quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Falta de Oração é Egoísmo - Por Tim Challies



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Eu já disse muitas vezes que a oração sempre foi uma batalha para mim. Não é que eu não ore – eu oro! – mas considero uma batalha colocar minha teologia em ação no dia a dia e viver minhas convicções mais profundas sobre oração ao realmente orar. Experimento pouco da alegria e do sentimento de realização de que muitos dos grandes “oradores” falam. Com bastante frequência, preciso contar mais com os fatos objetivos sobre oração em que creio do que com algum sentimento subjetivo de satisfação.

Semana passada, recebi um golpe ao ler o livro It Happens After Prayer [Acontece Depois da Oração], de H.B. Charles Jr. Se puder ler um livro inteiro e apegar-me a uma grande aplicação ou um grande desafio, eu o considero um livro que foi digno do tempo que investi nele. Há muitas conclusões úteis no livro de Charles, mas a que espero que permaneça comigo é esta: “As coisas pelas quais você ora são aquelas que você confia em Deus para tratar. As coisas que você negligencia na oração são aquelas que você confia que pode tratar por conta própria”. Em um sentido, é uma percepção óbvia, mas, as melhores percepções normalmente são assim. Eu deveria saber disso e, na verdade, acho que sabia. Mas eu precisava dela claramente explicitada nesse momento da minha vida.

Semana passada, enquanto orava, e enquanto me ocupava com a preparação de um sermão, fui atingido por um pensamento relacionado: Falta de oração é egoísmo. Eu passei um tempo orando conforme as diretrizes bastante úteis de Mike McKinley e me peguei orando para que eu crescesse em amor por aqueles que ouvissem o sermão, que eu tivesse sabedoria para aplicar o texto na vida deles, que eu enxergasse como a passagem confronta a incredulidade daqueles que a ouviriam, e assim por diante. E o que me chamou atenção é que não orar, e não orar fervorosamente, durante meu processo de preparação do sermão seria o cúmulo do egoísmo. Eu estaria confiando que poderia lidar com o esboço do sermão e com as aplicações exatas apenas com minhas capacidades. Eu estaria efetivamente negando ao Senhor a oportunidade de realizar sua obra através desse sermão. “Vá fazer outra coisa; eu cuidado disso!”.

O próprio texto me deu uma ilustração. Eu estava pregando o primeiro capítulo de Jonas e, ali, encontramos Jonas a bordo de um navio em meio a uma tempestade tão poderosa que ameaça destruir o barco e todos nele. Há somente um homem naquele navio que teme a Deus, apenas um homem que tem a capacidade de clamar ao Deus que realmente existe e que realmente tem o poder de acalmar a tempestade. E ele é o único homem que se recusa a clamar a seu Deus, o único que desce e dorme profundamente. Mesmo quando o capitão o acorda e o recrimina por não orar, não temos qualquer indicação de que ele ore. Sua falta de oração é egoísmo e ameaça a tripulação daquela pequena embarcação.

Se eu creio que a oração funciona, se eu creio que a oração é um meio pelo qual o Senhor age, se eu creio que Deus escolhe trabalhar por meio da oração de maneiras poderosas e de maneiras que ele não trabalharia sem a oração, então é egoísmo da minha parte não orar. Orar é amar; não orar é complacência, é desamor, é ser egoísta.

Falta de oração é egoísmo para o pastor que não ora durante o processo de preparar um sermão. Ele expressa amor por sua igreja quando ora e clama pela sabedoria e iluminação de Deus.

Falta de oração é egoísmo para o pai que não ora por seus filhos, pela segurança, santificação, salvação, obediência e cada necessidade deles.

Falta de oração é egoísmo para o membro de igreja que não ora para que a graça do Senhor seja estendida a seus amigos, àqueles que estão batalhando contra um pecado específico e vendo vitórias encorajadoras e fracassos de partir o coração.

Falta de oração é egoísmo para o cristão que não orar por seus próximos, que o Senhor os salve e que o Senhor até o utilize como aquele que compartilhará com eles as boas novas do Evangelho.

Falta de oração é egoísmo para cada um de nós quando negligenciamos orar por nossos irmãos e irmãs ao redor do mundo que estão enfrentando perseguição. Negligenciar a oração por eles é dizer ao Senhor que ele pode muito bem permitir que continuem sofrendo.

E se falta de oração é egoísmo, então, uma das melhores maneiras que posso amar minha igreja, família, amigos, o próximo e irmãos distantes é ajoelhar-me e interceder em favor deles.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Tudo tem seu Fim - por Pr J Miranda



Jonathan Edwards (1703-1758):

Nos dias de sua [Jesus] encarnação, os seus discípulos tinham uma medida dos dons miraculosos do Espírito, sendo habilitados desta forma para ensinar e fazer milagres.  Mas, depois da ressurreição e ascensão, ocorreu o mais completo e notável derramamento do Espírito em seus dons milagrosos que já existiu, começando com o dia de Pentecostes, depois da ressureição Cristo e Sua ascenção ao céu.  E, em conseqüência disto, não somente aqui e ali uma pessoa extraordinária era dotada de dons extraordinários, mas eles eram comuns na igreja, e assim continuou durante a vida dos apóstolos, ou até a morte do último deles, mesmo o apóstolo João, que viveu por cerca de cem anos desde nascimento de Cristo, de modo que os primeiros cem anos da era cristã, ou o primeiro século, foi a era dos milagres.
Mas, logo após a finalização do cânon da Escritura quando o apóstolo João escreveu o livro do Apocalipse, não muito antes de sua morte, os dons miraculosos tiveram seu fim na igreja. Pois, agora, a revelação escrita da mente e da vontade de Deus estava completa e estabelecida. Revelação na qual Deus havia perfeitamente gravado uma regra permanente e totalmente suficiente para Sua igreja em todas as eras.  Com a igreja e a nação judaica derrotadas, e a igreja cristã e a última dispensação da igreja de Deus estabelecidas, os dons miraculosos do Espírito já não eram mais necessários e, portanto, eles cessaram; pois embora eles tenham continuado na igreja por tantas eras, eles se extinguiram, e Deus fez com que fossem extintos porque já não havia ocasião favorável a eles.  E assim foi cumprido o que está dito no texto: “Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão;. Havendo ciência, desaparecerá".  E agora parece ser o fim para todos os frutos do Espírito tais como estes, e não temos mais razão de esperar que voltem.
(Fonte: Jonathan Edwards, sermão intitulado "O Espírito Santo deve ser comunicado ao Santos para sempre, In na graça da caridade, ou amor divino", em 1 Coríntios 13:8).
Os dons extraordinários foram dados para a fundação e o estabelecimento da igreja no mundo. Mas, depois que o cânon das Escrituras foi concluido e a igreja cristã foi plenamente fundada e estabelecida, os dons extraordinários cessaram.
(Fonte: Jonathan Edwards, Caridade e seus frutos, 29.)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

‘Não há fogo no inferno, Adão e Eva não são reais’, diz o Papa Franci


"Todas as religiões são verdadeiras , porque elas são verdadeiras nos corações de todos aqueles que acreditam neles", disse o Papa
O artigo “Não há fogo no inferno, Adão e Eva não são reais”, diz Papa Francisco foi retirado de um site espanhol na qual a fonte encontra-se no final do texto. Me surpreende algumas atitudes desse Papa. Não é de hoje que ele gera polemica com suas revelações.  Colocarei os texto do artigo e da minha opinião em cores diferentes para melhor compreensão.
Vatican Pope
Artigo traduzido:
Um homem que está lá para abrir muitos “segredos ” antigos na Igreja Católica é o Papa Francisco. Algumas das crenças que são realizadas na igreja, mas que são contra a natureza amorosa de Deus, estão sendo revistas pelo Papa, que foi recentemente nomeado o ‘ Homem do Ano ‘ pela revista TIME .
Em suas últimas revelações , o Papa Francisco disse :
” Por meio da humildade , da introspecção e contemplação orante ganharam uma nova compreensão de certos dogmas . A igreja já não acredita em um inferno literal , onde as pessoas sofrem . Esta doutrina é incompatível com o amor infinito de Deus. Deus não é um juiz , mas um amigo e um amante da humanidade. Deus nos procura não para condenar, mas para abraçar . Como a história de Adão e Eva , nós vemos o inferno como um artifício literário . O inferno é só uma metáfora da alma exilada (ou isolada), que, como todas as almas em última análise, estão unidos no amor com Deus. “
Em um discurso poderoso que está repercutindo em todo o mundo , o Papa Francisco declarou:
” Todas as religiões são verdadeiras , porque elas são verdadeiras nos corações de todos aqueles que acreditam neles. Que outro tipo existe realmente ? No passado , a igreja a igreja considerava muitas coisas como pecado que hoje já não são julgadas dessa maneira . Como um pai amoroso, nunca condena seus filhos. Nossa igreja é grande o suficiente para heterossexuais e homossexuais , por pró-vida e pró- escolha! Para os conservadores e liberais , até mesmo os comunistas são bem-vindos e se juntaram a nós . Todos nós amando e adorando o mesmo Deus . “Nos últimos seis meses , os cardeais, bispos e teólogos católicos têm debatido na Cidade do Vaticano sobre o futuro da Igreja e da redefinição das doutrinas católicas e seus dogmas.” 
O Terceiro Conselho do Vaticano com o Papa Francisco concluiu anunciando que …
O catolicismo é uma religião agora “moderno e razoável , que passou por mudanças evolutivas. Hora de deixar toda intolerância. Devemos reconhecer que a verdade religiosa evolui e muda . A verdade não é absoluta ou imutável. Mesmo ateus reconhecem o divino. Através de atos de amor e caridade ateu reconhece Deus , bem como, redime a sua alma , tornando-se um participante ativo na redenção da humanidade. “
A declaração sobre o discurso do Papa enviou os tradicionalistas a um ataque de confusão e histeria .
” Deus está mudando e evoluindo como nós somos, porque Deus habita em nós e em nossos corações. Quando espalhar o amor e bondade no mundo , nós reconheceremos nossa divindade . A Bíblia é um livro sagrado bonito, mas como todas as grandes obras antigas , algumas passagens estão desatualizadas. Algumas passagens chamam mesmo para intolerância ou julgamento. É o tempo de ver estes versos como interpolações posteriores , contra a mensagem do amor e da verdade , caso contrário, irradiando através da Escritura chegou. Com base em nossa nova compreensão , vamos começar a ordenar mulheres como cardeais, bispos e sacerdotes. No futuro , é minha esperança de que , um dia , um papa feminino não permita que qualquer porta que está aberta para um homem seja fechada para uma mulher.
Alguns cardeais da Igreja Católica são contra as recentes declarações do Papa Francisco.’
Acredito que se continuar dessa forma logo esse Papa se assumirá Ateu! rs Falando sério, ele já revelou outras opiniões polemicas que a própria igreja logo desmentiu, dizendo não ser essa a verdade. Mas dessa vez será que vamos ter outra retratação ou realmente havará mudanças nos dogmas católicos?
Outro ponto de vista que tenho em relação a declaração dele referente a alguns versos da Biblia não serem literais, causa não só uma mudança de paradigma, mas uma possível descredibilidade da propria história aprensentada ali. Pois quem me garante que Jesus e outros personagens realmente existiram ou não são mais uma alegoria/metáfora como Inferno, Adão e Eva?

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Satanás pode ouvir nossos pensamentos? John MacArthur


jm004-bocacalada.jpg (38K) - Perdão
Satanás pode ouvir o que nós dizemos e conhece os nossos pensamentos? Deveríamos evitar orar em voz alta porque Satanás poderia nos ouvir?

Não há nada na Bíblia que indique que Satanás é onisciente. Não há nenhum versículo que diga que ele sabe tudo ou que ele pode ler nossos pensamentos. Mas ele é perito em predizer o comportamento humano porque ele o viu em operação por tanto tempo. Ele pode antecipar o que você fará em uma determinada situação sem conhecer seus pensamentos por causa do conhecimento que ele tem da humanidade e porque ele tem uma mente sobrenatural.

Mas em termos de ser onisciente e poder ler seus pensamentos (como Deus pode fazer), a Bíblia não apóia essa idéia de forma alguma. Ela nunca nos diz que anjos são oniscientes. E se um anjo santo não é onisciente, um caído também não é. Portanto, Satanás não pode ler nossos pensamentos, mesmo que ele seja bom em predizer o comportamento humano porque ele já viu tanto dele.

"E se um anjo santo não é onisciente, um caído também não é."

Eu falei em uma conferência em Iowa sobre este problema. Pessoas estavam perguntando coisas como "Como você lida com demônios?" e "Precisamos de exorcismo para nos livrarmos de demônios?" Bem, há muitas pessoas hoje que dizem que sim. Eu li um livro sobre libertação, certa vez, no qual o autor descreveu um médico que foi supostamente libertado do demônio do gotejamento pós-nasal1. E nessa abordagem, sempre que você pensa que tem um demônio, há uma certa fórmula mágica que você diz ou você anda de uma lado para o outro ou "clama o sangue"2 - seja lá o que for que essa frase signifique, já que não vem da Bíblia. O sangue já foi clamado em seu favor na hora da sua salvação e isso resolve a questão.

Há pessoas que defendem pequenas fórmulas e práticas do tipo sessão-espírita com uma conotação cristã, reivindicando que podem expulsar demônios e assim por diante. Mas quando você vai para a Bíblia, percebe que lidar com o diabo é realmente tão simples quanto ir a Efésios 6 e vestir a armadura de Deus. Veja que, em Efésios 6, diz assim: " a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades", certo? Nós estamos lutando contra demônios e contra Satanás.

"O que ele diz é: "Vista a armadura de Deus" e aquilo de que aquela armadura realmente consiste é a justiça."

Mas o que fazemos com isso? O melhor lugar para descobrir é ler ali mesmo naquele capítulo, não é? Note que ele não diz: "Vá tratar de exorcizar seus demônios com um exorcismo cristão". Nem diz: "Vá arrumar alguém para expulsar seu demônio". O que ele diz é: "Vista a armadura de Deus" e aquilo de que aquela armadura realmente consiste é a justiça. O coração dela é "a couraça da justiça". A chave, então, é viver uma vida íntegra, cheia do Espírito e confiar no poder soberano de Deus.

Portanto, não há nada na Bíblia que diga que Satanás pode ler nossos pensamentos. Certamente demônios podem ouvir o que dizemos. Eles podem entender o que nós dizemos. E, como eu disse antes, eles são muito bons em predizer as respostas comuns do homem porque eles praticam isso há muito tempo.

Mas não se preocupe com isso! Uma senhora me disse uma vez: "Nós sussurramos", porque ela tinha medo de que demônios ouvissem as orações dela. Minha resposta foi: "Bem, isso é tolo!". Você pode ir confiantemente diante do trono da graça. No Antigo Testamento, não diz: "E Davi sussurrou ao Senhor"; o que diz é: "E Davi disse ao Senhor" - e ele pôs para fora o que tinha para dizer. Você nunca ouviu falar de qualquer momento no ensino do apóstolo Paulo sobre oração em que ele diz: "Não fale alto". Quando ele desejava orar, ele simplesmente orava e não se preocupava se Satanás o ouvia porque ele estava vivendo de tal modo que Satanás não podia fazer nada a respeito de qualquer forma. Essa é a questão.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O Poder do Evangelho: Uma breve análise de Tessalonicenses 1 - Por: Thia go dos Santos


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Introdução:




Tessalônica era uma cidade grega de considerável importância política e geográfica. Situada ao noroeste do mar Egeu, numa planície rica e bem irrigada, de lá era possível enxergar o monte Olimpo, a habitação dos deuses gregos, segundo a mitologia. Fundada no ano 315 a.C., recebeu esse nome por Cassandro, um oficial de Alexandre o Grande, que queria dedicar a cidade a uma jovem mulher com o mesmo nome, e que era meia irmã de Alexandre. A cidade ganhou certa auto-suficiência em seu governo ao optar apoiar os romanos quando estes emergiam para o império.
A cidade ainda existe nos dias de hoje e é conhecida como Salonika, a segunda maior cidade da Grécia moderna, ficando atrás apenas de Atenas.
O Apóstolo Paulo seguiu para região da Macedônia por ocasião de sua segunda viagem missionária, quando por uma visão da parte do Espírito Santo, partiu para aqueles lados ao invés de seguir viagem à Ásia, como planejava (Atos 16.6-10). Chegou em Tessalônica após haver viajado cerca de 175 km vindo de Filipos, onde havia sido ultrajado e preso com Silas. (Atos 17.2 e 1 Tess. 2.2).
Ao chegar em Tessalônica, prontamente passou a pregar o Evangelho nas Sinagogas durante mais ou menos três semanas. A pregação da Palavra converteu alguns dentre os judeus que ali habitavam e grande multidão de gentios (Atos 17.4).
As epístolas aos tessalonicenses, tanto a primeira como a segunda, são consideradas como das mais antigas do Novo Testamento. Foram escritas pelo apóstolo Paulo por volta do ano 51-53, quando provavelmente ele estava na cidade de Corinto. Tendo passado pouco tempo em Tessalônica, e preocupado com a situação da jovem igreja que ali iniciara, Paulo enviou Timóteo para lá a fim de que “confirmasse o trabalho que havia sido iniciado e para que exortasse aos irmãos a que permanecessem na fé e firmes na Palavra” (1 Tess. 3.2). A carta, portanto, foi escrita logo após Paulo haver recebido um relatório de Timóteo sobre o que havia encontrado (1 Tess. 3.6).
Ambas as cartas são assinadas por Paulo, Timóteo e Silvano (possivelmente a forma latina de Silas). Paulo tinha vários propósitos nessas cartas, dentre os quais destaco o de encorajar os irmãos de Tessalônica, confirmando os frutos que o Espírito havia produzido (Caps. 1-3), exortar acerca de preceitos fundamentais da prática cristã, recomendando que buscassem crescimento e aperfeiçoamento daquelas verdades que já receberam; afirmar conceitos fundamentais da pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, e exortá-los a serem criteriosos na forma como recebem a pregação e ensino, atentando-se sempre àquilo que ele mesmo já havia ensinado enquanto lá esteve e para a Palavra inspirada. A preocupação central do apóstolo Paulo, todavia, era a de corrigir o entendimento dos tessalonicenses sobre a questão da volta do Senhor Jesus Cristo.
Das inúmeras lições que podemos extrair das cartas aos tessalonicenses, gostaria de destacar alguns pontos de grande importância que encontramos no capítulo 1:
a) A igreja é de Deus e Ele é a fonte de nossa vida e virtudes;
b) O Evangelho é o meio de Deus para nossa salvação;
c) O Testemunho das virtudes cristãs é evidência de nossa salvação.

1. Deus é a fonte de nossas virtudes:
Paulo então inicia sua carta com uma breve apresentação e dirigindo-se à igreja, chamando-a de “igreja em Deus e no Senhor Jesus” (v.1).
Interessante Paulo lembrar aos tessalonicenses, uma igreja bem jovem, a quem pertencia a igreja. A igreja é fundação e propriedade do próprio Deus.
A igreja é de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo. Paulo fala em Atos 20.28 que Deus comprou a igreja com o sangue do nosso Senhor Jesus Cristo.
O fundamento da Igreja é Jesus Cristo (Ef. 2.19-22) e ela é o ajuntamento de todos que ouviram o evangelho, foram regenerados, creram no Senhor Jesus com fé e arrependimento e foram justificados, adotados e estão sendo santificados, preparados para o encontro triunfal com Deus, nas alturas, quando Jesus Cristo retornar. A igreja é constituída de pecadores redimidos, comprados pelo sangue do cordeiro, salvos, que nasceram de novo, das novas criaturas, dos que são nação santa, povo e família de Deus, escolhidos desde os tempos eternos, que vivem em comunhão e se ajudam mutuamente, desenvolvendo em si o caráter de Jesus Cristo, exortando-se mutuamente, exibindo a luz do céu em testemunho da ação da graça de Deus em sua vida. Calvino diz que a “Igreja é igreja quando Deus preside e Cristo reina. A igreja não é igreja se não for fundada em Deus e reunida em nome de Jesus.”
Tudo o que temos e somos, como povo de Deus, vem dEle mesmo. O texto de Romanos 8 fala em incorporação, assimilação do caráter de Jesus, pelo auxílio do Espírito Santo.
No verso 2, Paulo prossegue destacando as virtudes daquela jovem igreja, realçando as três características mais importantes do povo de Deus:
a) Fé
b) Esperança
c) Amor
Esses três dons são essenciais para a vida cristã. São dádivas divinas que caracterizam o povo de Deus como povo de Deus. Paulo fala de fé, esperança e amor em várias de suas cartas: Rm. 5.2-5; Gl. 5.5,6; Col 1.1-8; 5.8 e 1 Co. 13.13.
Aqui, Paulo qualifica esses dons, realçando assim seus efeitos, seus resultados.
a) Sobre a fé ele a chama de operosa. A palavra é “ergon” que significa, literalmente, obra. Tiago, em sua epístola, lembra-nos que a fé sem obras é morta. Outra maneira de colocar isso é que as obras evidenciam a nossa fé. Aliás, Tiago diz que com nossas obras mostramos nossa fé (Tg. 2.18). Não podemos alegar ter fé se esta não for operosa.
b) Sobre o amor, ele o chama de altruísta, de abnegado. Aprendemos sobre a abnegação do amor em 1 Co 13.5, quando lemos que o amor não procura o seu próprio interesse. Em João 3.16, vemos algo que parece paradoxal: Deus amou o mundo e por isso deu seu filho amado. Precisamos ser lembrados que Deus deu seu filho para que fosse morto. Nós evidenciamos nosso amor por Deus quando amamos nosso próximo. Os tessalonicenses entendiam bem a idéia de amor altruísta, pois, quando o evangelho chegou na cidade, causou muito tumulto e até perseguição. Jasom, um dos líderes que recebeu Paulo em sua casa foi levado preso, e teve de pagar fiança para sair daquela situação (At. 17.1-9). O amor ali precisava ser de fato ativo, pois haviam muitos que padeciam aflições graves, como perda de bens; outros eram fugitivos, enfim.
c) Paulo fala também da firmeza da esperança deles. A Esperança é outro dom de Deus que está na galeria dos mais excelentes dons (1 Co. 13.13). A esperança do porvir é o que sustenta o cristão neste mundo de trevas e anima seu espírito a continuar caminhando. A igreja aos tessalonicenses tinha uma esperança firme, segura. E a esperança era voltada a Jesus Cristo. Esta talvez fosse a certeza mais segura que os tessalonicenses tinham. Seu senso de expectação da volta de Cristo e confiança em suas promessas era uma característica marcante deste povo. Paulo, todavia, demonstra que faziam bem em confiar nas promessas e retorno do Senhor mas que, enquanto fazem isso, devem viver neste mundo com a luz do Senhor Jesus Cristo, cumprindo seus deveres sociais, familiares, e sendo responsáveis em tudo quanto fazem, enquanto aguardam a vinda do Senhor.
Fé operosa, amor abnegado e esperança Firme. E Paulo enfatiza que essas virtudes são de Deus. Ele demonstra isso ao dizer no verso dois que dá graças a Deus por esses dons. Ele lembra aos tessalonicenses que esses dons vieram do Senhor, que não era algo que desenvolveram por si só.
2. O Evangelho é o meio de Deus para nossa salvação:
Paulo prossegue nos versos 4 e 5, lembrando aos tessalonicenses que esses dons divinos, são fruto da transformação que aconteceu em sua vida. No verso 9 vemos que ele enfatiza que eles são o que são por que foram convertidos pelo poder do evangelho.
A Palavra conversão aparece no Novo Testamento 25 vezes na forma verbal e apenas uma vez na forma de substantivo. A palavra grega mais comumente traduzida por conversão é “epistrepho”. Esta palavra dá a idéia de “voltar atrás”; “retornar”. Trata-se de uma mudança de direção. Na Escritura Sagrada, a palavra conversão é usada para indicar o que acontece com a vida de quem ouve a mensagem do evangelho e passa a seguir Jesus Cristo. A palavra implica a idéia de contraste, ou seja, de deixar uma direção para seguir a direção oposta: trevas para luz. Morte para vida. Escravidão de Satanás e do mundo para escravidão a Deus. Idolatria, para o único Deus. Pecado para a santidade. Perdição para salvação.
Para que a conversão ocorra, é necessário que a direção – neste caso, da vida, dos valores, das afeições, dos propósitos, dos sonhos e aspirações, dos alvos, da conduta, do pensamento, dos hábitos, das práticas, das escolhas, da vontade, enfim, da vida toda, é necessário que a direção em 180º. É necessário abandonar tudo e seguir noutra direção. Na direção oposta.
· O agente da conversão é o Espírito Santo (Jo 3.1-15)
· O meio de conversão, na Escritura, é a pregação. (Rm. 10.17)
· A mensagem da pregação é o Evangelho (Rm 15.19)
· O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).
Só o evangelho, as boas novas de salvação, pode mudar o coração entenebrecido do pecador.
Paulo fala do poder do evangelho em Romanos. A palavra poder ali, transmite a idéia de um poder tal, que é semelhante àquele usado por Deus para criar o universo.
3. Testemunho das virtudes cristãs é evidência de nossa salvação.
No verso 5 vemos a eleição – a vocação, chamado, graça – de Deus se evidencia na vida dos cristãos de Tessalônica por meio das virtudes cristãs que ele destacou no verso 2 [a fé operosa; o amor abnegado; a firme esperança] e pelo testemunho público.
Eles receberam a palavra e nela perseveraram, mesmo num ambiente tumultuado, cheio de tribulações e perseguições. Apesar disso tudo, a alegria desses crentes era algo notório não só entre eles, mas em toda a região. Sua fama os precedia. Paulo diz que em todo lugar se ouvia sobre a fé para com Deus que possuía aquele povo.
Aqui temos uma igreja que, mesmo em situações de aflições e perseguição, estava alegre no Senhor e tinha um testemunho tão exuberante que se tornou conhecido em toda aquela parte do império.
Conclusão:
Quando estudamos a vida e procedimento da igreja primitiva e a comparamos com a igreja cristã hoje, sentimo-nos envergonhados. Vivemos em tempos de tantos privilégios e liberdade para cultuar ao Senhor e ainda assim conseguimos ser tão cismáticos e tão cheio de erros grotescos.
Os cristãos em Antioquia receberam esse nome, “cristão”, porque exibiam o caráter e ensino de Cristo em sua vida. Temos de fazer o mesmo. Afirmar os valores cristãos em nossa peregrinação neste mundo. Devemos colocar nossa fé em Cristo e amar ao próximo; devemos viver com responsabilidade e com um senso de expectação. Precisamos recuperar a mensagem do evangelho, poder de Deus para a salvação dos perdidos. Só assim a igreja será estabelecida e receberá do Senhor os dons necessários para ser sal na terra. Só assim a igreja exibirá um testemunho tão poderoso, que lançará luz neste mundo tenebroso em que vivemos.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O que a Igreja ensina e os tele-evangelistas negam - Por Renato Vargens


Inúmeros pastores têm compartilhado as suas preocupações com os ensinamentos ministrados por alguns dos alguns tele-evangelistas. Há pouco, um pastor amigo me disse: "A gente dá um duro absurdo ensinando aos membros de nossas igrejas a sã doutrina para que esses lobos vorazes desconstruam tudo que ministramos, através de seus programas televisivos."
Isto posto, afirmo sem a menor sombra de dúvidas que aquilo que a igreja ensina, os tele-evangelistas negam, senão vejamos:
1º - A igreja ensina que em Cristo o escrito de dívida que constava contra nós foi cancelado; já os tele-evangelistas ensinam que os crentes precisam se libertar das maldições hereditárias.
2º - A Igreja ensina que Jesus é o Senhor; os tele-evangelistas que Deus é o gênio da lâmpada mágica.
3º - A igreja ensina que as Escrituras nos bastam; já os tele-evangelistas de que o mais importante são as experiências.
4º - A igreja ensina que devemos orar segundo a vontade de Deus; os tele-evangelistas que devemos decretar a bênção.
5º - A igreja ensina que aqueles que buscam o reino de Deus, todas as coisas lhes serão acrescentadas; os tele-evangelistas de que em Cristo seremos ricos.
6º - A igreja ensina que Jesus Cristo é Deus; os tele-evangelistas de que ele é fonte de vitória.
7º - A igreja ensina sobre a trindade; os tele-evangelistas o unitarismo.
8 º -A igreja ensina sobre a mordomia cristã; os tele-evangelistas de como extorquir dinheiro do povo.
9º - A igreja ensina sobre um Deus soberano que governa sobre todas as coisas; os tele-evangelistas de que Deus pode ser surpreendido por catástrofes e tragédias.
10º - A igreja ensina que os nossos cultos devem ser cristocêntricos; os tele-evangelistas de que devem ser antropocêntricos.
11 º A igreja ensina que adorar a Deus é humilhar-se pedindo perdão pelos pecados; os tele-evangelistas de que adorar é saltar de alegria nos famigerados shows gospel.
12º - A igreja ensina de que não devemos perder tempo com o diabo; os tele-evangelistas de que devemos entrevistá-los.
13º - A igreja ensina a simplicidade do evangelho; os tele-evangelistas a zooteologia, onde cães, leões, águias e outros bichos mais se fazem presentes nas manifestações de louvor a Deus.
14º - A igreja ensina que os ritos sacrificiais e as festas judaicas foram abolidos definitivamente por Cristo na cruz do calvário; Os tele-evangelistas judaizaram a fé.
15º - A igreja ensina que o maligno não nos toca; os tele-evangelistas de que basta dar legalidade que o diabo faz um inferno na vida do crente.
16º - A igreja ensina sobre discipulado; os tele-evangelistas sobre coronelismo e cobertura espiritual.
17º - A igreja ensina que avivamento se faz presente através do choro e arrependimento; os tele-evangelistas que avivamento é barulho.
18º - A igreja ensina o perdão, os tele-evangelistas o ódio.
Pois é cara pálida, dias difíceis os nossos! Que Deus tenha misericórdia da sua grei!
Pense nisso!
Renato Vargens 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O Quarto Mandamento - por Solano Portela



           O dia de descanso foi instituído por Deus e não pelo homem. O mandamento tem grande importância na Palavra de Deus. Bênçãos ocorreram, por sua guarda, e castigos severos, por sua quebra. Isso deveria provocar a nossa reflexão sobre a aplicação dos princípios bíblicos relacionados com o quarto mandamento nos dias atuais, discernindo, em paralelo, a mudança para o domingo, na era cristã. O povo de Deus sempre foi muito rebelde e desobediente com relação a essa determinação, e necessita convencimento da importância do mandamento, bem como entendimento da visão neo-testamentária, para a conseqüente modificação do seu comportamento atual.
O quarto mandamento fala de um dia de descanso e de adoração ao Senhor. Deus julgou essa questão tão importante que a inseriu em sua lei moral. O descanso requerido por Deus é uma prévia da redenção que ele assegurou para o seu povo (Dt 5.12-15). Os israelitas foram levados em cativeiro (Jr 17.19-27) por haver repetidamente desrespeitado este mandamento.
Gostaríamos de examinar as bases desse conceito de descanso e santificação e de ir até o Novo Testamento verificar como os cristãos primitivos guardavam o dia do Senhor.
Não podemos, simplesmente, ignorar esse mandamento. Como povo resgatado por Deus, temos a responsabilidade de discernir como aplicar essa diretriz divina nas nossas vidas e nas de nossas famílias. Por outro lado, nessa procura, não devemos buscar tais diretrizes nos detalhamentos das leis religiosas ou civis de Israel, que dizem respeito ao sábado. Essas leis eram temporais. Ao estudar o sábado, muitos têm se confundido com os preceitos da lei cerimonial e judicial e terminado com uma série de preceitos contemporâneos que se constituem apenas em um legalismo anacrônico, destrutivo e ditatorial. Devemos estudar este mandamento procurando discernir os princípios da lei moral de Deus. Com esse objetivo em mente, vamos realizar nosso estudo com a oração de que Deus seja glorificado em nossa vida e por nosso testemunho.

1. Um dia de descanso
Em nossas bíblias o quarto mandamento está redigido assim – "Lembra-te do dia de sábado para o santificar...". A palavra que foi traduzida "sábado", é a palavra hebraica shabat, que quer dizer descanso. É correto, portanto, entendermos o mandamento como "... lembra-te do dia de descanso para o santificar".

Esse "dia de descanso" era o sétimo dia no Antigo Testamento, ou seja, o nosso "sábado". No Novo Testamento, logo na igreja primitiva, vemos o dia de ressurreição de Cristo marcando o dia de adoração e descanso. Isso é: o domingo passa a ser o nosso "dia de descanso". Os apóstolos acataram esse dia como apropriado à celebração da vitória de Jesus sobre a morte (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). A igreja fiel tem entendido a questão da mesma maneira, ou seja: não é a especificação "do sétimo", que está envolvida no mandamento, mas o princípio do descanso e santificação.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Jesus contra Jesus! - Por Josemar Bessa






Quando achamos que podemos escolher no que crer na Bíblia, já declaramos não crer nela. Numa época em que queremos um cristianismo cada vez mais em sintonia com a cultura atual, fabricamos "chaves hermenêuticas" para na verdade, reescrever a verdade de Deus segundo nossas opiniões.
Hoje, por não suportar a sã doutrina, ou não conseguir conciliar as doutrinas ofensivas do evangelho ao orgulho humano, ao liberalismo, ou para abraçar um cristianismo água com açúcar que transforma Cristo numa espécie de Gandhi... é comum ver pessoas colocando Cristo contra o apóstolo Paulo, Pedro... - mas na verdade o que temos é um ataque sutil e mortal contra a própria Palavra de Deus.
Sempre que alguém coloca Jesus contra o apóstolo Paulo, o alvo é atacar a Verdade de Deus!! Os cristãos não podem retalhar a Bíblia ou ensinar que algumas partes dela tem mais autoridade do que outras. Ou que alguma doutrina possa ser deixada de lado. Ou que algumas passagens são mais verdadeiras que outras.
Muitas vezes para um cristão desavisado pode parecer e soar muito piedoso a declaração de que as palavras de Jesus têm mais peso do que as do Apóstolo Paulo, por exemplo, mas o fato é que por trás disso se esconde alguém que está propositalmente e enganosamente atacando a Palavra de Deus, cortando e jogando fora a realidade e necessidade do conselho de TODA a Palavra de Deus.
A Bíblia não poderia ser mais clara: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra". 2 Timóteo 3:16-17
Toda Escritura é divinamente inspirada. Em nenhum lugar nas Escrituras lemos que algumas escrituras são mais inspiradas e que a luz delas outras partes possam ser ignoradas por ter menos "inspiração".
Colocar partes da Bíblia contra outras partes, colocar Jesus contra Paulo, Jesus contra Pedro... implica dizer que as cartas de Paulo, por exemplo, são menos inspiradas e autoritárias que as palavras de Jesus registradas nos evangelhos. Mas nada poderia estar mais longe da verdade.
Jesus é o único Deus verdadeiro, e se realmente acreditamos no que está registrado em 2 Timóteo 3.16-17, temos que crer que Jesus é quem "soprou", inspirou as palavras que o Apóstolo Paulo e os outros apóstolos escreveram em suas cartas. Colocar Jesus contra Paulo, Pedro, João... ou qualquer outra porção das Escrituras, é colocar Jesus contra Jesus. Paulo não registrou suas meras opiniões, (quer alguém goste ou não), sobre o evangelho e a sã doutrina, escreve Escrituras inspiradas e autoritária.
Veja o que Pedro diz: "Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;  Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém". - 2 Pedro 3:14-18
Pedro fala das cartas de Paulo como Palavra de Deus e alertou contra mestres ignorantes, instáveis e falsos que estavam distorcendo essas verdade para sua própria destruição.
Junto com o entendimento de que o Antigo Testamento deve ser interpretado pelo Novo Testamento, aprendemos também que as narrativas do Evangelho devem ser interpretadas pelas Epístolas, e não o contrário.
Os Evangelhos registram os acontecimentos históricos de nossa redenção, a encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. Mas por si mesmos, eventos históricos não são suficientes, precisamos de uma palavra de autoridade que nos diga o verdadeiro significado desses eventos.
Se um homem pensa que pode olhar para um acontecimento histórico e de sua própria cabeça interpretar o que significa  o evento, ele se coloca no lugar de Deus.
Pegue o fato histórico da ressurreição, por exemplo. Não é para nós presumirmos o que a ressurreição significa. As Epístolas soletram para nós o que isso significa, e aquele que vai além do que é interpretado nas Epístolas está fabricando uma doutrina de sua própria cabeça. Também não é prerrogativa da igreja  interpretar qualquer um dos eventos da história redentora. Deus enviou os apóstolos para esse fim e não devemos adicionar ou tirar nada de  suas palavras.
Precisamos ir para as Epístolas para interpretar corretamente os eventos registrados nos Evangelhos. A igreja muitas vezes não segue este princípio fundamental. Ela sempre tenta justificar alguma prática ou costume, chamando alguma lição "espiritual" da vida, morte ou ressurreição de Cristo, mas esta é uma interpretação particular e humana ao invés de ser uma interpretação divina do evangelho.
Ao colocar muitas vezes os evangelhos contra as epístolas, o que se está fazendo é rejeitar, por exemplo, a interpretação teológica da vida, morte e ressurreição de Cristo registrada por Paulo (ou Pedro... ) através da inspiração direta do Espírito Santo.
Ao tentar silenciar as Cartas dos Apóstolos, o propósito é fabricar um evangelho falso  e "benevolente" para uma sociedade inimiga do Deus da Verdade!
Jesus deu o evangelho que Paulo, Pedro, João... proclamaram.
Liberais modernistas e pós-modernista propositadamente suprimem a verdade ( Rm. 1:18 ) que Paulo recebeu o evangelho que ele pregou do próprio Jesus Cristo. Disse Paulo: "Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo". Gálatas 1:11-13
Em outras palavras, o evangelho de Paulo não era contraditório com o evangelho de Jesus. O evangelho de Paulo era o evangelho  que o próprio Jesus ordenou ao  Apóstolo Paulo  pregar e proclamar. Este é ainda corroborada pelo fato de que, Jesus apareceu para o apóstolo Paulo em Corinto e encorajou-o a manter a pregação do evangelho que Ele lhe deu.
"E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus". Atos 18:9-11
As palavras de Paulo aos gálatas resume perfeitamente  o que vemos hoje:
"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." - Gálatas 1:6-9
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Deus mostra a malignidade que reside no coração do rei – Pr J Miranda




Juízes 1.7 Então, disse Adoni-Bezeque: Setenta reis, a quem haviam sido cortados os polegares das mãos e dos pés, apanhavam migalhas debaixo da minha mesa; assim como eu fiz, assim Deus me pagou. E o levaram a Jerusalém, e morreu ali.

É certo que essa malignidade está no coração do pecador. Deus refreia os impulsos malignos do homem da iniquidade para poupar os seus escolhido. Mas mostra para humanidade o que está por trás do coração de um pecador sem Cristo.
Adoni-Bezeque foi um dos mais tiranos reis do Antigo Testamento.
Após a morte de Josué ele foi destronado por Judá, e o seu tempo de horror teve fim, e não haveria mais as humilhações que eram impostas por ele, como cortar os polegares das mãos e dos pés, para que 70 reis se tornassem como animais, que estariam sempre buscando o que comer das migalhas que caiam da mesa do maligno rei, e assim estariam sempre em vergonha e humilhação. Esta palavra serve para a Igreja nos dias de hoje, que parece viver comendo migalhas da mesa, sempre insatisfeitos e envergonhados, e conformados com esta situação.

 Existem pessoas das mesmas estirpes dos outros reis sem polegares das mãos e sem polegares dos pés, interpretando isto amados, quero dizer que existem pessoas dentro da igreja que luta por uma benção que vai atrás e a benção está em suas mãos, mas ao mesmo tempo escorre pela suas mãos, pois Satanás tem cortado seus polegares, e segundo a anatomia humana os polegares são responsável pela força da pegada, pelo que faz você segurar algo com firmeza, que o senhor venha restituir seus polegares espirituais para que sua benção não escape das suas mãos. E no mesmo seguimento existem pessoas sem os polegares dos pés, interpretando o mesmo existem pessoas que andam capengando dentro da igreja, que vive mais para lá do que pra cá, segundo a anatomia humana os polegares dos pés são responsáveis pelo equilíbrio da pessoa, sem os polegares dos pés a pessoa não tem firmeza no pisar, e vivem caindo, sabe por que você vive caindo? Porque o diabo tem cortado seu polegar do pé, que Deus em Cristo Jesus te concedas os polegares dos pés restituídos. Clame a Deus: Restitui-me! você que está dentro da igreja, mas sem seus polegares espirituais da sustentação.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Ele Vive - John Piper

Ele ressuscitou! E como é grande o transbordar daquele único evento. Foi cósmico. Sim! da parte de Deus Pai, a morte teve todo efeito que era para ter. E foi o início da existência eterna do Deus-Homem em um corpo novo e glorioso em que Ele finalmente iria reinar sobre a terra para sempre. E muito, muito mais.
Há toda uma teologia da ressurreição e seus resultados em 1 Coríntios 15. Aqui vai um resumo. Que cada um destes penetre. Saboreie cada um. Em seguida, inicie a sua nova semana (o resto da sua vida) abundantes na obra de Deus lhe chama, ” sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.
1. Cristo morreu por nós e ressuscitou.
Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (1 Coríntios 15:3-4)
2. Ele confirmou a sua ressurreição por grandes aparições públicas.
Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.. (1 Coríntios 15:6)
3. Porque Cristo ressuscitou, nós não ainda permanecemos em nossos pecados.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. (1 Coríntios 15:17)
4. Porque Cristo ressuscitou, nossas vida cheias de aflições não são lamentáveis.
Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. (1 Coríntios 15:19)
5. Nós que confiamos em Cristo seremos ressuscitados dentre os mortos na segunda vinda de Cristo.
Porque, assim como todos [sua posteridade] morrem em Adão, assim também todos [sua posteridade] serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. (1 Coríntios 15:22-23)
6. Cristo reina agora invencivelmente sobre o universo.
Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. (1 Coríntios 15:25-26)
7. O nosso corpo ressurreto será incorruptível, glorioso, poderoso e espiritual.
Semeia-se o corpo [o nosso corpo da ressurreição] em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. (1 Coríntios 15:42-44)
8. Vivos ou mortos, nos serão dadod novos corpos em um instante na vinda de Cristo.
Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (1 Coríntios 15:51-52)
9. A morte não tem mais seu aguilhão e será tragada na vitória.
E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? (1 Coríntios 15:54-55)
10. Cristo sofreu pelo pecado e satisfez a lei por nós.
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Coríntios 15:56-57)
11. Portanto, faça uma grande quantidade de obras que exalte a Cristo, porque nenhuma é em vão.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. (1 Coríntios 15:58)
John Piper

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A Cruz de Cristo Postado - por Augustus Nicodemus Lopes


  
A morte de Cristo na cruz é um fato central para o cristianismo. É interessante que é da palavra latina “cruz” que vem a palavra “crucial”, isto é, central, importante. Para os budistas, não importa muito como Buda faleceu, mas faria toda a diferença do mundo para os cristãos se Jesus tivesse morrido de um ataque cardíaco nas praias do Mar da Galiléia e não crucificado no alto do Gólgota.
A cruz é o símbolo universal do cristianismo, mesmo num mundo onde mais e mais ela tem perdido o seu significado. Numa pesquisa recente feita na Austrália, Alemanha, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, ficou claro que o símbolo da MacDonalds (o arco dourado) e o da Shell (uma concha amarela) eram muito mais conhecidos do que a cruz.
Muitos dos que a identificam ofendem-se com ela. A cruz de Cristo é motivo de ofensa para muitos hoje, como foi na época em que os primeiros cristãos começaram a falar dela como o caminho de Deus para a salvação. O apóstolo Paulo escreveu:
“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus . . . nós pregamos a Cristo crucifica¬do, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Coríntios 1:18,23).
A feminista Deloris Williams é um exemplo moderno de pessoas que se ofendem com a cruz. Ela declarou: “Acho que não precisamos de uma teoria em que os pecado têm que ser pagos pela morte de alguém. Acho que não precisamos de um cara pendurado numa cruz, sangrando, e outras coisas desse tipo” (1999, conferência Re-Imagining God).
Podemos compreender a repulsa natural que as pessoas sentem pela cruz. A execução por morte de cruz era algo terrivelmente cruel. Na verdade, era sadismo legalizado. Foi provavelmente uma das formas mais depravadas de execução jamais inventada pelo homem. Nada mais era que morte lenta por tortura. E realmente funcionava. Ninguém jamais sobreviveu a uma crucificação.
Mas para os que crêem, a cruz faz perfeito sentido. A salvação do homem só pode ocorrer através de uma satisfação dada à lei de Deus, que o homem quebrou e tem quebrado sempre. Somente Deus pode perdoar. Mas somente o homem pode pagar. Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, colocou-se no lugar do homem, como representante dos que crêem, e sofreu a penalidade merecida, satisfazendo a justiça divina.
Até mesmo pensadores não cristãos afirmam a necessidade da punição merecida. O pesquisador C. A. Dinsmore examinou as obras de Homero, Sófocles, Dante, Shakespeare, Milton, George Elliot, Hawthorne e Tennyson, e chegou à seguinte conclusão: “É um axioma universal na vida e no pensamento religioso que não pode haver reconciliação sem que haja satisfação dada pelo pecado” ("Atonement in Literature and Life" republicado 2013),  .
Portanto, para os que crêem, a cruz é mais que um símbolo a ser levado no pescoço ou pendurado nas paredes da igreja. É o caminho de Deus para salvar todo aquele que crê.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Quem matou Santiago Andrade? Por Solano Portela


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Santiago teve morte cerebral hoje, 10 de fevereiro de 2014. Um dos desordeiros e criminosos, que considerou um ato normal estourar bombas no meio das pessoas, já está preso. Aquele que, supostamente, colocou o explosivo no chão que culminou na morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes de Televisão, provavelmente também já estará preso quando você estiver lendo isto. Mas quem; quem, realmente, matou o Santiago? Foram só esses dois? De jeito nenhum!
Muitos contribuíram para essa morte e carregam parcela de culpa, não somente desse assassinato, mas de outros e dos ferimentos de tantas outras pessoas; de propriedades que vêm sendo destruídas; de ônibus queimados, trens depredados, veículos destroçados – pelo estágio de desordem no qual nos encontramos, solo fértil para que Santiago viesse a morrer. É preciso que se apontem as consequências geradas por uma visão distorcida da pessoa humana; pela negligência dos limites entre o certo e o errado; pela complacência com o crime, falta de investimento em segurança, e outros tantos desvios do pensamento sadio que deveria sustentar a frágil matriz de nossa sociedade. Podemos seguir impunemente abandonando princípios e valores fundamentais de nossa sociedade judaico-cristã, provados durante séculos, como temos repetidamente testemunhando nos textos, palavras e ações de pessoas que ocupam posição de destaque ou mando em nossa nação?
Santiago foi morto por aqueles que acatam e incentivam os “rolezinhos”, com uma ingenuidade doentia, como se o desrespeito às pessoas, a falta de postura civilizada e a agressão à propriedade alheia, não fizessem parte de uma incubadora maligna na qual cresce e floresce a semente da violência indiscriminada, que progredirá a agressões maiores - até a assassinatos. Apavorar pessoas é coisa inocente? Sair atacando e beijando adolescentes e senhoras à força, não é assédio sexual? Roubar e depredar são legítimas expressões de divertimento? Muitos participantes e defensores dos rolezinhos parecem pensar assim. Carregam culpa na morte de Santiago.
Santiago foi morto por um judiciário leniente, que solta os indisputavelmente culpados. Por juízes que em vez de executarem justiça em proteção aos inocentes, jogam criminosos nas ruas, retardam o julgamento de processos. Não por coincidência, pelo menos um dos envolvidos com a morte de Santiago, tinha várias passagens pela polícia – e isso resultou em quê? Como suas prévias quebras da lei foram consideradas “de menor monta”, joga-se ele na rua, para que se envolva em coisas maiores – na morte de alguém. Sim, juízes inconsequentes são culpados do clima de violência que gera a morte de muitas pessoas, como Santiago.
Santiago foi morto por alguns comandantes da Polícia, que covardemente acatam as ordens de políticos e, sem contestação, repassam aos seus comandados diretrizes para “observar as coisas de longe” e “não se envolver” nas demonstrações e protestos, mesmo quando obviamente eles descambam para a depredação e baderna. Ordens que causam asco a qualquer cidadão de bem, quando observam as imagens, na televisão, de criminosos tocando fogo, agredindo, chutando, saqueando, enquanto a força policial só observa de longe, “cumprindo ordens”. Sim, esses que depois das violentas ações de black blocs e outros congêneres, dessa súcia repelente, declaram – “a polícia agiu exemplarmente”, sem coibir a violência, carregam culpa na morte de Santiago.
Santiago foi morto por políticos inconsequentes e imbecis, que satisfazem seus próprios ventres, preocupam-se com seus próprios interesses e, desavergonhadamente, no pleno exercício da incompetência, mantêm “diálogos” com baderneiros e criminosos; convocam a Brasília, para encontros com lideranças da nação, aqueles desocupados que claramente já se encontram à margem da lei. Políticos que, enquanto complacentemente bajulam párias da sociedade, ignoram os que apenas necessitam de paz e segurança na ocupação de suas atividades diárias. Políticos que nem prestam atenção à principal função do estado, que é proporcionar segurança aos cidadãos, e deixam as pessoas de bem sucumbir dia a dia à incapacidade do governo em protegê-las dos malfeitores que tomaram conta das cidades e campos do nosso país. Esses políticos carregam intensa culpa na morte de Santiago.
Santiago foi morto por idiotas de plantão, travestidos de sociólogos e acadêmicos, que ignoram a necessidade básica da natureza humana de ser regida por lei e ordem, pois postulam que a maldade não faz assento nato no coração das pessoas. Estes que perderam a capacidade de identificar o mal. Ou por articulistas da grande imprensa que abraçam e propagam a noção irreal e deletéria de que comportamentos criminosos são apenas fruto de “pressões sociais” ou da “opressão da classe dominante”. Tais “intelectuais” são predadores que utilizam a arma da escrita e do discurso para, com suas ideias, insultar milhões de trabalhadores, aposentados e famílias que, mesmo com grandes e reconhecidas necessidades financeiras, conseguem seguir a trilha da honestidade e do trabalho, mantendo uma consciência tranquila e promovendo a paz, em vez da discórdia e dissenção. Esses intelectualoides, anões do pensar, carregam culpa pela morte de Santiago.
Santiago foi morto por religiosos espúrios que ignoram a origem divina e a realidade da justiça retributiva; que desprezam a clara rejeição às pessoas violentas encontrada nos textos sagrados, e a delegação ao estado, para combatê-las “com o poder da espada”. Religiosos que dedicam mais atenção aos criminosos do que às vitimas da violência, quer do chamado “crime organizado”, quer da criminalidade “desorganizada” que se aproveita da ausência de repressão encorajada por esses enganadores de mentes e corações. Esses não têm desculpa e carregam, também, culpa na morte de Santiago.
Santiago foi morto pelos que atualmente ocupam um poder executivo falho, fraco e maquiador da triste realidade de insegurança que reina em nosso Brasil. Governantes que não combatem de frente e sem apologias a criminalidade institucionalizada; que ignoram as fábricas de criminosos e vitrines de barbárie, que são as nossas prisões. Líderes omissos que, encastelados em suas fortalezas, ignoram que o mundo está desabando ao seu redor e acham que a tarefa de corrigir esses infernos estatais dos presídios pode tranquilamente passar à própria geração. Como carregam, estes, culpa na morte de Santiago.

Santiago foi morto por pessoas como eu e você, quando, esquecemos as lições da história, o debacle dos impérios socialistas moribundos, as atrocidades de ditaduras cruéis que agem “em nome do povo”, acatamos filosofias e políticas de esquerda, aplaudimos os ditadorezinhos  emergentes idiotas que pululam ao nosso redor. Escorregamos quando votamos em políticos de partidos anacrônicos que falam no bem estar das pessoas, mas apoiam todo o descalabro e desrespeito que vivenciamos; quando encorajamos os movimentos violentos de ocupação e desrespeito às autoridades; quando não enxergamos que os “sem isso” ou sem “aquilo”, na cidade ou no campo, são constituídos por uma infeliz massa manipulada, eivada de aproveitadores, sugadores do dinheiro público, agitadores, baderneiros violentos e até assassinos profissionais, os quais, apoiados por partidos que têm na essência a destruição à própria sociedade que os gerou. Sim, se não utilizarmos a inteligência, voltarmos aos fundamentos universais que regem uma sociedade pacífica e apoiarmos candidatos que concentrem as ações do governo na sua proteção e na da sua família, estaremos todos contribuindo para a derrocada final e carregaremos a culpa da morte de Santiago e de muitos outros Santiagos que virão por aí.
Solano Portela - 10.02.2014