quer na velhice.

Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força (v. 18).

7.         Recordarei que em Deus existem coisas que estão além de minha imaginação e que em breve eu as conhecerei.

Ora, a tua justiça, ó Deus, se eleva até aos céus (v. 19).

8.         Considerarei todo meu sofrimento e aflição como um dom de Deus e um caminho para a glória.

Tu, que me tens feito ver muitas angústias e males, me restaurarás ainda a vida (v. 20).

9.         Resistirei aos estereótipos de pessoas velhas, brincarei, cantarei e exultarei (quer pareça conveniente, quer não).

Eu também te louvo com a lira, celebro a tua verdade, ó meu Deus; cantar-te-ei salmos na harpa, ó Santo de Israel (v. 22). Os meus lábios exultarão quando eu te salmodiar (v. 23).

Convido-o a juntar-se a mim nestas resoluções e a depositar sua esperança na preciosa promessa de Deus às pessoas de idade: "Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei" (Is 46.4).

Declarando a Obra de Cristo em Meu Favor – por Pastor Miranda


 Declaração de mudança: Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Rm 6:14).

2.       Ordem para mudar: Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal (Rm 6:12).

3.       Declaração de mudança: E, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça (Rm 6:18).

4.       Ordem para mudar: Oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça (Rm 6:19).

5.       Declaração de mudança: Foi crucificado com ele o nosso ve¬lho homem (Rm 6:6).

6.       Ordem para mudar: Considerai-vos mortos para o pecado (Rm 6:11).

7.       Declaração de mudança: [...] vos despistes do velho homem com os seus feitos (Cl 3:9).


8.       Ordem para mudar: [...] vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano (Ef 4:22).

9.       Declaração de mudança: [...] e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daque¬le que o criou (Cl 3.10).


10.     Ordem para mudar: [...] e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade (Ef4:24).

11.     Declaração de mudança: Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes (Gl 3:27).

12.     Ordem para mudar: Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo (Rm 13:14).


13.     Ordem para mudar: Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências (Rm 13:14).


14.     Declaração de mudança: E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências (Gl 5:24).

Se não fosse a Obra de Cristo, jamais pecador nenhum poderia declarar esses feitos.


sábado, 25 de junho de 2011

Para que frutifiquemos para Deus – John Piper



... meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus. Romanos 7.4

Quando Cristo morreu por nós, nós morremos com ele. Deus olhou para nós que cremos como quem está unido a Cristo. Sua morte por nossos pecados foi nossa morte nele. Veja o capítulo anterior. Mas o pecado não foi a única realidade que matou a Jesus e a nós. A lei de Deus também o fez. Quando quebramos a lei pelo pecado, a lei nos sentencia à morte. Se não houvesse lei, não haveria castigo. "Onde não há lei, também não há transgressão" (Rm 4.15). Mas "... tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus" (Rm 3.19).

Não havia como escapar da maldição da lei. Ela era justa e nós éramos culpados. Só havia um modo de nos libertar. Alguém tinha de pagar a pena. Foi para isso que veio Jesus. "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar" (Gl 3.13).

Sendo assim, a lei de Deus não pode nos condenar se estivermos em Cristo. Seu domínio sobre nós é duplamente quebrado. Por um lado, as exigências da lei foram cumpridas por Cristo em nosso favor. Ele guardou perfeitamente a lei e isso foi creditado em nossa conta. Por outro lado, a penalidade da lei foi paga pelo sangue de Cristo.

É por isso que a Bíblia ensina claramente que estar bem com Deus não é questão de guardar a lei. "Ninguém será justificado diante dele por obras da lei" (Rm 3.20). "O homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus" (Gl 2.16). Não existe esperança de estar em paz com Deus por guardar a lei. A única esperança está no sangue e na justiça de Cristo, que é nossa somente pela fé. "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" (Rm 3.28).

Como, então, podemos agradar a Deus, se nos encontramos mortos para sua lei e ela não mais nos domina? A lei não é a expressão da boa e santa vontade de Deus? (Rm 7.12) A resposta bíblica é que, em vez de pertencermos à lei, que exige e condena, agora pertencemos a Cristo, que exige e concede. Anteriormente, a justiça nos era exigida do lado de fora, em letras escritas na pedra. Mas agora a justiça surge de dentro de nós como um desejo no nosso relacionamento com Cristo. Ele está presente e é real. Pelo seu Espírito ele nos auxilia em nossa fraqueza. Uma pessoa viva substituiu uma lista letal. "A letra mata, mas o espírito vivifica"'(2Co 3.6).

Por esta razão a Bíblia diz que o novo caminho da obediência é frutificador, e não guardador da lei."... meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, afim de que frutifiquemos para Deus" (Rm 7.4). Morremos para a guarda da lei para que vivamos em frutificação. O fruto cresce naturalmente na árvore. Se a árvore for boa, o fruto será bom. E a árvore, neste caso, é um relacionamento vivo no amor de Jesus Cristo. Para isto ele morreu. Agora ele nos convida a vir: "Confie em mim". Morra para a lei, para que você produza o fruto do amor.

Quando e Evangelho não é Boas-Novas - John Piper



O Evangelho não é boas-Novas sem a Glória de Deus. As implicações disto para o entendimento de 2 Coríntios 4.4, 6 são enormes.. "O evangelho da glória de Cristo" é o evangelho da glória de Deus, pois Cristo é Deus. Ver a glória da obra de Cristo, nos acontecimentos da Sexta-Feira e da Páscoa, é o mesmo que ver a glória de Deus. Amar a Cristo por sua obra salvadora, no evangelho, é o mesmo que amar a Deus. Não estou anulando todas as distinções entre o Pai e o Filho. Pelo contrário, estou contendendo contra toda separação. Estou argumentando que não é somente permissível, mas também essencial, vermos e experimentarmos a Deus na glória do evangelho. Essa é a ênfase de 2 Coríntios 4.4, 6.

O evangelho é a luz da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. E a luz da glória de Deus na face de Cristo. Isto é o que torna o evangelho em boas-novas. Se a glória de Deus, em Cristo, não nos fosse apresentada no evangelho, a fim de que a vejamos e a experimentemos para sempre, o evangelho não seria boas-novas. A ênfase não pode ser mais clara nestes versículos. Despertando nossa alma para vermos e experimentarmos a glória do evangelho, Paulo enfatiza, acima de tudo, nestes versículos, que o evangelho nos mostra a glória de Deus, para que a vejamos e a desfrutemos eternamente.

"Ees não vêem o Sol do Meio-Dia "

Não deixemos de ver o sol em pleno meio-dia. Estamos falando sobre a glória — radiância, fulgor, brilho. Glória é esplendor externo de tudo o que é glorioso. A glória de Deus é o lindo esplendor de Deus. Não existe esplendor maior. Nada, no universo, nem na imaginação de qualquer homem ou anjo, é mais brilhante do que o esplendor de Deus. Isto torna a cegueira de 2 Coríntios 4.4 horrorizante em seus efeitos. Calvino o disse com o tipo de admiração que ela merece: "Eles não vêem o sol do meio-dia". Essa é maneira como a glória de Deus é tão evidente no evangelho. Quando Deus pronuncia a ordem onipotente de criação e resplandece "em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo", as cortinas são abertas na janela de nosso chalé alpino, e o sol da manhã, refletido nos Alpes de Cristo, enche a sala com a sua glória.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Os afetos que tornam autêntica a adoração – John Piper



Sejamos específicos. Quais são esses sentimentos ou afetos que tornam autênticos os atos exteriores de adoração? Para chegar à resposta, recorreremos aos salmos e aos hinos inspirados do Antigo Testamento. Um conjunto de afetos diferentes entrelaçados pode tomar conta do coração a qualquer momento. Portanto, a extensão e sequência da lista abaixo não têm a intenção de limitar as possibilidades de prazer no coração de alguém.

Talvez a primeira resposta do coração ao ver a santidade majestosa de Deus seja o silêncio perplexo. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (SI 46.10). "O Senhor está em seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra" (He 2.20).

Do silêncio brota um sentimento de temor, reverência e maravilha diante da imensa grandeza de Deus. "Tema ao Senhor toda a terra, temam-no todos os habitantes do mundo" (Si 33.8).

E por sermos todos pecadores, em nossa reverência há um medo santo do poder justo de Deus. 'Ao Senhor dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso temor, seja ele o vosso espanto" (Is 8.13). "Entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor" (Si 5.7).

Esse temor, porém, não é um terror paralisante, cheio de ressentimento contra a autoridade absoluta de Deus. Ele encontra alívio na contrição, no arrependimento e na tristeza por nossa distância de Deus. "Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus" (SI 51.17). "Assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos" (Is 57.15).

Misturado ao sentimento genuíno de contrição,e tristeza pelo pecado aparece um anseio por Deus. "Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo" (SI 42.1, 2). "Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus c a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre" (SI 73.25, 26). "O Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água" (SI 63.1).

Deus não fica indiferente ao anseio contrito da alma. Ele vem, retira a carga do pecado e enche nosso coração de alegria e gratidão. "Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria, para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. Senhor, Deus meu, graças te darei para sempre" (SI 30.11, 12).

Nossa alegria, porém, não é resultado apenas da gratidão gerada pelo olhar em retrospectiva. Ela também vem do olhar esperançoso prospectivo:

"Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu" (Si 42.5). "Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra" (SI 130.5).

No fim das contas, o coração não anseia por qualquer das dádivas de Deus, mas pelo próprio Deus. Vê-lo, conhecê-lo e estar em sua presença é o maior banquete da alma. Depois disso ela não quer mais nada. As palavras passam a ser insuficientes. Nós falamos de prazer, alegria, delícia, mas esses são apenas frágeis indicadores da experiência indizível.

"Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo" (SI 27.4). "Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente" (Si 16.11). "Agrada-te do Senhor" (Si 37.4).

Esses são alguns dos afetos do coração que podem evitar que a adoração seja "em vão". Adorar é uma maneira alegre de refletir de volta para Deus o brilho do seu valor. Não é um mero ato de vontade, pelo qual executamos ações externas. Sem a participação do coração, não adoramos de verdade. O envolvimento do coração na adoração é o despertamento de sentimentos, emoções e afetos do coração. Onde os sentimentos por Deus estão mortos, a adoração está morta.

A adoração genuína precisa incluir sentimentos interiores que refletem o valor da glória de Deus. Se não fosse assim, a palavra hipócrita não teria sentido. Mas a hipocrisia existe—ter emoções exteriores (como cantar, orar, dar, recitar) que significam afetos do coração que não existem. "Este povo me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim."

Nada mais é Necessário – John piper



Para cancelar o escrito de dívida contra nós da lei de Deus ... a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões... vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de divida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz.

Colossenses 2.13,14

Que loucura imaginar que nossas boas obras pudessem um dia pesar mais que nossos maus atos. É loucura por duas razões:

Primeiro, não é verdade. Mesmo nossas boas obras são defeituosas porque não honramos a Deus no modo como as fazemos. Realizamos as boas obras numa feliz dependência de Deus com vistas a fazer conhecido o seu valor supremo? Cumprimos o mandamento que a tudo engloba de servir as pessoas "na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo" (1 Pe 4.11)?

O que diremos, pois, em resposta à palavra de Deus: "tudo o que não provém de fé é pecado" (Rm 14.23)? Creio que não diremos nada. "Ora, sabemos que tudo o que alei diz... para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus" (Rm 3.19). Não diremos nada. É loucura pensar que nossas boas obras pesarão mais que nossas obras más diante de Deus. Sem a fé que exalte a Cristo, nossas obras nada significam exceto rebeldia.

A segunda razão pela qual é loucura colocar a esperança nas boas obras é que não é assim que Deus nos salva. Se somos salvos das consequências de nossas más obras, não será porque elas pesavam menos do que nossas boas obras. Será porque o "escrito de nossa dívida" no céu foi cravado na cruz de Cristo. Deus tem um modo totalmente diferente de salvar os pecadores que não consiste em pesar as suas obras. Não existe esperança em nossas obras. Só há esperança no sofrimento e morte de Cristo.

Não existe salvação em equilibrar os documentos. Só há sal¬vação no cancelamento desses documentos. O escrito de nossas obras más (incluindo nossas boas obras defeituosas), juntamente com as justas penalidades que cada um merece, precisa ser can¬celado - não feito um balanço. Foi para isso que Cristo sofreu e morreu.

Esse cancelamento aconteceu quando o escrito de dívidas foi "cravado na cruz" (Cl 2.13). Como esse documento condenatório foi pregado na cruz? Não foi pregado um pergaminho - Cristo foi pregado. Cristo tornou-se o documento condenatório de nossas obras más (eboas). Ele suportou a minha condenação. Ele colocou minha salvação sobre uma base totalmente diferente. Ele é minha única esperança. E a fé nele é o único caminho para Deus.

A cruz - a base de toda nossa glória – John Piper



... longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.
Gaiatas 6.14

Parece um absurdo: gloriar-se somente na cruz! Mesmo? Literalmente, somente na cruz? A Bíblia fala a respeito de outras coisas das quais nos gloriamos. Gloriar-nos na glória de Deus (Rm 5.2). Gloriar-nos em nossas tribulações (2Co 12.9). Gloriar-nos no povo de Cristo (lTs 2.19,20). Por que o "só" aqui?

Significa que todas as demais jactâncias ainda devem se gloriar na cruz. Se nos gabamos da esperança da glória, isso deve ser glória da cruz de Cristo. Se nos orgulhamos do povo de Cristo, esse orgulho deve ser na cruz. Gloriar-se apenas na cruz significa que somente a cruz capacita para outros motivos legítimos de glória, e todo orgulho legítimo deve, portanto, honrar a cruz.

Por quê? Porque toda boa dádiva - na verdade, até mesmo as coisas ruins que Deus permite e transforma em bem - foi obtida para nós pela cruz de Cristo. Sem fé em Cristo, os pecadores obtêm somente julgamento. Sim, existem muitas coisas agradáveis que acontecem com os descrentes. Mas a Bíblia ensina que mesmo essas bênçãos naturais da vida apenas aumentarão a severidade do julgamento de Deus no final, se não forem recebidas com gratidão na base do sofrimento de Cristo (Rm 2.4,5).


Sendo assim, tudo em que temos prazer, como povo de Cristo, é devido a sua morte. Seu sofrimento absorveu todo o julgamento merecido por pecadores culpados e comprou todo o bem que desfrutam os pecadores perdoados. Assim, toda a glória nessas coisas deve ser gloriar-se na cruz de Cristo. Não somos tão centrados em Cristo quanto deveríamos ser, nem amamos tanto a cruz quanto deveríamos, porque não ponderamos a verdade que todo bem, e tudo que é mau que Deus transforma em bem, foi comprado pelo sofrimento de Cristo.


Como passar a focalizar de modo radical a cruz? Devemos despertar para a verdade de que, quando Cristo morreu sobre a cruz, nós morremos juntos (ver capítulo 31). Quando aconteceu isso ao apóstolo Paulo, ele disse:"... o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo" (Gl 6.14). É esta a chave do gloriar-se na cruz de Cristo.


Quando se confia em Cristo, as fortes atrações do mundo se quebram. Você é, para o mundo, um cadáver, e o mundo, um morto para você. Em termos positivos, você é "nova criatura" (Gl 6.15). A velha morreu. Um novo você está vivo - o você da fé em Cristo. O que marca essa fé é que ela considera Cristo como maior tesouro que qualquer outra coisa do mundo. Morreu o poder do mundo de seduzi-lo.

Estar morto para o mundo quer dizer que todo prazer legítimo do mundo toma-se evidência, comprada por sangue, do amor de Cristo e razão para gloriar-se na cruz. Quando nosso coração traça o caminho de volta do brilho da bênção até sua origem na cruz, o mundanismo daquela bênção morre e Cristo crucificado é tudo.

Abominando os Festejos Juninos – Por Pastor Miranda


Quem foi João Batista?
 João Batista (Judéia, 2 a.C. - 27 d.C.) foi um pregador judeu, do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.
Segundo a narração do Evangelho de Lucas, João Baptista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias (Lucas 3.1-21), Jesus Cristo. Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos. Batísmo arrependimento.
João Batista em seus dias abominaria os festejos juninos. E por abominar e reprovar seria não mais DECAPTADO, E SIM QUEIMADO VIVO, em nossos dias. Esse relato faz-nos lembrar do grande reformador  John Huss, foi queimado em praça pública por denuncia o pecado do povo.
Ele chamaria a multidão de: “RAÇA DE VIBORAS” (Lucas 3.7). Ele chamaria a multidão de: ADÚLTEROS E ADÚLTERAS. “João Batista dizia a Herodes: Não te é lícito adulterar (possuir) a mulher de teu irmão”(Marcos 6.18).
O homem João é considerado o santo adivinhador, festeiro, protetor dos casamentos, protetor dos enfermos, cura dor de cabeça e dor de garganta. João Batista foi o precursor daquele que exerce doto poder e senhoril, o Deus Emanoel.
Os VERDADEIROS evangélicos não concordam e não participam das festas juninas porque, na verdade, essa é uma celebração a CRIATURAS. As comidas, as danças, longe de ser apenas uma diversão, são oferecidas aos ídolos. A Bíblia é muito clara em relação à idolatria e à exortação a não cultuarmos outros deuses e nenhuma associação com eles “Não vos ponha em jugo desigual com os incrédulos...”  (II Coríntios 6.14-16). Para saber mais sobre esses assuntos, leia 1 Sm. 15: 23; At. 17:16; 1 Co. 01:14; e Gl. 5:20. Sobre comida sacrificada aos ídolos, leia At. 15:20; Rm. 14:15-21; 1 Co. 8;10:25-33. Tiago 4.4.
Louvamos a Deus por que esse festejo é conhecido como “Maior são João do Mundo”. O mundo inteiro jaz no maligno (I João 5.19). Logo a festa não é de Deus. Para aqueles que nasceram de Cristo não há mais deleite nas coisas que o mundo os oferece “Se alguém está  em Cristo, nova criatura é...”(II Coríntios 5.17). Deus ordena a sua igreja “Não quero que sejais participantes com os demônios” (I Coríntios 10.20).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quem ama sofre pela alegria - John Piper




Amar custa caro. O amor sempre inclui algum tipo de autonegação. Ele com freqüência exige sofrimento. Mas o prazer cristão insiste em que o lucro supera a dor. Ele afirma que há raros e maravilhosos espécimes de alegria que florescem apenas no ambiente chuvoso do sofrimento. "Aalma não teria arco-íris se o olho não tivesse lágrimas." A cara alegria do amor é ilustrada várias vezes em Hebreus 10-12.Veja esses três exemplos:

Hebreus 10.32-35

Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações, e em parte fostes participantes com os que assim foram tratados. Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com alegria permitistes o roubo dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente. Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.

Baseado em minha pequena experiência com o sofrimento, eu não teria direito em mim mesmo de dizer que algo assim é possível — aceitar com alegria o saque dos bens. Mas a autoridade do prazer cristão não está em mim, está na Bíblia. Não tenho o direito por mim mesmo de dizer: "Alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo" (IPe 4.13). Pedro pode fazê-lo porque ele e os outros apóstolos foram torturados por causa do evangelho e "retiraram-se da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus" (At 5.41).

Os cristãos em Hebreus 10.32-35 obtiveram o direito de ensinar-nos sobre o amor caro. A situação parece ter sido essa: nos primeiros dias da sua conversão, alguns deles tinham sido presos por causa da fé. Os outros tiveram de enfrentar uma decisão difícil: Devemos nos esconder e permanecer "seguros", ou devemos visitar nossos irmãos e irmãs na prisão e arriscar nossa vida e nossas propriedades? Eles escolheram o caminho do amor e aceitaram pagar o preço. "Vocês participaram do sofrimento dos prisioneiros. E, quando tiraram tudo o que vocês tinham, vocês suportaram isso com alegria" (BLH).

Será que eles saíram perdendo? De forma alguma. Eles perderam bens e ganharam alegria! Eles aceitaram a perda com alegria. Em um sentido eles negaram a Si mesmos. Mas em outro não. Eles escolheram o caminho da alegria. É evidente que esses cristãos foram motivados para o ministério na prisão da mesma maneira que os macedônios (cf. 2Co 8.1 -8) foram motivados a ajudar os pobres. Sua alegria em Deus transbordou em amor pelos outros. Eles olharam para sua própria vida e disseram: "A tua benignidade é melhor do que a vida" (SL 63.3). Olharam para todas as suas posses e disseram: "Temos uma propriedade no céu que é melhor e dura mais que qualquer uma dessas" (v. 34). Depois olharam um para o outro e disseram:

Se temos de perder Os filhos, bens, mulher,
Embora a vida vá,
Por nós Jesus está,
E dar-nos-á seu reino.
Martinho Lutero

Com alegria eles "renunciaram a tudo quanto tinham" (Lc 14.33) e seguiram Cristo para a prisão, para visitar seus irmãos e irmãs. O amor é o transbordar da alegria em Deus que atende as necessidades dos outros.

Hebreus 11.24-26

Para gravar bem a lição, o autor de Hebreus cita Moisés como exemplo desse tipo de prazer cristão. Observe como a motivação é semelhante à dos primeiros cristãos no capítulo 10.
Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.

Em Hebreus 10.34 o autor disse que o anseio dos cristãos por uma propriedade melhor e mais
duradoura transbordou em amor feliz, que lhes custou suas propriedades. Aqui no capítulo 11, Moisés é um herói para a igreja porque seu prazer na recompensa prometida transbordou em tal alegria que considerou, em comparação, os prazeres do Egito como lixo e dedicou se para sempre ao povo de Deus em amor.

Nada aqui trata de autonegação completa. Ele recebeu olhos para ver que os prazeres do Egito eram "por um pouco de tempo", não eternos. Foi lhe concedido ver que sofrer pela causa do Messias era "maior riqueza do que os tesouros do Egito". Avaliando essas coisas, ele foi induzido a dar a Si mesmo pelo esforço do prazer cristão — o amor. E ele passou o resto dos seus dias canalizando a graça de Deus para o povo de Israel. Sua alegria em Deus transbordou em uma vida de serviço a um povo recalcitrante e carente. Ele escolheu o caminho da alegria máxima, não dos "prazeres transitórios".

Hebreus 12.1, 2

Levantamos acima a questão de o exemplo de Jesus contradizer ou não o princípio do prazer cristão, ou seja, que o amor é o caminho da alegria e que devemos escolhê-lo exatamente por essa razão, para não sermos descobertos recusando obedecer ao Todo-poderoso ou enterrando o privilégio de ser um canal da graça, ou desprezando a recompensa prometida. Hebreus 12.2 parece dizer com muita clareza que Jesus não contrariou esse princípio.

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o autor e consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.

O maior esforço de amor jamais feito foi possível porque Jesus buscou a maior alegria imaginável, que é a alegria de ser exaltado a direita de Deus na assembléia do povo redimido. "... em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz!"

Em 1978 eu estava tentando explicar algumas dessas coisas a uma classe de estudantes universitários. Como de costume, encontrei vários que eram bem céticos. Um dos mais pensativos escreveu-me uma carta para expressar seu desacordo. Como essa é uma das objeções mais sérias levantadas contra o prazer cristão, creio que será útil para outros se eu transcrever aqui a carta de Ronn e minha resposta.

Dr. Piper,

Discordo da sua posição de que quem ama busca seu próprio prazer ou é por ele motivado. Aceito que todos os exemplos que citou são verídicos: o senhor mencionou muitos casos em que a alegria pessoal é aumentada e pode até ser a motivação para alguém amar a Deus ou outra pessoa. Mas o senhor não pode estabelecer uma doutrina sobre o fato de que algumas evidências a sustentam, enquanto não puder mostrar que nenhuma evidência a contradiz.
Dois exemplos do segundo tipo: Imagine-se com Jesus no Getsêmani. Ele está para realizar o supremo ato de amor de toda a história. Você anda até ele, decidido a testar a posição que você tem em relação ao prazer cristão. Esse ato supremo de amor não deveria proporcionar grande prazer, abundante alegria? Todavia, o que é que você vê? Cristo está suando terrivelmente, angustiado, chorando. Não é possível encontrar alegria em nenhum lugar. Cristo está orando. Você o ouve perguntando a Deus se não há saída. Ele diz a Deus que o ato iminente será difícil e doloroso ao extremo. Não há um caminho divertido?

Graças a Deus, Cristo escolheu o caminho difícil. Meu segundo exemplo não é bíblico, apesar de poder ter tirado muitos outros dali. Você já ouviu falar em Dorothy Day? É uma mulher muito idosa que dedicou sua vida a amar os outros, em especial os pobres, deslocados, oprimidos. Sua experiência de amar quando não havia alegria levou-a a dizer isso: "O amor em
ação é algo doloroso e assustador". Não tenho como não concordar com ela. Eu gostaria de saber que resposta você dá a Ronn

Respondi a Ronn na mesma semana, em dezembro de 1978. Dorothy Day já morreu, mas preservarei as referências como eram na época. Por acaso, hoje tenho em Ronn um amigo, alguém que pensa a fundo sobre a cosmovisão cristã.

Ronn,

Muito obrigado por seu interesse em ter uma posição bem bíblica nessa questão do prazer cristão — uma posição que faça justiça a todos os dados disponíveis. Esse também é o meu objetivo. Assim, tenho de perguntar se seus dois exemplos (Cristo no Getsêmani e Dorothy Day no serviço doloroso do amor) contradizem ou
confirmam minha posição.

1) Vejamos primeiro o Getsêmani. Para que minha tese fique comprovada, tenho de ser capaz de mostrar que, apesar do horror da cruz, a decisão de Jesus de aceitá-la foi motivada por sua convicção de que esse caminho lhe daria mais alegria do que o caminho da desobediência. Hebreus 12.2 diz "... em troca da alegria que lhe estava proposta, [Jesus] suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia". Ao dizer isso, o escritor quer citar Jesus como mais um exemplo, além dos santos de Hebreus 11, de uma pessoa que anseia pela alegria que Deus proporciona e tem tanta certeza de recebê-la que rejeita "o gozo do pecado", que dura "um pouco de tempo" (Hb 11.25), para escolher ser maltratada para não deixar de alinhar-se com a vontade de Deus. Por isso, não é errado dizer que o que sustentou Cristo nas horas escuras do Getsemani foi a esperança da alegria além da cruz.

Isso não diminui a realidade e a grandeza do seu amor por nós, porque a alegria em que ele esperava era conduzir muitos filhos à glória (Hb 2.10). Ele se alegra em nossa redenção, que redunda na glória de Deus. Abandonar a cruz, e com isso a nós e a vontade do Pai, era uma possibilidade tão horrível na mente de Cristo que ele a repeliu e aceitou a morte.

Meu artigo sobre "Satisfação insatisfeita", no entanto lera a esse artigo que Ronn estava reagindo; seu conteúdo foi incorporado nesse capítulo], propõe ainda mais: que em algum sentido muito profundo deve haver alegria no próprio ato de amor, para que este possa agradar a Deus. Você mostrou claramente que, para isso ser verdade no caso da morte de Jesus, tem de haver uma diferença radical entre alegria e "diversão". Todos nós sabemos que isso é verdade.
Não é justo que você mude de dizer "não há um caminho divertido" no Getsemani para "não é possível encontrar alegria em nenhum lugar". Eu sei que, naqueles momentos em minha vida em que escolhi fazer as boas ações que mais me custaram, senti (com e sob as feridas) uma alegria muito profunda ao fazer o bem.

Eu imagino que, quando Jesus se levantou da sua última oração no Getsêmani com a decisão de morrer, fluiu por sua alma um sentimento glorioso de triunfo sobre a tentação daquela noite. Não dissera ele: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra" (Jo 4.34)? Jesus gostava de fazer a vontade do Pai assim como nós gostamos de comer. Terminar a obra do Pai era o que o alimentava; abandoná-la seria escolher morrer de fome. Eu acho que houve alegria no Getsêmani quando Jesus foi levado — não diversão, não prazer sensual, nem riso, na verdade nada que esse mundo pode oferecer. Mas havia, no fundo do
coração de Jesus, um sentimento bom de que sua ação estava agradando seu Pai, e que a recompensa que viria superaria toda a dor. Esse sentimento profundamente bom é o que capacitou Jesus a fazer por nós o que ele fez.

(2) Sobre Dorothy Day você afirma: "A experiência por que ela passou de amar (os pobres, deslocados e oprimidos) quando não restava mais alegria levou-a a dizer isto: 'O amor em ação é algo doloroso e assustador'". Tentarei responder de duas formas.

Primeiro, não se precipite concluindo não existir alegria nas coisas "dolorosas e assustadoras". Há alpinistas que passaram noites sem dormir escalando montanhas e que perderam dedos das mãos e dos pés por causa das temperaturas abaixo de zero, vivendo momentos horríveis para alcançar o cume. Eles dizem: "Foi doloroso e assustador". Mas se você lhes perguntar por que o fazem, a resposta sempre será esta: "Há uma alegria na alma que proporciona uma sensação tão boa que compensa todo o sofrimento".

Se isso acontece com alpinistas, o mesmo não pode valer para o amor? Não é uma prova de como somos mundanos em nossa tendência de sentir mais alegria em escalar montanhas do que em superar os precipícios do desamor em nossa vida e sociedade? Sim, o amor com freqüência é algo "doloroso e assustador", mas não vejo como alguém que preza o que é bom e admira Jesus pode deixar de sentir uma grande alegria quando (pela graça) pode amar outra pessoa.

Agora deixe-me abordar a situação de Dorothy Day de outra maneira. Imaginemos que eu seja um dos pobres que ela está tentando ajudar com muito esforço. Creio que poderíamos ter o seguinte diálogo: —Por que a senhora está fazendo isso por mim, Miss Day?

—Porque eu o amo.
—O que a senhora quer dizer com "eu o amo"? Eu não tenho nada a oferecer.
Não sou digno de amor.
—Pode ser. Mas não há formulários a preencher para receber o meu amor.
Aprendi isso de Jesus. O que quero dizer é que eu quero ajudá-lo porque Jesus me
ajudou muito.
—Então a senhora está tentando satisfazer seus anseios?
—Você pode colocá-lo nesses termos. Um dos meus anseios mais profundos é
fazer de você uma pessoa feliz e com propósito na vida.
—Incomoda a senhora o fato de eu ser mais feliz e ter mais sentido na vida
desde que a conheci?
—Deus o livre dessa idéia! O que poderia fazer-me mais feliz?
—Então, no fundo, a senhora passa todas essas noites aqui sem dormir pelo que
a deixa feliz, não é verdade?
—Se eu disser que sim, alguém poderia entender-me mal. Poderia pensar que no
fundo eu não me importo com você, apenas comigo mesma.
—Mas, pelo menos para mim, a senhora não concordaria?
—Sim, para você eu digo: eu trabalho pelo que me dá a maior alegria: a sua
alegria.
—Obrigado. Agora eu sei que a senhora me ama